Com a popularização da internet e, em especial, após seu impacto nos negócios das gravadoras e distribuidoras de música, muitos artistas, cantores e bandas tiveram que intensificar os shows como forma de substituir a venda de CDs, que era sua principal fonte de receitas.
Não tem sido diferente mesmo com astros da música pop atual, mas o que tem me chamado a atenção é um grande movimento de bandas e cantores, que eu julgava aposentados ou em fim de carreira, retornando aos palcos… e fazendo dinheiro com isso.
À procura de novos mercados, com novos pagantes para seus shows, o Brasil passou a fazer parte das turnês dos grandes mitos da música internacional, do presente e do passado…
Domingo, 29/08, Solange e eu fomos ao show do Lionel Richie, convidados por amigos especiais, Ednilda e Marco Heggendorn, especialistas no assunto mega-shows.
O argumento de nossos amigos era irrefutável: “não poderíamos perder esta oportunidade de assistir, pela primeira vez no Brasil, um show deste super artista, sucesso absoluto dos anos 80”.
Eles tinham razão.
Depois do show na noite anterior, no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo, achei surpreendente a vitalidade do cantor, hoje com 61 anos, nesta noite no HSBC Arena no Rio, em que cantou e dançou todas as principais músicas de sua longa carreira “all night long”.
Pontos negativos do show (nisso o Rio ainda tem muito a aprender com São Paulo):
– Horário: atraso de 45 minutos.
– Bar e buffet: cardápio ruim (quem pediu algo para comer, arrependeu-se).
– Servico: sofrível (atendentes mal treinados, lentos e desatentos).
– Ingressos: caríssimos (R$ 650,00 os bons lugares).
– Taxis: com a Lei Seca apertando cada vez mais, tem sido difícil conseguir taxi na noite carioca.
Pontos positivos do show (que nos fizeram quase esquecer os pontos negativos):
– Performance: espetacular, verdadeiro show-man.
– Repertório: completo, desde The Commodores até Diana Ross, incluindo uma homenagem a Michael Jackson, passando por clássicos como Say You Say Me, Three Times a Lady, Hello, Endless Love, entre outros.
– Local: o HSBC Arena é perfeito, os acessos, a acústica, a visibilidade do palco, a refrigeração, tudo nota 10.
Estou surpreso com meu interesse e minha agenda de shows: depois do INXS em Houston em julho, e de Lionel Richie no Rio neste final de agosto, minha próxima parada será George Benson no Opera Hall de Sydney, em novembro.
Nem eu estou me reconhecendo mais…
.
Acredito que na maior parte das casas de show, o repertório é o mesmo: dificuldade de transporte (seja para estacionar ou pegar táxi), atrasos que chegam até 2 horas (!!!) e serviço muito ruim e confuso…
Mas, em geral, os artistas compensam e fazem o público esquecer as complicações!!!
Bjs
VJ
Caros Luis e Solange
A “paciencia” em que as vezes temos que aceitar (remarcando que isso quase não acontece em S.Paulo), o publico é o maior culpado de que essas atitudes continuem atuando, pois como somos “passivos” em aceitar desrespeitos……de toda a natureza, o que acontece é que essas atitudes continuem a fazer parte do nosso historico. Pelo valor pago de quase $ 383.00 dolares …me desculpem mas é uma afronta. Embora voce tenha mencionado que os pontos positivos fizeram atenuar os negativos, a esse preço ……É MAIS DO QUE OBRIGAÇÃO O RESPEITO PELO PUBLICO
ABÇ
Tudo muito bem e muito bom…Eu até ia nesse show com a Fabíola, que é fã número 1 do Lionel, mas não deu…Agora, eu acho o fim da picada, da feira e da cara de pau o cara vir ao Brasil 30 anos depois de estar no ápice do sucesso. Quando estava dançando no teto ou dando hello para uma cega no víde-clipe, nem sabia onde ficava o Brasil…Assisti a um ótimo show dele no Pow Wow de Los Angeles (o que denota cachê baixo hein…). Fica aqui meu protesto a esses artistas que só vêm ao Brasil para faturar na aposentadoria forçada. Por mais que tenha certeza que o show foi ótimo.
Quanto aos serviços, o Rio não pode se dar a esse luxo mais. Estamos às vésperas de grandes eventos. Os Jogos Mundiais Militares ano quevem, com mais atletas que no Pan 2007. E quem administra a Arena não é a mesma empresa que arrendou o Riocentro? Já viu o que nos espera na Abav 2010…
Aliás, e o encontro/festa do Reserve? Vai rolar este ano?
Abs
Artur
Fernando,
Assitir a shows de determinados artistas não tem preço!
