A excelência dos lodges de safári na África do Sul

Sou apaixonada por safáris desde a primeira vez que me juntei a um. E, como boa amante da hotelaria, também sou apaixonada por safari lodges desde minha primeira hospedagem em uma propriedade do gênero. Depois de tantas andanças, com safáris colecionados em diversos países, para mim nenhum outro país consegue ter tanta consistência em bons lodges de safári (ou similares, como de expedição e vida selvagem em geral) como a África do Sul. 

Como alguém que já fez muitos safáris no país e se hospedou em muitos lodges diferentes por lá, sou frequentemente consultada por quem planeja sua primeira inserção neste universo – mas também por gente que quer voltar ao país para uma nova experiência com, digamos, upgrade (meu blog pessoa física tem uma série de posts e reviews para ajudar nessa tarefa).

A verdade é que nada nos prepara para a emoção de estar pela primeira vez com um leão ou elefante a passos do seu jipe, em plena savana – mas os bons lodges de safári sul-africanos sabem fazer isso com maestria e extrema segurança (item fundamental para um bom safári). É o bom lodge de safári, com seus bons trackers e rangers, super treinados e didáticos, que vai mudando a gente um pouquinho a cada game drive – os sentidos vão ficando mais aguçados, a audição mais atenta a qualquer som da savana, os olhos vão ficando mais treinados para procurar diferentes pássaros nas aves, e a gente não vê a hora de sair para o safári seguinte. 

Capricho e clima “out of Africa” no Tintswalo Safari Lodge. Foto: Mari Campos

Fiz safáris em diferentes cantos do país, do Kruger e Great Kruger (meus preferidos pela fartura incomparável de vida selvagem) à Garden Route, em lodges de diferentes estilos. Meus preferidos? De longe, Royal Malewane, Tintswalo, Thornybush River Lodge e Sabi Sabi. São lodges de luxo, sim, o que acarreta custos bastante elevados para hospedagem; mas que valem o investimento pela qualidade impressionante do serviço que entregam.  Dá pra ver toda a lista das minhas recomendações de hotéis de safári na África do Sul aqui

O alto investimento justifica-se também para quem opta pelos modelos all inclusive, extremamente recomendável em lodges de safári;  afinal, ali, como geralmente saímos antes do amanhecer para o primeiro safári e já no finalzinho da tarde para o segundo, passamos muito tempo dentro do próprio hotel e quanto melhores a infra e as inclusões, melhor. 

Há lodges, com o perdão do clichê, para todos os bolsos e gostos; mas não adianta esperar por um lodge “econômico”: os custos para manutenção de uma propriedade deste tipo, com este isolamento (tudo custa mais caro para chegar, como em qualquer hotel em localização remota), e com um staff qualificado e bem treinado, são altíssimos. Mas, sim, existem lodges mais e menos caros, dependendo do tipo de acomodação e do que está incluso no valor das diárias (já me hospedei em lugares que, acreditem, nem os safáris estavam incluídos, como o Botse Botse, a duas horas de carro de Joanesburgo). A inspector Carla Lencastre fala sobre uma boa opção mais econômica próxima a Port Elizabeth neste post aqui.

Staff do Thornybush River Lodge em ação nas savanas. Foto: Mari Campos

De todos os lodges que já experimentei (foram muitas e muitas viagens diferentes à África do Sul, e também safáris em outros países), apenas estes quatro – todos nas reservas do Kruger e Great Kruger – foram de fato irrepreensíveis, com instalações ultra confortáveis, gastronomia impecável e um staff absolutamente dedicado e bem treinado, capaz de me proporcionar algumas das melhores experiências de viagem que já tive. As experiências inesquecíveis foram também impulsionadas pelas incríveis reservas, isoladas e repletas de vida selvagem de todo tipo, nas quais estas propriedades se instalaram (bem diferentemente do que acontece quando nos hospedamos em lodges que se instalam em “game farms”).  

Mas foi staff, para mim, o que fez a maior diferença para estas quatro propriedades serem, de longe, as minhas favoritas. Bem instruídos, bem treinados, flexíveis, didáticos com hóspedes de todas as idades e backgrounds, esses staffs viraram peça fundamental nas minhas memórias de viagem. Foi no Tintswalo Safari Lodge (review completa aqui), por exemplo, que tive o melhor tracker de todos, o inesquecível Eric (que ficou internacionalmente famoso quando uma foto sua frente a frente com uma leoa viralizou na internet), um poço de conhecimento sobre as savanas e os animais.  E ,sim, sou bem old school quando o assunto é safári: pra mim faz diferença absoluta na qualidade do drive ter ranger E tracker no carro, e ter o carro todo aberto para a savana.

Ainda vamos falar mais de lodges de safári por aqui e vamos falar mais também sobre a África do Sul. Stay tunned.

 

 

 

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Mari Campos

Mari Campos (@maricampos) é jornalista formada e premiada nacional e internacionalmente. Viajante de toda a vida, escreve desde 2004 sobre turismo e hotelaria de luxo para os principais jornais, revistas e sites do Brasil, além de colaborar com algumas revistas e jornais de outros seis países. É também consultora para a indústria da hospitalidade e foi eleita em 2020 pelo ranking Panrotas+Elo uma das 100 pessoas mais influentes do turismo no Brasil. Além da coluna aqui no Panrotas e das colaborações mensais para diversas publicações, é colunista fixa no jornal O Estado de S.Paulo, tem três livros de viagem publicados pela Verus/Record e comanda também desde 2007 o MariCampos.com. Seu instagram @MARICAMPOS foi eleito pelo Kayak um dos dez melhores perfis de viagem do Brasil. Praticante do turismo responsável e regenerativo, põe atenção nos mínimos detalhes de cada hospedagem e acredita que, sim, uma boa cama, uma bela vista e, principalmente, um serviço caprichado podem tornar qualquer viagem ainda melhor.

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