LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Existem variadas vertentes para a palavra liberdade, todas tão importantes quanto seu conceito fundamental e todas confundem seu significado com o sentido de “ter direito a alguma coisa”.

Liberdade política, liberdade de associação, liberdade de ir e vir, liberdade de pensamento, liberdade de escolha, liberdade de imprensa, liberdade de expressão, liberdade…

Numa democracia, em pleno estado de direito, essas e outras liberdades são garantidas pela constituição, mas principalmente, são garantidas, preservadas, defendidas e praticadas por toda a sociedade.

Penso que o sentimento e a prática da liberdade por um determinado povo corresponde ao seu nível de evolução como grupo social, apesar que, não raro, países tidos como desenvolvidos apresentem variadas nuances de falta de liberdade…

A liberdade de expressão, apesar de mais ampla que a liberdade de imprensa, também deve ser precedida de ética e respeito ao próximo, pois por vivermos em sociedade, a liberdade de um não pode e não deve coibir a liberdade do outro.

Mas também deve ser acompanhada de responsabilidade e, por isso, eu só respeito uma manifestação de opinião, por qualquer meio, se tiver autoria conhecida (assinada, quando por escrito), independentemente de seu teor.

Faço toda essa preleção para louvar o advento dos blogs, não somente os do Panrotas, mas o recurso através do qual as pessoas podem se manifestar de forma organizada ou não, frequente ou nem tanto, tematizada ou generalista, profissional ou pessoal, sendo um jornalista ou não, para tantas pessoas quanto a internet permitir acessar.

Diferentemente do twitter (sei que aqui muitos discordarão), a leitura ou participação com comentários nos blogs independe de você “seguir” alguém e ocorre de forma espontânea, por curiosidade ou interesse no tema ou no autor, de quem se discorda ou concorda, mas cuja leitura deve acrescentar alguma coisa, para que valha a pena o tempo dispendido ali.

Tenho encontrado muitas pessoas do trade que me dizem que acompanham e gostam de ler o Blog Distribuindo Viagens e que, muitas vezes, pensam em postar um comentário, mas acabam não fazendo.

Outras dizem que lêem todos os posts, mas não comentam, “devido à minha posição aqui na empresa, que impede minha manifestação pública”…

Por isso, pretendo lançar uma campanha aqui no Blog Distribuindo Viagens:

“Transforme um leitor em comentarista e ganhe uma resposta exclusiva do blogueiro !”

Seu comentário, seja sobre nosso mercado de viagens e turismo ou qualquer outro assunto, pode ser contra, à favor ou muito pelo contrário, porque afinal, a expressão é livre e ninguém é dono da verdade, das palavras ou do mercado.

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Luís Vabo

Entusiasta da inovação, do empreendedorismo e da alta performance, adepto da vida saudável, dos amigos e da família, obstinado, voluntário, esportista e apaixonado. Sócio-CEO Reserve Systems 📊 Sócio-fundador Solid Gestão 📈 Sócio-CFO MyView Drones 🚁 Sócio Link School of Business 🎓 Conselheiro Abracorp ✈️

27 thoughts on “LIBERDADE DE EXPRESSÃO

  1. O que me motiva ao ler e comentar os blogs é a Busca por Conhecimento.

    É só prestar atenção as motivações dos blogueiros em publicar.

    Qual é sua motivação ?

    Sempre existe alguem e uma idéia que agrega algo de valor, ou não.

    A começar em mim, como leitores e comentaristas, sejamos sábios no que se expressa, e por favor, sem vaidades ou dodóis.

    Eu sou a favor dos que agregam, sempre!

  2. Boa Tarde Luís,

    Liberdade! Onde está ela ?

