(Peço licença a meu amigo Cássio, profundo conhecedor do tema Consolidação)
Penso que o negócio da consolidação de bilhetes aéreos tem, entre seus principais pilares, o crédito concedido pela agência consolidadora ao pequeno agente (às vezes nem tão pequeno), a qual, na maioria das vezes, não consegue crédito diretamente com a cia. aérea.
Obviamente, nada impede que uma agência que tenha crédito em determinada cia. aérea, emita bilhetes através de um consolidador, desde que a condição comercial oferecida seja melhor que a da cia. aérea, configurando assim uma prática largamente utilizada, apesar de ferir a lógica da distribuição comercial (mas este é outro assunto).
Já na hotelaria, os consolidadores atendem mais pelo nome de operadores e, com o uso intensificado das novas tecnologias, que permitem reservas online via internet, estão se multiplicando rapidamente…
Além das consolidadoras online mais focados na hotelaria nacional (como a Trend, Hoteisnet, e-HTL etc. etc.) existe hoje uma quantidade bastante expressiva de consolidadores de hotéis internacionais, já operando no Brasil: Transhotel, Hoteldo, Tourico, Travco, Hotelbeds, GTA, Miki, Pluralis, CTN, apenas para citar alguns…
Ocorre que todas estas empresas disponibilizam interfaces XML para integrar seu conteúdo a operadores nacionais, que desejam comercializar, de forma prática e segura, hospedagem de hotéis em todo o mundo, para agências de viagens que necessitam de crédito, serviço e/ou tecnologia, para atender seus clientes.
A facilidade das novas tecnologias permite que alguns destes portais ofereçam o conteúdo de outros portais, que por sua vez, oferecem o conteúdo de outros, num “samba do crioulo doido” sem fim, que acaba por gerar o risco de encontrar-se num determinado portal, um hotel duplicado ou triplicado, com tarifas diferentes, para o mesmo período… Mas até isto a tecnologia já consegue evitar, desde que bem aplicada.
O fato é que o mercado de consolidação de hotelaria está em ebulição e, até o momento, não ficou claro quem vencerá esta batalha, se poucos grandes consolidadores ou muitos médios operadores hoteleiros…
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Luis,
Grande tema esse que voce levantou. Seria interessante para minimizar este “samba” que, no mínimo, existisse como identificar um mesmo hotel entre fornecedores diferentes.
Isso é velho no aéreo, mas na hotelaria cada sistema usa um código e quem tenta entender tem que rebolar para saber quem é quem. E este rebolado não é nem um pouco divertido. E duvido que traga algum beneficio aos hoteis.
Abraços.
Fernando,
Concordo com o Tadeu, quando diz que seria muito bom se houvéssemos como identificar um mesmo hotel entre fornecedores diferentes.
Desta maneira conseguiríamos ter mais agilidade no vínculo de informações, assim como temos com as cias aéreas facilitando a vida de todos.
Prezado Luiz,
Quanto mais canais de distribuição melhor, principalmente para os hoteís midscale que muito pouco conseguem se diferenciar na hora de distribuir. Muito se critica também as consolidadoras ou operadoras (os hotéis, claro) mas poucas são as redes que conseguem controlar seu inventário e eleger políticas comerciais de distribuição que sejam transparentes para seus clientes e para os próprios distribuidores. Que esta questão seja discutida à exaustão – todos sairão ganhando!
Abraços,
Gustavo
Tadeu e Acácia,
Algumas empresas já desenvolveram soluções para identificar um mesmo hotel entre fornecedores diferentes, entre elas o Chameleon e o Cangooroo.
[]’s
Luís Vabo
Pois é, Gustavo,
Assim como ocorre na consolidação de bilhetes aéreos, os operadores ou consolidadores de hotéis existem para suprir uma demanda do mercado não atendida pelos fornecedores.
Aparentemente, as cias. aéreas não tem do que se queixar dos consolidadores de bilhetes aéreos, uma forma de distribuição do interesse das cias. aéreas.
