Estamos a 20 dias das eleições presidenciais e muitos temas ainda não foram adequadamente debatidos, a ponto de não sabermos qual a posição dos candidatos a presidente sobre cada um deles.
Passada a fase inicial da campanha eleitoral, você saberia dizer com certeza, o que pensam Dilma, Serra, Marina e Plínio sobre as urgentes reformas tributária, da previdência e da legislação trabalhista, tão demandadas pela sociedade?
Ou quais são seus projetos, para citar o básico, para a educação, saúde, segurança e habitação?
E para citar o específico, o que podemos esperar desses candidatos, para estimular o turismo, o trabalho e o empreendedorismo?
Apesar de todos serem temas absolutamente relevantes, destaco aqui o estímulo ao empreendedorismo (ou espírito empreendedor) como um catalisador da mobilidade social, fundamental a um país que tem sede de crescimento, como o nosso.
Sobre isso, veja um resumo do que pensam os 4 principais candidatos a presidente, segundo entrevista do Instituto Endeavor:
Dilma Rousseff: seu projeto inclui a criação do Ministério do Empreendedorismo, responsável pela gestão das políticas para as pequenas e médias empresas industriais e de serviços.
José Serra: criou em São Paulo, como governador, um programa de simplificação e desburocratização do processo de abertura de novas empresas, o Poupa Tempo do Empreendedor, que inclui recursos que facilitam a vida dos pequenos e médios empresários.
Marina Silva: pretende criar fontes de financiamento para fomentar a atividade empreendedora, através de linhas de crédito aos pequenos e médios negócios, similares às atualmente disponíveis aos grandes empreendimentos, via BNDES.
Plinio Sampaio: propõe a reforma agrária para estimular o maior número de pequenos empreendedores, além de simplificar a abertura de empresas e a arrecadação de impostos.
Considerando estas propostas, pergunto:
Qual destas propostas estimularia mais o espírito empreendedor do brasileiro?
Qual tem maior chance de dar certo, ou seja, incentivar novos negócios, gerar empregos e desenvolver a economia em geral e o turismo em especial?
.
Certamente aquele que trouxer resultados significativos, como a abertura de uma empresa passar de meses para minutos ou a capacitação de milhões de profissionais nos conceitos de Empreendedorismo.
Criar ministério, fazer reforma agrária… são meios… quais são os resultados pretendidos?
Abs
Vabo Jr
Prezado Luís,
Tirando o ufanismo e aumento de custos que terá o governo Dilma, o governo atual onera muito os pequenos empresários e desistimula o empreendedorismo.
Desburocratizar, simplificar os impostos (reforma fiscal?) e oferecer linhas de créditos mais ágeis são, com certeza a melhor plataforma – sim, a da Marina.
Contudo, o que os empresários de hoje podemos fazer para não dependermos tanto do governo?
Associativismo sério. Coisa que não aprendemos a fazer direito, visto o desalinhamento entre as associações de agências, de hotéis…
Defendo o estímulo às associações como base para levar nossas solicitações ao governo e forma de lobby e pressão. Afinal, nós carregamos no nosso setor um peso importante da receita do governo. Ou não?
Abraços,
Vabo Jr e Gustavo Syllos,
Entre as ideias e projetos dos candidatos, penso que:
– O Ministério do Empreendedorismo, apesar de ser um meio, configura a proposta mais agressiva de todas, a despeito das novas despesas que trará ao orçamento da União.
– O Poupa Tempo do Empreendedor é a única ideia que não é mais projeto, mas realidade, pelo menos em São Paulo.
– Estimular o espírito empreendedor através de investimento subsidiado pode ser interessante, mas existem muitos temas mais carentes de recursos do governo federal, o que tende a limitar esta ideia.
– Reforma agrária como foco para novos empreendimentos seria ignorar as inúmeras frentes de inovação e de novos negócios passíveis de estímulo e incentivo, como o próprio turismo.
Resumindo: gosto do Ministério do Empreendedorismo e gosto do Poupa Tempo do Empreendedor, mas ambos devem ser aprofundados.
[]’s
Luís Vabo