    Somos livres para expressar nossa opinião, mas não são todos os leitores que tem coragem para postar um comentário, que agregue valor, ou não existem várias desculpas para justificar a falta de iniciativa.
    Me coloco a disposição do time que participa, seja nos Blogs do Panrotas, Redes Sociais etc… A exemplo do Panrotas outras redes deveriam acrescentar muito ao nosso conhecimento, mas o que percebemos é a limitação de conteúdo como é o caso do Twitter, em que seu conteúdo é postado por 20% dos usuários, além de permitir apenas 140 caractéres. Agora eu pergunto – Onde foram parar as mentes pensantes? Se elas existem. por que ler e não questionar?
    É impressionante como isso tem ocorrido, não somente no mundo virtual, na faculdade onde estudo sou até “criticado” pelos hipócritas pois questiono bastante, para não sair da aula com dúvidas, e sempre usando o bom senso, mas a maioria fica na espreita preocupando-se mais com as tralhas tecnológicas do que com a aula, isso é ruim pois quando o professor faz alguma pergunta coletiva são sempre as mesmas pessoas que respondem…
    Quero convidar as pessoas a participarem sem medo de serem felizes, pois quanto maior é a discussão, maior é a propriedade que podemos nos colocar sobre todos os assuntos e deixo uma frase para reflexão.

    “Aprender é a única coisa que a mente nunca se cansa e não se arrepende”

    Parabéns pelo post
    Um forte abraço.

    Gabriel – Gol Linhas Aéreas

    1. Essa é a ideia, Gabriel,

      Analisar, discutir, concordar, discordar, debater, por e contrapor, mas participar sempre.

      Desta forma, conseguimos disseminar conhecimento e aprender.

      []’s

      Luís Vabo

  3. Luíz
    Gostei do seu post. Sempre acompanho seu blog e sinceramente, são poucas as pessoas como você que entram e falam realmente o que muitos no turismo não falam (sem fazer qq tipo de indicação aos outros blogueiros da panrotas). Muitas vezes vemos vários operadores do turismo com ideias mirabolantes somente a favor deles (sem entrar nesse mérito) e várias outras pessoas com muita vontade de “retrucar”, mas não sentem-se à vontade ou tem medo.
    Somente assim, expondo nossas vontades e realizando nossos desejos que nos tornaremos pessoas e profissionais melhores.

    1. Bruno,

      Se você sentiu-se motivado (como disse o Tiago) a postar este comentário, é sinal que este post já valeu a pena.

      Apareça sempre, pois este espaço é de todos nós.

      []’s

      Luís Vabo

  4. Luis,

    Embora ainda não me conheça pessoalmente você já percebeu que eu gosto de expressar minha opinião e não fico em cima do muro. Na verdade sempre fui um pouco polêmico por defender minhas idéias com veemência e sem medo. Por vezes, como todo português de sangue quente, acabo por me exceder, mas é sempre tudo dentro do mais alto espírito democrático, pois prezo muito a democracia, pela qual lutei na revolução portuguesa de 1974. Uma coisa é certa: não gosto de opinar de forma morna, amorfa, óbvia. Não concordo com o ditado que diz que “religião, política e futebol não se discutem”! A quem pensa assim eu pergunto: e então discute-se o quê? Se a água é líquida? Se a terra gira em torno do sol? Veja, acho que a gente deve discutir temas que pressupõem e aceitam vários tipos de interpretação, ou seja, opiniões subjetivas, pois discutir obviedades é perda de tempo e nem chega a ser discussão, mas exercício tedioso da concordância. Quem gosta de obviedades deve ler Paulo Coelho, e não Reinaldo Azevedo, por exemplo! Eu prefiro ler, ouvir e discutir assuntos e abordagens que mexam comigo, que me façam pensar, que me incomodem, que me emocionem. Posso até discordar delas, mas é preciso que mexam comigo. Por isso, na maior parte das vezes eu escrevo e comento para provocar, para estimular o debate e não a concordância. Aprendi isso nos bancos da escola e no seio da minha família quando lutávamos contra a ditadura e a falta de liberdade. Espero que tanto você quanto os leitores já tenham compreendido isso e me perdoem pela eventual rispidez e contundência. No fundo, no trato social, quem me conhece sabe que sou uma pessoa extremamente afável com todos. Por fim uma reflexão, para não deixar barato: é preciso não confundir “liberdade de expressão” com “liberdade de expressão do pensamento”. A primeira pode ser uma porta aberta para a agressão, a difamação e a injúria. A segunda, presente na maioria das Constituições de países democráticos, garante a todo o cidadão o direito de discordar do seu governo, da sua empresa, do seu chefe, do seu amigo, enfim, garante o nosso bem maior e supremo: a livre manifestação do pensamento. São coisas bem diferentes.

