Este foi o tema proposto pelo Jeferson Munhoz, diretor de vendas da Rede Bourbon e pelo Leandro Begoti, gerente de vendas corporativas, para eu palestrar em um dos painéis da Convenção Anual de Vendas da rede hoteleira.
O painel ocorreu ontem, 3a. feira de manhã, no magnífico centro de convenções do Bourbon Cataratas Convention & Spa Resort, em Foz do Iguaçú, e contou com outros 4 palestrantes, a Solange Vabo, do Reserve, o Claiton Armelin, da Flytour, a Nilda Kostas, da Incentivare e o Eduardo Komensoro, da Farmoquímica.
Todos especialistas, apresentaram com brilhantismo temas relacionados à sua experiência profissional.
No final, houve um debate aberto com participação das cerca de 90 pessoas da equipe de vendas e marketing da Bourbon, uma plateia antenada, curiosa e motivada, reforçada pela participação ativa do Alceu Vezozzo Filho, vice-presidente da Bourbon.
Solange já havia palestrado neste evento anual em 2007, quando alertou para a importância da distribuição online da hotelaria, abordou a tendência inexorável do self-booking, insistiu no foco que deveria ser dado ao correto carregamento de tarifas corporativas e, principalmente, mostrou que a fragmentação de conteúdo levaria os hotéis, e demais fornecedores, à necessidade de estarem em todos os canais.
“O cenário mudou, outra vez”, começou Solange, agora em 2012, uma vez mais antecipando tendências a partir de sua experiência, observações e pesquisas. “Hoje são tantos canais que passou a ser fundamental selecionar os preferenciais para o seu negócio”, afirmou.
“O custo de gerenciamento de múltiplos canais deve ser levado em conta, além do potencial de negócios e do revenue de cada um deles”, completou.
Com relação ao tema que defendi, não foi difícil demonstrar a importância das agências como vendedoras dos serviços de viagem, em especial da hospedagem, abordagem que tenho defendido com frequência aqui neste blog e em artigos eventuais, sempre que oportuno.
A relação do fornecedor do serviço de viagem, seja cia. aérea, hotel, locadora ou qualquer outro, com as agências de viagens, sempre foi uma relação de amor e ódio, onde o fornecedor, ao mesmo tempo que reconhece a importância do agente na cadeia de distribuição (e por isso o ama), também questiona o custo de sua participação no processo (e por isso o odeia).
Este fato não é isolado e repete-se em vários outros segmentos econômicos, como na relação das seguradoras com as corretoras de seguros ou das construtoras com as imobiliárias, por exemplo.
São os corretores de seguro, os corretores de imóveis e os agentes de viagens que dão capilaridade à distribuição destes negócios, seja da forma tradicional, seja utilizando a internet como ferramenta para alavancar vendas.
E as seguradoras, construturas, cias. aéreas e hotéis bem sucedidos também já perceberam que não lidam com “intermediários”, mas com parceiros de vendas, cujo custo deve ser estabelecido pelo mercado, assim como ocorre com o preço do serviço que oferecem ao consumidor.
A internet mudou o ambiente de negócios e, para reinventar-se como profissional, basta aceitar isto e mover-se para este ambiente. Os agentes de viagens já assimilaram isso e sairão ainda mais fortalecidos desta fase de transição dos negócios tradicionais para o e-commerce.
A próxima geração perguntará: como podia existir banco, imobiliária e agência de viagens antes da internet?
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Luís,
Os hotéis antenados já possuem histórico de seus canais de distribuição e muito do “achismo” de três ou quatro anos atrás deixa de existir. Toma lugar a análise de revenue e muitos dogmas vão cair (e já estão caindo), como a venda através de midia social, tarifas fixas, etc..
A próxima geração seria a minha neta de 14 anos ? Ela já nem sabe como o mundo funcionava sem internet…melhor a gente começar a escrever para registrar a história para eles !
bjs
helô
Helô,
A geração do meu filho de 26 anos, que está começando a mandar no mundo, ainda entende perfeitamente como uma agência de viagens podia funcionar sem internet, pois ainda vivenciou isso.
A geração da sua neta de 14 anos já começa a questionar, mas acredito que somente a geração da suas outras netinhas, de 2 e 6 anos, é que vai duvidar de que o mundo sem internet seja viável.
E nós, sDq, estaremos aqui para testemunhar isso…
Bjs,
Luís Vabo
Luís,
Pois é, já comprei um caderno prá começar a escrever a história…Ops vovó, caderno ? o que é isso ? Usa meu tablet !!!!
Vai ser divertido ! bjs
Prezado Luís,
Espero um dia ainda assistir uma de suas palestras ! Até que este dia chegue, vou acompanhando aqui no seu blog 🙂 Penso que hoje o e-commerce para uma agência de viagens seja algo como os sites e e-mails eram há alguns poucos anos….algo essencial. Cabe a cada um saber aproveitar melhor as oportunidades que a tecnologia nos proporciona.
Aproveitando o gancho do assunto (hotéis, agências, processos), estou na torcida das mudanças propostas pela Abracorp para a ABIH/FOHB. Precisamos urgentemente melhorar estes processos.
Abs,
Alberto Sá Jr.
Fiquei genuinamente lisonjeado com seu comentário, Alberto.
Será legal debater com você futuramente em outras palestras.
Vou procurar informar, aqui no Blog, as próximas palestras que eu participar.
[]’s
Luís Vabo
Caro Luis,
Mais uma vez agradeço a você e a Solange pela importante participação em nossa Convenção de Vendas, certamente todos os Palestrantes fizeram a diferença e realmente foi um privilégio contar com os ensinamentos de pessoas tão bem posicionadas como vocês.
Daqui a uns 5 anos, voltamos a conversar sobre aquelas previsões “confidenciais” que me passou em off.
Por enquanto, estou no aguardo e na torcida….rs.
Mais uma vez um forte abraço e um muito obrigado por tudo.
Leandro Begoti
Pois é, Leandro,
Conforme afirmei na palestra, gosto de estudar o passado, observar o presente e pesquisar o futuro, visando antecipar-me aos fatos.
Acho que antes de 5 anos, algumas daquelas previsões começarão a tomar forma.
Pode me cobrar…
[]’s
Luís Vabo