O mesmo não se pode dizer das redes hoteleiras, que estimulam o crescimento da consolidação de hotéis, para depois reclamar da concentração de mercado…
[]’s
Luís Vabo
Amigo Luiz
Inicialmente obrigado pela elogiosa referência. Vou me deter na área que melhor conheço que é a consolidação de bilhetes aéreos (embora também tenhamos uma operadora em nosso grupo)e apenas incluir além do crédito concedido aos agentes e a garantia de recebimento às cias aéreas, o suporte, treinamento, desenvolvimento tecnologico, e por que não dizer
” democratização das condições comerciais” como uma das muitas atribuições dos consolidadores. Cada um desses itens significa um pilar de uma empresa focada nas necessidades do cliente, no caso os agentes de viagens.
Um abraço
Operador ou Consolidador de Hotéis?…
Penso que o negócio da consolidação de bilhetes aéreos tem, entre seus principais pilares, o crédito concedido pela agência consolidadora ao pequeno agente (às vezes nem tão pequeno), a qual, na maioria das vezes, não consegue crédito diretamente com a…
Esse tipo de sistema só vai funcionar 100% como temos no aéreo, se os hotéis no mundo inteiro se organizassem na questão de categorias, preços e políticas. Hoje em dia temos diferenciação de tarifas segundo cada fornecedor. Cada gerente que define quem tem acesso a cada tipo de tarifa, isso multiplicado pelo número de hotéis que temos no mundo e está feito o ‘”samba do crioulo doido” sem fim’
Amigo e blogueiro Cassio,
Obrigado pelo comentário que muito agregou ao debate.
Como eu comentei que a concessão de crédito está “entre os principais pilares” do negócio consolidação de bilhetes aéreos, seu texto complementando os demais pilares foi bem oportuno.
Por ele, percebi que a concessão de crédito pelo consolidador ao pequeno agente não somente está entre os principais pilares, mas é efetivamente o principal eixo do negócio, sem o qual os demais não existiriam.
E isto é fundamental para a distribuição necessária às cias. aéreas.
[]’s
Luís Vabo
José Carlos,
É justamente aí que reside o problema.
Inexiste a padronização mundial dos estabelecimentos hoteleiros e isso complica a integração de conteúdo de diversos intermediários, pois os hotéis se repetem, bem assim as acomodações e as tarifas.
Algumas soluções resolvem o probelma “na unha”, no jargão da tecnologia, ou seja, através da identificação manual das duplicidades e consequente correção no sistema.
[]’s
Luís Vabo
Vamos ter para sempre esse tipo de problemas, enquanto trabalharmos com empresas pequenas, como hotéis.
a questão de tarifas duplicadas é facilmente resolvida com a nova geração de vendas online. Mas o resto da venda como atendimento, padrão de dormitóriose principalmente tarifas vamos ficar dependendo de cada um.
Luis, essas soluções que voce mencionou antes (sobre a parte do cadastro de hoteis) são de fazer o mapeamento manual de cada hotel, de um para outro. Mas realmente não existe uma unificação sequer de cadastro, pois o que uma provedor chama de hotel “021”, o outro chama de “5465” (exemplo), e as empresas integradoras tem que fazer este “de-para” cada uma e na mão, repetindo trabalho entre elas…
Falta no mínimo um tipo de informação simples, que diga que o hotel “X” é sempre código “ab09”. Sei que existe já este padrão definido, mas que os provedores não seguem. E se o padrão não é aceito ou seguido, ele não é útil.
Mas isso voce já disse uns dois posts atrás, respondendo ao José Carlos. Só vamos repetir ad nauseam até que algo mude.
Abraços.
Luis, Obrigado pela lembrança de nosso produto e parabéns pelo blog.
Nós da Cangooroo temos um algoritmo que permite identificar, com precisão e sem intervenção manual, cerca de 70% dos hotéis iguais entre fornecedores. Em cidades grandes e importantes como Nova Iorque e Paris nosso algoritmo chega a 90% dos hotéis. Temos um banco de dados com mais de 100 mil hotéis únicos! A quem se interessar, pode-se obter mais informações em nosso site: http://cangooroo.net ou http://t4w.com.br/Site/Pagina/Cangooroo_1.aspx