    Um abraço e parabéns por mais um post primoroso.

    1. Amigo Rui,

      Apesar de não conhecê-lo pessoalmente, como você bem lembrou, já o considero amigo pela afinidade que sinto com muitos de suas análises e comentários.

      Carioca é assim mesmo, torna-se amigo muito facilmente, da mesma forma que muito facilmente deixa de sê-lo.

      Justamente pela diferença entre liberdade de expressão, liberdade de pensamento e liberdade de expressão do pensamento, eu comentei o que considero fundamental na liberdade de expressão: ética, respeito e responsabilidade.

      Não havendo essas premissas, a liberdade de expressão leva ao caos.

      []’s

      Luís Vabo

  5. Boa tarde Luis

    Meu comentário não tem muito com relação a este post.

    Venho para criticar a GOL.
    Tivemos, na venda de passagens, um aumento de 25,48% em março, depois de outro aumento de 9, 34% num fevereiro sem carnaval. E a Gol tem 39% do mercado interno de passagens aéreas. Passagens que, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil aumentaram em até 65%.
    Diante destes numeros a GOL (contra) anuncia a demissão de 1.100 colaboradores!?!?!
    A desculpa: precisa se proteger do aumento dos custos do petróleo. Mas como, se o lucro cresceu 362% e as despesas com combustíveis subiram 21,4%, no mesmo período, segundo ela própria informa. A taxa de occ subiu de 65% para 70,4 %
    O que vai acontecer? O serviço que era ruim se tornará péssimo.
    Essa é a verdadeira causa do caos que vivemos, a ganância destes “empresários”.
    Temos que parar de ficar elogiando gratuitamente as aéreas, elas são parte importante de nosso negocio mas uma ação como esta prejudica toda a a cadeia do turismo. Trazendo uma imagem ainda pior de prestação de serviços no nosso negocio.

    1. João Bastos,

      Entendo sua crítica, mas não reúno dados suficientes para avaliar, neste momento, o acerto ou erro da decisão tomada pela empresa.

      Também não percebo na imprensa os elogios gratuitos a que você se referiu, pois geralmente leio elogios quando há acertos e críticas quando há erros, sempre na opinião de quem as proferiu.

      De qualquer forma, o mercado consumidor é o juiz mais impiedoso e saberá avaliar a prestação do serviço e o custo cobrado.

      []’s

      Luís Vabo

  6. “A liberdade não é um direito, é uma obrigação…”
    Há muitos anos atrás ouvi essa frase e já nem me lembro mais do nome de seu autor, porém ela ficou na minha lembrança como a mais bela antítese que vi cunhada, por encerrar um sentido muito forte em termos de cidadania, de democracia, etc.
    Muitas das vezes, quando exercida como direito, percebe-se que quem a usa não se atenta para a ética, para o respeito, para a responsabilidade.
    Por isso, desde jovem, sempre achei que democracia praticada com excesso de liberdade sempre se volta contra ela mesma.

    1. Grande Rubens,

      Permita-me uma ligeira revisão no sentido de sua última frase: democracia sem ética, respeito e responsabilidade volta-se contra ela mesma.

      Digo isso por acreditar que liberdade nunca é demais, desde que consideradas as premissas acima.

      []’s

      Luís Vabo

  7. Rubens,
    Com todo o respeito e bastante humildade, permita-me uma observação sobre seu justo reparo, o qual entendo perfeitamente.

    Não existe excesso de liberdade, assim como não há excesso de democracia, pois estes, como valores intangíveis, são inquantificáveis. Assim, nunca existem em excesso nem em falta, apenas com mau uso ou ausência, o que é diferente. O que existe é falta de educação, falta de ética efalta de respeito. Mas nada disso poder servir de desculpa para se insurgir (ou limitar) contra os valores que fundamentam a nossa civilização: Liberdade e Democracia.

