O agente de viagens brasileiro já está acostumado a receber a conta das mudanças no modelo de negócios de agenciamento de viagens, que envolve uma imensa cadeia de fornecedores de serviços (cias. aéreas e hotéis à frente), de distribuidores (agências de viagens, consolidadores, operadoras, GDSs, sistemas integradores etc.) e de meios de pagamento (cartões de crédito, BSP etc.).
Basta dar uma rápida olhada nesta relação de players, para perceber que o agente de viagens é o elo mais fraco desta corrente…, ou não?!
Por isso, num momento em que a Taxa DU acaba de mudar de nome, sendo rebatizada de forma diferente pelas cias. aéreas, o que dificulta a transparência pretendida para o processo (ver post Taxa DU agora é RAV, ADE, SDU, RAT ou… SAV?), fico tentando imaginar quem será o responsável pelo pagamento dos prováveis custos (alguns ainda não confirmados) para uso da TASF (travel agent service fee):
– Custo da empresa (com fins lucrativos) que a IATA (!?) está montando no Brasil para este fim
– Custo do BSP
– Custo do GDS ou outro sistema
– Custo da administradora do cartão de crédito
Temos acompanhado palestras da IATA, treinamentos oferecidos pelos GDSs, reuniões de comitês de tecnologia etc. etc., mas ainda não se sabe oficialmente se e quando a TASF será implantada e qual será o custo desta nova “solução” que, até onde sei, será aplicável somente (ou inicialmente) às vendas com cartão de crédito.
Também não há notícia sobre a participação do cliente (corporativo ou não) neste debate, embora saibamos que, em última análise, o cliente é quem acaba pagando a conta, ou negando-se a pagá-la quando encontra alternativa.
O fato é que nenhum dos segmentos de nossa indústria deseja arcar com todos esses custos, embutidos no uso da TASF, para ter o ônus comercial e processual, para repassar ao cliente final.
Por isso ou apesar disso, a grande questão permanece: para quem você acha que será debitada esta conta?
Prezado Luís Vabo,
Vai sobrar pro agente de viagens cobrar e repassar ao cliente…
A conta como sempre quem paga somos nós clientes.
Teremos tantas taxas que, daqui a pouco, teremos que pagar para respirar dentro de um avião enquanto voamos…Coitados dos que precisam ir para lugares com 24h de voo….
Uma letra de música reflete bem isso:
Não me elegeram
chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha
Brasil mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil qual é o teu negócio
O nome do teu sócio….
(Cazuza)
Prezado Luis,
Parabenizo mais uma vez por você está levantando uma questão relevante para os combalidos cofres dos agentes de viagens. Caso não haja uma reação coordenada da Abracorp / Abav mais uma vez iremos arcar com este onus pois o modelo não permite outra alternativa. Acho que está na hora da Abracorp testar sua força depois da unificação ( TMC / Favecc ).
Luis Vabo;
Antes de mais nada, temos de nos preocupar com a estabilização do papel do agente de viagens como agente da economia, que tem de ficar bem claro, dadas as necessidades do progresso e da construção de soluções de eficiência.
Acredito que próprio agente de viagens já não deve falar de comissões, mas sim de ser remunerado de foram correta e ajustada pelo trabalho e
pelo valor agregado que oferece ao cliente final. Então este é o momento de definir o modelo que melhor se ajusta aos interesses de cada parte. Como você coloca no seu post, é hora de saber quem vai pagar e quanto vai ser.
Feliz ou infelizmente (depende do ponto de vista) o mercado de agências de viagens no Brasil está sendo obrigado a se reformular e entrar em uma nova era, em que o agente precisa saber o quanto custa o seu trabalho e a se valorizar perante o cliente.
Maria,
Independentemente de quem será responsável por assumir esses custos, certamente terá que repassá-los ao cliente.
É justamente este o ônus que ninguém deseja.
[]’s
Luís Vabo
Paulo,
Nossa ideia foi antecipar uma questão que, aparentemente, será resolvida pelo próprio mercado.
Se os custos somados inviabilizarem sua aplicação, o TASF estará natimorto.
Se, ao contrário, forem custos passíveis de absorção frente às vantagens que possa trazer, será bem-vindo como alternativa.
