A NOVA FRONTEIRA DO CORPORATIVO

Início de ano é bom momento pra fazer uma breve retrospectiva e abordar o que realmente importa, aquilo que vem por aí.

Nos anos 90, a distribuição de serviços de viagens para empresas era baseada no fluxo:

Cliente > Agência > GDS > Fornecedor

Nos anos 2000, a internet impactou este fluxo ao oferecer outras alternativas de distribuição:

Cliente > Agência > Internet > Fornecedor;

Cliente > Internet > Agência > Fornecedor; e

Cliente > Internet > Fornecedor

Em qualquer destes novos fluxos, o GDS deixou de ser protagonista e passou a ser apenas mais um importante canal de distribuição, disponível dentro do novo ator principal: a internet.

Não faço aqui qualquer juízo de valor, mas tão somente reflito sobre o que tenho testemunhado nestes últimos 20 anos e não é nenhuma novidade: a internet, entre tantas outras revoluções, também mudou a forma como pesquisamos, planejamos, reservamos, compramos e vendemos viagens e turismo.

No superespecializado segmento de viagens corporativas não podia ser diferente, com a tecnologia baseada na web oferecendo inúmeros recursos para resolver e apoiar muitas das tarefas desenvolvidas por gestores de contas e consultores de atendimento, entre outros profissionais envolvidos no processo.

Nada mais natural, portanto, que tenha sido o segmento de gestão de viagens corporativas o que primeiro aderiu aos sistemas de auto-reserva (self-booking tool), mais intensamente utilizados no Brasil a partir de 2004 e que, atualmente, são a mola propulsora das OTAs e que viabilizam seu vertiginoso crescimento nos últimos anos.

Mas, e agora? Qual o próximo passo?

Para gestão de viagens corporativas, não há mais dúvidas de que a próxima fronteira a ser desbravada no Brasil são os sistemas de gestão de despesas de viagens (expense management), bastante utilizados nos EUA e presentes na Europa e em alguns países da Ásia.

A questão aqui é que, diferentemente de um novo aplicativo ou funcionalidade, o “expense management” abrange um conceito mais amplo que o “travel management”, permitindo o gerenciamento de todas as despesas anteriores e posteriores à viagem, reduzindo custos e processos com relatórios de despesas, conferências e auditorias.

Integrado ao ERP da empresa, o “travel & expense management” permite o controle de uma das três maiores rubricas de despesas das grandes empresas, o que acaba por transferir para a área financeira a decisão sobre a implantação de uma tecnologia, até então, dedicada somente à gestão de viagens.

Esta certamente é a nova fronteira da gestão de viagens corporativas: os profissionais da área financeira.

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Luís Vabo

Entusiasta da inovação, do empreendedorismo e da alta performance, adepto da vida saudável, dos amigos e da família, obstinado, voluntário, esportista e apaixonado. Sócio-CEO Reserve Systems 📊 Sócio-fundador Solid Gestão 📈 Sócio-CFO MyView Drones 🚁 Sócio Link School of Business 🎓 Conselheiro Abracorp ✈️

5 thoughts on “A NOVA FRONTEIRA DO CORPORATIVO

  1. Esta é a evolução dos sistemas de gestão corporativa, sendo um avanço a cada dia.
    Qual será o proximo passo, pois ainda existem novidades?

    1. Marinho,

      Os sistemas de Expense Management são a próxima fronteira, não tenho a menor dúvida.

      Trata-se de uma nova oportunidade para as agências de gestão de viagens corporativas.

      []’s

      Luís Vabo

  2. Bom Dia Luis

    -Será que os desenvolvedores estão preparados para este novo desafio?
    -As cias aereas terão os conteudos que os clientes necessitam?
    -Tudo que é solicitado pelos clientes são utilisados pelo cliente final?

    abs

    Edmar Bull

    1. Edmar,

      Como toda inovação, há sempre o “first mover” e em seguida, os concorrentes buscam soluções para disputar o novo mercado criado. Faz parte do jogo e é salutar para o mercado aprimorar-se em qualidade e preço.

      Penso que as cias. aéreas, donas do produto final, oferecerão o conteúdo conforme sua política comercial, que considera as necessidades dos clientes, mas também busca rentabilidade do seu negócio, conquista de “market share”, ampliação do mercado de transporte aéreo de uma forma geral, entre outros objetivos de médio e longo prazos.

      Realmente, nem tudo que os clientes demandam, em termos de sistemas, acaba sendo adequadamente utilizado, mas neste caso, o “expense management” é mais uma oportunidade para as TMC’s conquistarem e fidelizarem seus clientes.

      Como é usual no lançamento de um novo produto tecnológico, algumas TMC’s sairão na frente e outras aguardarão um pouco mais, afinal existe o bonus e o onus de ser o primeiro e você conhece bem isso.

      []’s

      Luís Vabo

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