    Forte abraço

  8. Caro Rui,
    Sou um apreciador de seus comentários, pela sua forma lúcida, convicta e corajosa com que você os faz.
    Entretanto, com relação ao meu primeiro comentário, quero acrescentar que quando o binômio liberdade-democracia é cultuado como uma obrigação, normalmente se fazem presente a educação, a ética, a responsabilidade e o respeito. Todavia, quando cultuado unicamete como um direito, é exatamente aí que acontecem os excessos permissivos e, como consequência, as premissas acima são desconsideradas, principalmente numa democracia tão frágil como a nossa.
    Um grande abraço.

  9. Rubens,

    Obrigado pelos elogios e incentivo. Realmente, colocadas as coisas pela perspectiva que apresentou, não há como discordar. Entretanto, estou convencido que o maior problema do Brasil é a educação. Quando analiso cada um dos muitos problemas que enfrentamos, percebo que, com uma população mais educada (em todos os sentidos, no formal, no empírico, em cidadania, etc.) teríamos como resolver todos os nossos problemas. E também concordo que a Democracia e a Liberdade, assim mesmo com letra maiúscula, só podem ser plenamente experienciadas quando se usa o respeito como premissa. Direitos pressupõem responsabilidades.

    Um forte abraço.

    P.S. Gostei muito da frase “Liberdade e Democracia não são um direito, são uma obrigação”.

  10. Prezado Luis,

    Um novo CAOS AEREO se aproxima. Na chamada ante-safra, empresas aéreas se adaptam para manter ou ampliar seus lucros. (nada mais justo). O fato é que demitem, devolvem aviões, e depois não há como repor a tempo, criando assim um caos nas suas malhas viárias, tendo como justificativas, falta de tripulante, avião em manutenção não programada etc….etc……. e nós que temos contato direto com o cliente é que sofremos.

  11. Prezado Luis

    É “tecnica” de “gestao” que leva diretamente a uma bolha de dinheiro seguida de um crash. Ja aconteceu um milhao de vezes antes (não preciso citar estas empresas aéreas) e vai continuar acontecendo. Os proprios numeros da empresa o deixam muito claro.

    1. João Bastos,

      Não sou propriamente um especialista em gestão de empresa aérea, mas tampouco sou ingênuo no assunto.

      Francamente, não consigo imaginar que tudo isso ocorra de forma premeditada, mas que seja decorrente da busca usual por resultados, embora nem sempre por meios considerados socialmente justos por muitos…

      []’s

      Luís Vabo

  12. Prezados amigos (as),

    Embora não seja este o assunto original do post, não consegui resistir à tentação de comentar o caso das demissões na GOL. Faço das palavras de Luis Vabo minhas palavras: não sou expert em administração de aéreas, aliás, nem minha vida consigo administrar direito, porém, meus dois neurônios, por vezes, dão-me um trabalho danado quando resolvem pensar. Vejamos: entendo perfeitamente que uma aérea, assim como qualquer outra empresa, precisa administrar de forma responsável seus ativos, comportar-se de acordo com as exigências do mercado de forma a gerar lucros e remunerar adequadamente seus acionistas. Afinal, estamos num país capitalista, e ainda bem que assim é! Entetanto, pelas notícias que temos lido, a GOL faz isso muito bem e há muito tempo, port isso a razão das demissões não pode estar relacionada com dificuldades de caixa. Tanto é assim que, segundo o Portal IG em 11/05/2011, a empresa teria apresentado LUCRO de 110,5 milhões no primeiro trimestre, obtendo um aumento de vendas da ordem de 9,6%. Também é fato que esse resultado não pode ser desvinculado do esforço de sua força de trabalho (colaboradores), que devem ter se esforçado, contribuído, batido metas, enfim, OBEDECIDO ÀS ESTRATÉGIAS DETERMINADAS PELA DIRETORIA QUE AGORA OS DEMITE.