[]’s
Luís Vabo
Gostaríamos da sua participação em nosso blog
como membro. Para podermos trocar informações e aumentar
nossos conhecimentos.
Esperamos por você!!!
Alexandre,
Concordo com todos os pontos colocados em seu comentário a respeito das mudanças no agenciamento de viagens.
Da mesma forma observo que os GDSs, como intermediários distribuidores (como os agentes), também estão aprendendo a reformular o seu negócio no Brasil e também em todo o mundo.
A questão aqui é que os agentes de viagens tem sido usados como laboratório de experimentos (nova remuneração, taxa de segurança, taxa de combustível, multas por alteração das regras de reserva e emissão, novos meios de pagamento, novas formas de distribuição do conteúdo, novas tecnologias, desfragmentação dos serviços etc etc etc), que acabam caindo no colo do agente de viagens.
Não há aqui uma reclamação, mas penso que este é o assunto que deve ser debatido.
[]’s
Luís Vabo
Caro Luís,
Concordo com o comentário do Alexandre e, se me permite, vou um pouco além.
Existe uma tradição quanto à remuneração dos serviços prestados ao agente de viagem: quem paga por seu serviço é o fornecedor. Desde quando? Estou neste segmento há apenas 20 anos (!) e a resposta quando pergunto aos grande nomes do setor normalmente é “sempre foi assim”. Talvez seja um ótimo momento para que possamos questionar o real valor do serviço prestado pelo agente de viagens e, assim como as agências de publicidade – por exemplo – validar condições de remuneração por parte dos fornecedores e tabelas de referência (entenda bem REFERENCIA) para o viajante. Chega de informalidade, acordos e arrumações feitos somente por “amizade”.
Quem quer ser tratado como profissional sério, precisa bater o pé, se organizar e propor mudanças que tragam real valor para a cadeia de viagens.
Forte abraço,
Gustavo
Querido amigo Gustavo,
Penso que hoje não há mais dúvida sobre a quem o agente de viagens presta serviço.
Se no passado era certo que o agente de viagens prestava serviço aos fornecedores (cias. aéreas, hotéis, consolidadores, operadoras etc.), sendo por eles remunerado, hoje está claro que o agente de viagens deve ser remunerado pelo passageiro, seu cliente final.
Embora o assunto ainda vá evoluir muito, este debate, embora importante, não se aplica ao tema da TASF, uma taxa (chama-se “fee”, ANAC) a ser aplicada pelo agente de viagens, mas que embute em seu uso, alguns custos que podem inviabilizar sua aplicação.
A questão aqui é encontrar um forma de evitar o que o agente de viagens vem sofrendo: uma pressão econômica insuportável.
Sobre isso, reproduzo aqui trecho de mensagem que recebi de um importante agente de viagens corporativas, que reflete bem o sentimento do setor:
“Nós vamos pagar esta conta, queiramos ou não. Mais uma vez seremos a “fenda do cofrinho”. Vão nos empurrar os débitos sem qualquer meio para defesa. (Fenda é coisa passiva). Vai ser uma boa batalha entre Consolidadores X BSP X Agências X Clientes. A parte da corda mais fraca está com as Agências, que para ganhar clientes – roubando contas de outras Agências – vão oferecer o serviço sem custo. Mas, a briga vai se extender para os Consolidadores que, para conquistar Agências, concordarão em absorver as taxas do TASF, pois, afinal, têm que apresentar produção imposta pelas Cias Internacionais. É um ciclo vicioso que se repetirá. A nossa cadeia está sem forças para qualquer reação. As Agências menores vão sofrer um novo empurrão, para baixo. Dura realidade.”
Luis
Acredito que chegou a hora de nos unirmos como a cadeia e o Cliente que paga e gira a roda deste mercado para deixarmos claros os papéis e os custos, pois eu como Cliente no lazer ou no corporativo quero entender que vantagens levo ou o motivo pelo qual serei novamente taxada, ja que hoje não temos vantagens em aeroportos e ou serviços prestados nestes e ja pagamos umas das taxas de embarque mais caras do mundo. Enetendo que se esta for mais uma taxa para a remuneração dos agentes esta será paga pelo Cliente que necessita deste atendimento, ou seja, se a compra não passar pelo agente mas sim pela internet esta existirá sim ou não ? Se via internet a cobrança não existir que fim terão os agentes ? Será o fim deles ? Que Cliente irá pagar pela consultoria do agente quando a internet não lhe trará mais taxas ?