Esta frase não condiz com o preço cobrado para o show do Lionel Richie, que nos anos 80 suas músicas embalavam nossas “baladas”.
Poucos tiveram o privilégio de assisti-lo aqui no Rio na Arena do Hsbc, cujo local é de fato irretocável e assim como eu, grande parte da população ficou em casa no desejo de ve-lo.
Lamento ainda de termos no Rio de Janeiro uma prestação de serviços que deixa a desejar nos quesitos: Aeroportos (Taxi-nada organizados), alguns hotéis 5 estrelas (recepção e serviço de quartos, atendimento demorado) e restaurantes conhecidos(atendimento fraco).
O que nos conforta é termos uma paisagem tão maravilhosa que compensa as falhas exisitentes.
Desejo que para a Copa e Olimpíadas, possamos chegar ao patamar de S.Paulo, nota 10! em atendimento e recepção aos turistas.
A próposito, desejo que sua agenda de shows aumente a cada ano para que vocês divirtam-se sempre mais, como recompensa pelo ano intenso de trabalho…
Vou começar a pedir que traga autógrafos para mim…..rsrsrs.
Abs,
Querido Rocco,
Estava com saudade de seus comentários.
Também achei o preço um absurdo, mesmo sendo este o preço do melhor ingresso do show.
Os preços da arquibancada estavam na casa dos R$ 130,00, o que também é muito caro, pelo que oferece (nada mais que um assento duro).
Para se ter uma ideia, estamos pagando menos de USD 150,00 por ingresso da mesma categoria para assistir ao George Benson (outro semi-aposentado) no Opera Hall de Sydney.
Por isso, imaginei que o serviço seria de primeira, mas foi de terceira…
Já o show, foi realmente um espetáculo !
[]’s
Luís Vabo
sr.Fernando,
Realmente no quesito infra estrutura o Rio ainda deixa a desejar, e temos muito a melhorar , mas adianto o seguinte os gringos descobriram o Brasil, nosso calendário de shows previstos para 2010 inclui vários “feras” gringos e que não somente antigos medalhões buscando uma grana fácil com os tupiniquins sedentos de boa música….este ano ainda teremos Lauryn Hill, Black Eyed Peas,Bon Jovi
Dave Matthews Band,Rush,Green Day,Cranberries,Jamiroquai,Corinne Bailey Rae,Creedence Clearwater Revisited,Twisted Sister e etc……
Este fluxo de gringos e eventos para cá acaba fazendo com que as estruturas se organizem….aliás a arena HSBC que tem a infra super legal é produto dos Jogos Panamericanos….e que venham os JOGOS e os gringos…espero conseguir esbarrar com vcs em pelo menos uns dois shows desta lista…aliás recomendo tb o do Peter Frampton que acabou de gravar um disco fenomenal acompanhado de uma orquestra só tocando clássicos do rock roll….
gente…só dinossauro. Bem fez a Beyoncé, que veio no auge. Idem para U2, Madonna e tantos outros… Dinossauro também merece respeito e fãs. Mas pela metade do preço…No mínimo. Afinal, acima de 60 anos paga meia na plateia…e no palco não?
Pertinente seu ultimo comentário Artur, é melhor rir do que chorar…rs.
Eu sou consumidora de shows, claro dentro do meu gosto musical que é variado na medida do possível. Acho absurdo ir a um show e pagar 50% de um salário mínimo, imagine valor acima.
Adoro o Lionel, mas ele teria que viver de aposentadoria se dependesse de mim. Achei um disparate os valores abusivos que começaram desde o retorno do U2 no seu 2º show no Brasil (fui no primeiro e o ingresso era barato e sem senhas para compras).
Fui 3x no show do Simply Red no Credcard Hall e sempre paguei um valor bacana (vou de pista mesmo nestes shows porque não pega nada) e nos shows de Rock no Parque Antártica do Evanescense, no Pacaembu do Pearl Jam entre outros foram sempre de arquibancada, mas com valores bem mais em conta.
Adoro estes caras, mas tenho mais apreço pelo meu salário de cada mês.
Apenas uma observação a Sra. Carla…a Arena em questão é fruto dos jogos do PAN, e foi construído em parte com dinheiro público e hoje está sendo utilizado pela iniciativa privada que cobra(caro, diga-se) pela sua utilização.
Não vejo nenhum esporte e/ou atividades educativas sendo praticado/incentivado neste local de forma gratuita, não posso concordar com isso.
Quanto aos shows, sim pagamos muito, mas muito caro para ver shows de artistas em fim de carreira, não discuto muito os valores porque gosto musical é algo muito subjetivo e, portanto há quem ache(como o autor do artigo) que este valor é válido…
Acabei de chegar do Reading Festival e paguei muito menos para ver várias bandas que estão no ápice ou despontando no mercado…
sds,
Menos, Artur, menos…
Este não é o primeiro, nem será o último, artista internacional a descobrir o Brasil em fim de carreira…
Mas mesmo assim, o show, neste caso, compensou.