    Então pergunto: se a empresa está gerando lucro para o acionista, se o mercado está em crescimento, se o país está com a economia em ordem e não há visão de catástrofe no horizonte, então por que diabo um empresário demite 1.300 funcionários nesse cenário? Será que é preciso ser gênio para entender esse tipo de administração? É alguma fórmula mágica que preconiza o corte das cabeças que ajudam a empresa a lucrar? E isso num momento em que a empresa gera recordes de lucro? Sou eu que, por ser português, não consigo entender essa piada brasileira? Talvez não. O que pode estar acontecendo, pois já vi isso muitas outras vezes, é a manifestação do jeitinho brasileiro de administrar virado para o umbigo: sempre que se fala em corte de custos, em reestruturação o que vem à mente dos nossos empresários não é a revisão de estratégias ou a diminuição do desperdício. O que primeiro lhes ocorre é o corte de postos de trabalho. É mais fácil do que rever métodos, estratégias, ou até reconhecer que a administração não está dando certo. Na dúvida, passa-se o facão nos colaboradores, pois a folha é o que compromete o lucro da empresa. O curioso é que neste caso específico da GOL, nem parece haver motivo para isso, pois, como vimos, o lucro foi recorde.

    Minha estranheza é a seguinte: será que não seria muito mais lógico, numa situação de crise ou necessidade de enxugar, o que nem é o caso agora, o empresário abrir mão de parte dos lucros? Não seria melhor lucrar apenas metade dos 110 milhões e preservar o emprego daqueles que ajudaram a empresa a obter esse lucro? Numa situação limite não seria possível conduzir uma empresa em tempos de crise mantendo um desempenho que apenas não apresentasse lucro nem prejuízo? Ou seja, por um tempo, até que as nuvens negras se afastassem, preservar o emprego dos colaboradores e trabalhar no zero a zero por um tempo? Não. Esta é a resposta dos nossos empresários. A ganância fala mais alto e o lucro é que é o ativo mais importante da empresa. Esse sim deve ser preservado a todo custo (com perdão do trocadilho). Depois vêm falar com voz macia sobre comprometimento das equipes, sobre desenvolvimento profissional, sobre o quanto respeitam todos os canais de distribuição, sobre como levam a sério suas responsabilidades como empresários geradores de emprego e renda, sobre sacrifício coletivo e tantas outras baboseiras que são ditas só para jogar para a galera. A verdade é: ao primeiro sinal de dificuldade nossos empresários demitem seus colaboradores ao invés de abrir mão de parte do lucro. Assim podem continuar fazendo barbaridades, desperdiçando dinheiro e oportunidades. É a administração de costas para o social, já que, segundo eles, social é coisa do governo, eles, ricos empresários, vivem em outra esfera, onde social é um tipo de roupa ou o convívio com elegantes senhoras nos salões de suas mansões!

    Em última instância a equação está invertida. Se uma empresa dá prejuízo, ou deixa de dar lucro, quem deveria perder o emprego primeiro (como acontece no Japão) é o administrador, os gerentes, os diretores, pois são eles que conduzem o processo e determinam as estratégias. A massa demitida cumpria ordens. Mas vai tentar botar isso na cabecinha deslumbrada desses gestores! Está bem, pode ser que eu esteja sendo um pouco exagerado, que minha análise seja simplista e peque por falta conhecimento. Pode ser que os coitados dos empresários não tenham culpa, pois é complicado sustentar o peso imposto pelo “custo Brasil” e por tantos outros penduricalhos que encarecem a produção. Pode ser. Nesse caso a culpa seria do governo. Pode ser. Mas então isso nos leva a uma conclusão não menos curiosa: se é assim, então deveríamos todos demitir o governo! Eleger quem consiga alterar esse estado de coisas, mudar essa realidade, administrar com um olho no lucro e outro no social, certo? Mas sabem porque não conseguimos mudar o governo? Por que esses mesmos empresários que tanto o criticam, que tanto temem o “custo Brasil”, despejam rios de dinheiro no caixa dois das campanhas eleitorais para garantirem a eleição de facínoras, demagogos e hipócritas, que se servem do povo ao invés de servir a ele, exatamente para manter as coisas tal qual como estão. Pronto. Assim fecha-se o círculo e fica todo mundo em paz. Menos aqueles que perderam o emprego, claro. Mas isso, para os alguns empresários, é apenas um efeito colateral, são perdas aceitáveis numa guerra onde eles sempre ganham!