Como sempre a ANAC e as Cias Aereas tomam as decisões mais não deixam claras as regras e vantagens para quem realmente paga a conta.
Como você levantou em um de seus comentários se houver vantagens e serviços agregados a criação de mais uma taxa, ok tudo bem cada Cliente fará sua escolha em paga-la ou nao, mas se for mais uma forma de ganhar dinheiro em um mercado que cresce a cada hora, aonde o produto se vende sozinho (demanda crescente) e esta na mão de algumas empresas, estamos perdidos, pois iremos pagar e como sempre aprender a conviver com tais taxas.
Deixo aqui a minha indignação junto as entidades e cias aereas que esqueceram que quem os trouxe até aqui foram os Agentes, Agencias, GDS e Clientes, pois fui durante mais de 10 anos agente de viagens e hoje na pele de um Cliente Corporativo também não concordo em pagar mais taxas para ter o mesmo serviço prestado há anos sem melhorias
Este é o Brasil
Pois é, Juliana,
Este é o ponto: se houver valor no serviço, fará sentido pagar pelo uso da TASF, desde que um custo compatível com o negócio.
Se não houver valor agregado, esqueça, pois não vai colar…
[]’s
Luís Vabo
Prezado Vabo.
Espero que tenha uma breve e efetiva resposta a esse questionamento.
Aprendemos que quem paga a conta é o “cliente”, a grande dúvida neste caso é saber quem é o cliente.
Parabéns pelas matérias, que li com atraso e gostei muito, sempre muito interessantes e agregando valor para o trade.
SUCESSO.
O QUE SIGNIFICA ISTO
Noronha,
Sua participação neste espaço é muito bem-vinda.
[]’s
Luís Vabo
Boa Noite
Tudo bem?
Li seu artigo na internet.. e gostaria que vc me ajudasse por meios legais… a tirar uma dúvida…
Tenho uma agencia de viagens toda regulamentada conforme o Ministerio do Turismo…. tenho crédito em varias redes de hoteis, consolidadoras e afins…
Só que estou passando por uma situaçao constrangedora e até moral pois tem uma consolidadora que não me deu crédito ( me enrolou mais de 3 meses e me respondeu o seguinte)
Toda a documentação necessária e o histórico de todos os funcionários da agencia… (o que faz, porque abriu a agencia, o que faziam antes de abrir e etc), tenho tudo documentado… achei isso muito constrangedor…. e derespeitoso… agora lhe pergunto… eles podem fazer isso? ao indagar o gerente… ele me pediu uma carta fiança do banco….
Sendo que tenho credito na praça a mais de 4 anos sempre pagando as contas em dia…. isso que eles fazem é legal?
Teria alguma parte da lei que vc pode me mandar que eles não poderiam fazer isso? poderei entrar com processo judicial como dano moral?
E no final a gerente escreveu:
Carol,
O procedimento é esse , se vc não mandar isso até hoje final da tarde, vou dar por encerrado a abertura do cadastro .
Fico no seu aguardo, para que vc possa me auxiliar…
Muitíssimo obrigada! e se vc puder me responder por email… agradeceria…. um grande abraço
Caroline Luiza Pereira
Agente de Viagens
JOITUR AGENCIA DE VIAGENS E TURISMO LTDA
Fone: :: (47) 9918-0780
E-mail: carol.joitur@gmail.com
MSN: caroluiza@ig.com.br
Skype: caroline.luiza.pereira
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*Somente o pagamento garante tarifa e lugares; cotação não garante tarifa e lugares.
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Tem uma coisa que falo pros meus ouvintes qdauno palestro, escrevo pros meus leitores qdauno blogo:A HUMANIDADE Nc3O CRIOU A TECNOLOGIA POR QUE c9 EVOLUcdDA, A TECNOLOGIA NOS FOI DADA PARA QUE POSSAMOS EVOLUIR DE ALGUMA FORMA!Vi-a-jei. O que dizes Nepf4?