Quem pode ir aos EUA assistir à Lady Gaga (quem gostar disso) agora, no auge, tem esta opção, ou vai ter que esperar pela aposentadoria dela (Lady Gagá), quando então virá ao Brasil… ou não…
O Lionel Richie virá ao Brasil outra vez no próximo ano e então eu levarei a Fabíola conosco, já que você só gosta de artista “no auge”…
[]’s
Luís Vabo
Eu gosto do Lionel…Mas pagava “dez pau”, como dizia a Aracy de Almeida no Show de Calouros hahahahah Não sou contrar o Parque dos Dinossauros, mas que venham com produção e que também venham quem está no auge…
Lady Gaga é show woman, tem músicas boas, dançantes…Olha o preconceito…Se atualiza…Vc vive de tecnologia, não pode ter a mente fechada para nada hein. NADA
[]s
Artur
Oi, Sheila,
O cinquentão Mick Hucknall manda muito bem, após 25 anos de carreira.
Também gosto, mas eu não pagaria uma meia entrada para assistir a um de seus shows.
E para o Artur, somente artistas no auge, o que também não é o caso…
Artur, meu editor preferido,
De que música/artista você gosta, meu querido?
[]’s
Luís Vabo
eu sou eclético…
mas não me deslumbro assim não…
tu foi de convidado e ainda reclama do croquete? ingrato
Meus caros, essa discussão é infindavel, os argumentos são bons para os 2 lados. Vou dar 2 pitacos
1 – LV, esse show do George Benson eu torço prá vc ver e prá ele se apresentar, porque a saúde do cara tá baleada…
2 – Chefe, dinossauro também é gente. Rolling Stones jamais cobrará meia, Pink Floyd idem, Tony Bennett tbm. Idade e preço não andam juntos, a equação é qualidade e preço (além de ótimo marketing). Eu pagaria uma bela grana pra ver e ouvir Nina Simone, Nat King Cole, Cole Porter, Sinatra e outros que já se foram, e vc?
Poxa, Luis é uma pena que não goste do Mick.
Mas tudo bem! Agora ele disse que se aposenta de shows. Era pra ter sido ano passado, mas graças a Deus ele encerrou no BR este ano (perdi o de 2009 por falta de ingresso – quem manda viajar e esquecer de comprar antes, né!). Ele já ganhou o que podia e o que queria.
Neste caso ele sempre veio em Shows no Brasil, mas a partir de 1998 esteve sempre aqui, ou pra shows ou pra divulgação. O legal foram os preços.
Acho que todos podemos pagar o quanto vale, porém precisamos acompanhar o VALOR e não o PREÇO.
Como você disse o que foi oferecido em relação ao setor mais caro não havia valor nenhum, nem pelo serviço ou dinheiro do consumidor e sim: o QUANTO PODEMOS COBRAR POR ISSO?
Veio agora uma dúvida na minha mente: Se o show não condiz com o preço e o espetáculo, cabe algum recurso para o consumidor, ex: show da Whitney Houston na Europa, onde muitos fãs reclamaram que ela não cantou nada, e também de um Hollywood Rock que a NADA cantora Britney Spears dublou o show inteiro.
Antes de digam algo, cantei muitas musicas desta ultima… rs
Meu amigo Sikh Sidney,
Estou pasmo…
Finalmente um comentário seu concordando com meu post ?! E ainda por cima, contra os argumentos de nosso chefe Artur…
Esse negócio de virar blogueiro mexe com a cabeça das pessoas…
Grande abraço e mande mais da Índia que está bonito…
[]’s
Luís Vabo
Sheila,
Eu gosto das músicas do cara. Veja no meu comentario acima.
Apenas não pagaria para assistir ao seu show, pois acho meio devagar, fora uma música ou outra.
Enfim, os gostos e as opiniões variam e isso é o que dá graça à vida, não é?
[]’s
Luís Vabo
Vendo esta discussão só me vem uma coisa a cabeça: como o turismo das grandes capitais poderia ganhar mais com estes eventos. Eu sempre vou em shows de rock e sou testemunha ocular dos muitos ônibus parados na porta ou proximidades de estádios e casas de shows que trazem fãs de todo o país. O mais curioso é saber que estas viagens são ‘organizadas’ ( as aspas pois tal organização resume-se a locar um ônibus qualquer e dividir a venda de assentos a preços camaradas ) pelos próprios fãs no Orkut ou em sites de fã-clubes. E isso vai ser algo recorrente nos próximos meses: São Paulo, por exemplo, estará abarrotado de shows aguardadíssimos, como Green Day, Bon Jovi, Rush, Black Eyed Peas, Peter Frampton e megafestivais como SWU ( em Itu ), Planeta Terra ( no Playcenter ), Natura Nós ( na infeliz Chácara do Jockey ), Ultra Music, Maquinária… serão uns 150 artistas gringos por aqui entre setembro e dezembro! Isso nunca aconteceu antes! E cadê o trade capitalizando nisso? Se o turismo receptivo precisa ganhar experiência pra famigerada Copa do Mundo, a reta final de 2010 poderia ser uma ótima bateria de testes.