    É, pensando bem, é mais fácil demitir do que pensar. Pense nisso na próxima vez em que entrar num avião da GOL.

    Um abraço

  13. Caros,

    Ainda bem que o assunto do post é liberdade de expressão, não pude deixar de ler os posts sobre a GOL, e a que disponibilizo meu capital intelectual, a falta de informações referente as estratégias me assustou nesses comentários, primeiro quero ressaltar que a reestruturação organizacional é algo que foi comunicado com antecedênica inclusive foi publicado como notícia no Panrotas pelo Alex Souza em 23/3/2011 às 21:21:00, e a empresa foi ética em comunicar primeiro aos colaboradores através de seu portal corporativo, claro que quem está de fora não tem a dimensão de como são feitas realmente as ações da gestão.

    Minha modesta visão é de que todas as empresas podem tomar as ações necessárias para que haja a continuidade das ações estabelecidas em seu planejamento estratégico com objetivo principal o lucro.

    Com relação as ações sociais da empresa GOL, quero lhes apresentar uma das inumeras que são feitas:
    O Instituto GOL tem a missão de proporcionar treinamento e capacitação profissionalizante promovendo a inclusão social e a melhoria do ensino dos profissionais de aviação, també adota os valores Sustentabilidade, Segurança, comprometimento com a sociedade, excelência e proximidade e só no primeiro semestre serão formados 140 estudantes que tem a chance de serem contratados pela empresa.

    Além do mais a empresa nunca cai demitir sem ter a certeza que existem pessoas para suprir o GAP, (com todo respeito aos colaboradores demitidos) se puderem acessar a rede social GRUPO TRIPULAÇÃO que é a maior do ramo de aviação até o momento, irão encontrar muitos tripulantes que estão em fase de seleção na empresa e em outras também, isso prova o quanto o mercado tem mão de obra qualificada para evitar o caos aéreo.

    O Rui tocou num fator determinante para tais ações o “CUSTO BRASIL” acredito que não basta somente ser “Low cost Low fare” para manter a rentabilidade é necessário ousadia mesmo que tenham que ser tomadas ações como as que a empresa adotou.

    Seria melhor que ao invés de publicar o lucro a empresa publicasse também os custos fixos e despesas fixas para que todos soubessem a margem de contribuição em que se trabalha só assim o ponto de equilíbrio e o lucro operacional seriam menos duvidosos.

    Sou apenas um preposto que atua na fidelização de clientes, mas como postei anteriormente gosto de participar e espero ter contribuido para o debate fazendo também com que ao entrar em um avião da GOL as pessoas pensem que ainda existem mais de 18.000 colaboradores mantidos pelo sangue laranja derramado nessa guerra.

    Um Abraço.
    Gabriel.

    1. Gabriel,

      Este é um espaço para se manifestar livremente mesmo, sempre de forma ética, respeitosa e responsável.

      Independentemente de minha opinião ou de todos os demais comentaristas, fico feliz em perceber o quanto podemos contribuir para um debate de alto nível.

      Seu testemunho, justamente por contrapor outras opiniões, vem comprovar que podem existir diversas realidades dentro do mesmo fato.

      Ou diversas visões para o mesma problema.

      []’s

      Luís Vabo

  14. Ola Sr. Rui…
    Francamente!!!

    Realmente é facil falar do que não conhecemos, mas VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO!!!

    Concordo em genero e grau com meu amigo Gabriel….acima…

    Compreendo plenamente a indignação referente aos cortes, mas como você bem colocou, toda empresa está sujeita a isso, principalmente uma empresa no porte da Gol Linhas Aereas. Onde tem todo o embasamento de fazer tais cortes, ciente dos riscos, mas preparada para suprir quaisquer necessidades aparentes.

    E como bem disse o Luiz, “O mercado consumidor é o juiz mais impiedoso e saberá avaliar a prestação do serviço e o custo cobrado.”

