Quem poderia imaginar, há somente 10 anos, que o PIB do Brasil ultrapassaria o da poderosa Inglaterra e demais países do Reino Unido somados?
Eu li essa notícia e fiquei me perguntando se alcançamos este feito, ainda no começo desta década, devido ao nosso próprio crescimento ou graças à crise internacional, que prejudicou o desempenho econômico dos demais países.
Essa dúvida me lembrou a persistência com que FHC perseguiu, sem sucesso, um salário mínimo de USD 100, durante seus dois mandatos.
Hoje, batendo na casa dos USD 350 e sem grandes impactos na economia, a pergunta é se o salário mínimo chegou a este patamar porque a economia brasileira estabilizou, porque o dollar desvalorizou (ou o Real valorizou) ou ainda porque continuamos crescendo, ao contrário da maioria dos demais países…
O fato é que, contrariando muitos especialistas, os programas sociais baseados na distribuição de renda trouxeram, e continuam trazendo, um contingente de milhões de brasileiros ao mercado consumidor.
São poucos os países, na atualidade, que podem se dar ao luxo de distribuir renda como política social e, ao mesmo tempo, como política econômica, catalisando o crescimento da produção através desta mesma renda distribuída, gerando novos consumidores, melhorando a qualidade de vida da população e resgatando um passivo social que, apesar de imenso, torna-se menor a cada ano…
Tento evitar o excesso de otimismo, mas teremos encontrado um círculo virtuoso, uma fórmula mágica nova, exclusiva ou específica para a realidade brasileira?
Ou eu estou sucumbindo ao espírito festivo da virada de ano?
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Sr Vabo
Creio que temos uma nova realidade brasileira que começa a esboçar um caminho certo a ser seguido. Aliado a este prumo, deverá ocorrer nos próximos anos um planejamento educacional adequado para que nossas crianças tenham no futuro discernimento suficiente para comandar o país de forma a baixar os níveis de corrupção e de desigualdade social. Assim será possível manter este caminho de sucesso econômico com maior solidez e uma distribuição de renda mais justa para que possamos atingir juntos um crescimento econômico sem pensar no espírito momentâneo de festa.
Excelentes novos anos para todos!!!
Paulo,
Entendo que isso deverá ser algo como a fase 2 do Projeto de Evolução do Brasil, pois há que se entender que não se muda um país da noite para o dia…
Um projeto desta envergadura não pode e nem deve ser tocado por somente um partido político, por somente uma corrente de pensamento, por somente uma geração.
Como diz Vabo Jr, a atual geração com idade entre 30 e 60 anos é a que está no poder (produtivo, econômico, político etc.) e este Projeto de Evolução do Brasil será o grande legado que a nossa geração deixará para a dele.
[]’s
Luís Vabo
Caro Luís,
recomendo a todos que leiam o artigo de J.R. Guzzo na revista Veja desta semana. Ele diz, entre outras coisas, que temos em SP na Av. Europa, um desfile de lojas de carros importados, Ferraris, Lamborguinis, Maserattis, e promete-se até uma loja de Rolls Royce’s. Só que a calçada na frente dessas lojas é de padrão haitiano. No Brasil apenas 50% da população tem esgoto. A educação está entre as piores do mundo… exportamos commodities sem valor agregado que estão com os preços nas alturas graças ao consumo chinês. Esse excesso de ufanismo que nos foi vendido pelo Lula por um dólar artificialmente barato é muuito perigoso. Mais realismo e “menas” comemorações nesse 6º lugar para ingles ver.
Entendo seu ceticismo, Moris,
Em alguns momentos até compartilho dele.
Mas não posso deixar de registrar o excepcional momento que o país está atravessando e a oportunidade única que temos de virar o jogo da história…
Para registrar as más notícias, os erros, as catástrofes, a corrupção, as mazelas enraizadas em nossa sociedade, os desvios de conduta do brasileiro (já postei sobre isso aqui), basta ler os jornais, que fazem disso seu meio de vida, tamanha a atratividade que o negativo tem sobre as pessoas…
Sem enfiar a cabeça no buraco, procuro vislumbrar também as coisas boas e as oportunidades que o destino nos oferece.
Estou certo que estamos diante de uma delas.
[]’s
Luís Vabo
Gostaria de complementar meu comentário acima. Não é que estejamos num mau momento, de forma alguma, temos é que aproveitar a situação atual para cuidar principalmente da educação e da saúde (incluindo aí o saneamento), para que permaneçamos neste 6º lugar mesmo com as viradas que a economia mundial vier a sofrer.
Moris,
Este é o ponto: não queremos permanecer no 6o. lugar…
Queremos ir para o 5o. ainda nesta década !
Para quem ultrapassou o Reino Unido, pensar em superar a França não é tão loucura assim.
[]’s
Luís Vabo
Prezado Luís
Vamos para o 5º lugar.
Os investimentos estão acontecendo, por exemplo: até 2014 o governo aplicará R$ 125 bilhões no Minha Casa Minha Vida, que obrigatoriamente entrega as habitações com esgoto.
O Pronatec, colocará até 2014 mais de 8 milhões de jovens brasileiros no mercado de trabalho com educação técnica de 1ª linha.
Acredite, um dos acordos assinados é com a Rochester University, no Norte do Estado de Nova York, uma das referencias mundiais em design gráfico. Alunos do Pronatec são graduados nos EUA com tudo pago pelo Estado Brasileiro.
A realidade é outra mas somente para aqueles que querem ver as mudanças.
Abraços
João Ferreira,
Da mesma forma que os programas sociais se mostram fundamentais ao resgate da cidadania e, simultaneamente, realimentam o mercado consumidor e, por conseguinte, estimulam o mercado de trabalho, temos que atentar para que políticos oportunistas não utilizem alibi tão fácil para desviar recursos públicos.
Este mesmo cidadão que observa as mudanças positivas em nosso país, tem olhar crítico para as piores práticas políticas de nossos representantes nos três poderes.
Um olho no trigo, outro no joio…
[]’s
Luís Vabo