Gente, Sidney vai pagar uma grana pra ir ver show da Nina Simone e Nat King Cole. Só em mesa branca meu filho… Ou indo dessa pra melhor…
Dinossauro tem vez sim. Rolling Stones nunca saíram do topo. Tony Benett tem voz ainda? Enfim… quem é fã paga.
O que é estranho mesmo é essa falta de estrutura e serviço que o Vabo denunciou. O local é novo, pois é “legado” do Pan, é administrado pelos administradores do Riocentro… Como não tem estrutura?
Os preços são absurdos também por causa da indústria da meia entrada. O cara faz pós na mais cara das faculdades mas quer pagar meia porque é estudante. Anda de carro do ano e paga meia. E ainda reclama dos políticos na TV…
Que a Copa e a Olimpíada sobrevivam à nossa cultura vira lata. Estamos de olho… Atenção blogueiros…É isso aí. Tapinha nas costas deixemos pros políticos…
Queridos Luís. Sidney e Artur, o eclético
Falou em show, em música e todo mundo se antena…. Me diverti muito com as discussões e pagaria o que o Luís pagou (…) para assistir o Lionel Richie all night long. Acredito que este pessoal que vai para o Brasil faz o show ficar muito caro por conta dos seguros, da infra que exigem (e que aqui nos USA ou na Europa não tem…). Será que tem Elvis na mesa branca que o Artur menciona ???
Sheila, eu estava na Alemanha na época do show da Whitney Houston, onde ela simplesmente perde a voz no meio da música, toma água, fica pior e daí o show é cancelado. Todo mundo teve o dinheiro do show devolvido.
Beijos e saudades de todos
Obrigada Helo (se me permite assim chamá-la) pelo esclarecimento. Soube que muitos fãs queriam o valor, será que aqui teriam este valor de volta?
André, seu apontamento foi muito bom. As denominadas viagens ou excursões (depedendo de onde vem a galera), também chamada de CARAVANA pelo Silvio, rss, muitas vezes são realizadas diversas vezes pela mesma pessoa que ao pé da letra tem mais experiência do que muito profissional do nosso mercado.
Acompanhei muitos fãs que viajaram dentro do país para assistirem os shows e também para fora do Brasil. Tenho amigas que já foram para o Rio 6x para assistir shows do Oasis, Guns, Pato Fu entre outros, mas não conhecem a cidade, nunca foram nos principais pontos, chegam a passar 2 dias ou mais na cidade, mas somente no lugar do show e quando este acaba, retornam para casa.
Amigo Vabo, compartilho de todo o seu comentário sobre o show. E como você bem disse, a apresentação do artista foi espetacular.
Creio que o problema não é se o artista é novo ou antigo no mercado, se vale ou não o preço do ingresso, pois fã não pensa dessa maneira, mas sim, como o artista marca ou marcou a sua vida. Vendo Lionel Richie cantar, a sensação que tive foi de voltar no tempo, quando ele, no auge da carreira, embalava minhas baladas. Senti a mesma vibração.
Isso não tem preço.
Infelizmente a estrutura do local, em termos de serviços, deixou muitíssimo a desejar.
Espero que o show de George Benson, que assistiremos todos juntos em Sydney, em termos de performance seja igualmente espetacular.
Beijos Ednilda Heggendorn
André e Sheila,
Vocês estão certíssimos. Trata-se de uma bela oportunidade a ser desenvolvida, em termos de serviços turísticos.
Helô,
Estamos com saudades. Parabéns pela nova netinha Sophia. Quando ela deixar, veja se responde meu email 🙂
Editor,
Blog não é só denúncia e reclamação, mas estamos atentos… afinal, você manda…
Ednilda, minha amiguinha,
Ok, veremos George Benson em novembro, mas continuamos com nosso projeto de assistir ao vivo o pianista Sir Reginald Kenneth Dwight, de preferência em sua terra natal…
Vamos que vamos…
Bjs,
Luís Vabo
Já estou em pesquisa das apresentações dele para o próximo ano.
Esse projeto, com certeza será executado em 2011.
Bjs
Ednilda