    Com toda certeza você pode verificar, que a Gol só tem a crescer, vem crescendo a cada dia que passa, porque ao contrario do que você diz, ela pensa sim no próprio umbigo, mas NUNCA SEM PENSAR naqueles que fazem com que ela esteja onde está….NÓS….CLIENTES…E COLABORADORES.

    Sem Mais….

    Jaqueline Bastos – Gol Linhas Aereas.

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  15. As interessantes explicações do Gabriel, e não se poderia esperar outra coisa de um fiel e competente colaborador, em nada diminuem o conteúdo central da idéia que procurei transmitir no meu comentário. Aliás, o que escrevi nem precisa ser endereçado à Gol, pois serve, de forma geral e respeitadas as exceções, para toda a classe empresarial brasileira. Continuo achando que a maior parte dos (grandes)empresários, até por estarem distantes do dia a dia de cada um dos colaboradores, tende a raciocinar apenas com números e adota a demissão como primeira medida de contenção. De resto, há outras considerações que fiz e que extrapolam muito a situação específica vivida pela Gol. Parabéns ao Gabriel pela defesa brilhante de seus pontos de vista (ou dos da empresa que representa).

    Um abraço

  16. Complementando o meu comentário anterior, só gostaria de ouvir o que têm a dizer os colaboradores que perderam o emprego logo depois do anúncio do lucro record. As manifestações dos colaboradores que permaneceram em seus cargos são obvias e lógicas, e eu não esperava outra reação. De qualquer forma, chamo a atenção do leitor para a idéia central de meu comentário, que se refere à “inteligentsia” embutida nas decisões de boa parte de nossos empresários (levar vantagem em tudo e sempre) e não especificamente à GOL, que apenas serviu para ilustrar um provável exemplo. Evidentemente, por não estar por dentro da realidade da empresa e não conhecer seus reais motivos, meu comentário não pode ser entendido como uma sentença, mas apenas como uma reflexão de cunho genérico.

    abraço

  17. Rui, agradeço aos elogios, mas meu ponto de vista foi colocado para que os leitores pudessem ter uma visão diferenciada, não para responder seu post e nem o do João, minha opinião foi sincera e deu um parâmetro diferente à discussão, tenho argumentos para tratar de gestão de empresas, mas vou guardar para o post que for sobre isso.

    Claro que se ainda restarem dúvidas quanto a gestão da GOL temos a área de relações públicas à disposição da assessoria de imprensa, ou o SAC para quem quiser dar sua sugestão.

    Luís mais uma vez obrigado pelo post e considerações,

    Abraço.

  18. Assim como pela liberdade, a luta pela manutenção e extensão da verdadeira igualdade é constante. A este século que se inicia cabe levantar a última bandeira: a fraternidade. Faz-se preemente que a solidariedade norteie as ações de governantes, empresários e das pessoas em geral. Neste novo século o foco da proteção dos direitos deve sair do âmbito individual e dirigir-se, definitivamente, ao coletivo. São direitos inerentes à pessoa humana; não considerada em si, mas como coletividade; o direito ao meio-ambiente, à segurança, à moradia, ao desenvolvimento. É necessário que tomemos consciência de que nossos direitos apenas nos serão assegurados de fato, quando estes forem também garantidos para todos os demais. Enfim, é o momento de se realizar o bem

  19. Acredito que a liberdade de expressão faça parte da democracia na qual vivemos, mas será que ela é respeitada pelas “autoridades”? Temos como exemplo , o Maranhão no qual a Justiça do Estado declarou a Greve dos Rodoviários ilegal pois não cumpriram a ordem da Justiça que 80% da frota permanecesse circulando pela cidade, ora, 20% da frota de ônibus parada seria como se não estivesse acontecendo greve alguma.
    Outra greve que prova que os “poderosos” são a base mais forte, também no Estado do Maranhão a imprensa local (cujo vale ressaltar que uma das redes de televisão pertencem a governadora) declarou a massa da população que a greve era ilegal o que fez com que a mesma não fosse apoiada pelo povo!

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