“A Aviestur não é para o agente de viagens catar folhetos, mas para fazer negócios.”
Como o Panrotas noticiou, foi com esta frase que o William Périco abriu a Aviestur 2011, em Campos do Jordão, na 6a. feira, 15/04.
Em pleno século 21, ainda existem agentes de viagens (e não são poucos) que usam as feiras de turismo para recolher folhetos, que servirão como fonte de consulta no dia-a-dia e ferramenta de vendas, geralmente realizada por telefone, email ou pessoalmente.
Por isso, os fornecedores de serviços de viagens e turismo ainda investem muito em brochuras, folders, tarifários, folhetos etc, tentando atingir este público na mesma linguagem usada há décadas, mas que ele resiste a mudar…
Ocorre que este mesmo fornecedor insere o mesmíssimo conteúdo em seu site, home page, portal etc., onde também oferece seus serviços de forma online, tudo fácil, ágil e produtivo, mas que ainda não despertou o interesse destes profissionais para esta (não tão nova) realidade.
Foi para esses agentes e fornecedores que o presidente da Aviesp discursou na abertura do evento, destacando ainda os dois pontos fundamentais em que o agente de viagens deve investir: tecnologia e treinamento de pessoal.
Em relação à tecnologia, é grande a oferta de novos sistemas, com variadas funcionalidades e recursos, mas poucos oferecem custo competitivo para um mercado de centenas de pequenos agentes.
Por isso, estimulados pelo William Périco, encaramos o desafio de desenvolver um sistema de vendas online, integrador de variados conteúdos, do tamanho da necessidade do agente do interior e o batizamos “Reserve versão especial AVIESP”.
Outros fornecedores também trabalham este mercado, com produtos desenhados para sua demanda, como a Monde, de Americana-SP, com um sistema backoffice bem aderente ao interior.
Embora muitas empresas já estejam fazendo seu dever de casa, percebo que ainda há muito a ser feito pelos fornecedores de serviços de viagens e turismo, para atender adequadamente este mercado, com as características que ele requer.
Produtos específicos para um mercado específico, que traga retorno proporcional ao investimento envolvido.
.
Boa tarde
Infelizmente este modelo de atendimento não é exclusividade apenas do interior – muitas agencias de viagens da capital também (ainda) trabalham desta maneira; mais do que resistência a mudanças, acho que trata-se de comodismo (sair da zona de conforto).
Mas seguimos em frente!
É verdade, Ana,
Muitas agências das capitais ainda estão baseadas no atendimento pessoal, por telefone ou email. Não é mesmo exclusividade do interior.
Mas as agências do interior, em especial as pequenas agências, estão começando a se sentir na “zona de desconforto”, pois estão perdendo mercado para aquelas (grandes, médias e e pequenas), que perceberam há mais tempo que a internet é forte aliado da agilidade, produtividade e rentabilidade do negócio.
É questão de tempo e, por isso, ganha quem sai na frente.
[]’s
Luís Vabo
[…] VALE A PENA INVESTIR NO AGENTE DO INTERIOR? […]
Carissimo
boa tarde
Brilhante tema …PAPELADA que a meu ver representa apenas despesa e garanto que não é a ferramenta que gera RECEITA, cansei de ver com o rabo do olho, em tempo recorde do momento da entrega até a lata do lixo. Eu quero crer que esses fornecedores ainda não se deram conta do destino de tantos e tantos folhetos. Parabens ao Perico que abordou esse tema, afinal esses eventos são muito úteis exatamente para ORIENTAR, SUGERIR, ACONSELHAR, e concordo com o comentário acima que não somente o interior, na capital ainda persistem alguns colegas em coletar papel.
Quanto a tecnologia, eu quero dizer e me posicionar, que a maioria de nós ainda está acomodado, com empresas que, até pouco tempo atrás tinham praticamente o dominio sobre muitas agencias, e não vem acompanhando satisfatoriamente essa demanda, fazendo que estudemos outros caminhos, mais atuais, avançados e inovadores.
forte abraço
Rocco,
Muito bom o seu testemunho, caso especial de empresário agente de viagens que percebeu em tempo a necessidade de manter sua agência atualizada às demandas do seu cliente.
[]’s
Luís Vabo
Sem dúvida que vale a pena. quantas vezes as oepradoras sediadas em capital exige que as agencias envie pagamentos “no mesmo dia”, que as agencias pague pelo custo do envio do material promocional e pelo envio dos brindes (bolsas), que as operadoras não possuem promotor para o interior, etc..etc…etc
O interior é um grande mercado e que por muitas vezes não estão sendo trabalhado!
Caro Luigino
……embora eu procure ao maximo, manter a empresa na vanguarda seja na tecnologia que em outros segmentos sempre acabo esbarrando com desconfortos, tipo falta de profissionais capacitados (situação critica), fornecedores truculentos e abusivos, competitividade com muita deslealdade e total falta de ética.
Acho, que em uma palestra sua, voce usou a frase “precisamos nos renovar” e eu retruquei……….acho que voce estava coberto de razão, sendo que no nosso ramo não sobrou mais nada para renovar…….a não ser que tenhamos a criatividade de vender CACHORRO QUENTE e/ou PERFUMES e/ou ESFIHAS E BOLINHOS DE BACALHAU e/ou SUCOS NATURAIS e outros.
Caro amigo….está dificil manter a postura.
abç
Prezados.
Sou um profissional com mais de 10 anos na area e passei por uma serie de empresas no Brasil. Ainda que muitos nao o vejam dessa forma, a situacao e, de fato, critica.
Vejo (ainda que a distancia) donos de empresas mais ocupados com incentivos do que com a infra-estrutura do seu proprio negocio (e, para espanto!) inclusive me recordo de um caso onde o dono de uma agencia onde trabalhei me pediu que organizasse as ferias de sua familia numa agencia concorrente e nao pela sua propria porque “nao queria ter incovenientes durante a viagem”. Que classe de empresa seria essa? Nao ficaria surpreso se esta mesma situacao se repetisse pais adentro, mas essa imagem ficou na minha cabeca por anos. Eu, como profissional, penso 2 vezes antes de recomendar a qualquer familiar ou amigo que busque os servicos de agentes. Falta capacitacao, falta infra-estrutura e, muitas vezes, vontade.
Se por um lado temos tais fatores, por outro, ha tambem profissionais capacitados que buscaram opcoes no mercado, mas como nao ha reconhecimento para tais profissionais (salarios vergonhosamente baixos), nao resta outra solucao se nao deixar o pais.
Hoje vejo as reacoes do mercado brasileiro a mudancas estruturais nos mais variados segmentos e, de fato, me surpreendo que ainda seja possivel trabalhar de forma tao rudimentar. Vejo tanta resistencia no Brasil para manter as mesmas metodologias de sempre, alem de tanta energia perdida para isso que me pergunto quando tais empresas encontram tempo para efetivamente trabalhar.
Que atire a primeira pedra quem nao se identificou com isso ou que nao conhece pelo menos um agente de viagem que se qualifique nessa situacao.
Sorte a todos.