No post anterior QUAL SURPRESA AS CIAS. AÉREAS NOS RESERVAM PARA ESTA ABAV?, o agente de viagens Gabriel Farah postou um comentário desesperançoso em relação ao papel da ABAV, que terminava com 2 perguntas, as quais achei melhor responder neste novo post:
Pergunta do Gabriel No. 1 –> Qual desses cinco questionamentos que vc fez, vc imagina que possa virar realidade?
Resposta do Blog –> Comento abaixo o que penso sobre a possibilidade de cada uma dessas 5 demandas virar realidade:
1 – (Falta de) política clara e negociada para emissão de ADM’s
BDV –> Acho mesmo que a ABAV tem boas chances de conseguir estabelecer, com as cias. aéreas, uma metodogia padronizada de medição e cobrança de ADMs. É uma questão de coerência, negociação e tempo, e a probabilidade disso acontecer é de 70%
2 – (Falta de) cumprimento do prazo para pagamento de reembolso
BDV –> Esta é um assunto que remete ao código de defesa do consumidor, pois trata-se de tema claramente regulado e, atualmente, objeto de nova legislação já aprovada no Senado, ora dependendo de aprovação final na Câmara. Portanto, penso que a probabilidade disso acontecer é de 80%
3 – (Falta de) valor do bilhete no cartão de embarque
BDV –> Não tenho a menor dúvida de que a determinação do TCU à ANAC, de cobrar que as cias. aéreas cumpram a resolução da própria ANAC (o cartão de embarque deve apresentar impresso o valor de emissão do bilhete), será finalmente cumprida ainda este ano. Estou certo que a probabilidade disso acontecer é de 90%
4 – (Falta de) auditoria nos sistemas de distribuição
BDV –> Aqui é uma questão natural, que tem tudo a ver com o item anterior. Através de um processo de auditoria regular, para renovação da homologação dos sistemas de distribuição, as cias. aéreas conseguiriam coibir que um sistema de reserva permita (e estimule) o processo de maquiagem de bilhete. A ocorrência do item anterior tornaria menos necessária esta medida e, por isso, a probabilidade disso acontecer é de 50%
5 – (Falta de) taxa de emissão nos sites das cias. aéreas
BDV –> Esse é o item mais difícil de acontecer, mas não é impossível, uma vez que esta iniciativa tem o potencial de re-equilibrar as condições comerciais entre cias. aéreas e agências de viagens, ao mesmo tempo em que trará uma importante receita adicional para o caixa das cias. aéreas. Apesar de todos esses argumentos favoráveis, esta medida conflita frontalmente com a estratégia da desintermediação, tão cara a todos os fornecedores de serviços (de todos os segmentos econômicos), que identificaram na internet o meio pelo qual podem acessar o consumidor diretamente, o que reduz a probabilidade disso acontecer a cerca de 30%
Pergunta do Gabriel No. 2 –> Qual realmente é a força e influência da Abav, no sentido de fazer esses pontos virarem realidade.
BDV –> A ABAV é, seguramente, a entidade mais importante, mais forte e mais influente entre todas as relacionadas ao mercado de viagens e turismo, o que significa dizer que se a ABAV não tiver êxito nos objetivos dos seus associados, dificilmente outra entidade terá.
A questão é que a ABAV representa um contingente muito grande e muito diversificado de empresários e, por conseguinte, de interesses diferentes (alguns diametralmente opostos), o que, apesar de natural num ambiente de negócios plural e democrático, denota uma enorme complexidade para a sua liderança.
Some a tudo isso, uma quantidade de conselheiros incompatível com a agilidade que uma associação moderna requer, além das infactíveis vaidades de alguns associados e pouco desapego ao poder de outros, e você perceberá o tamanho do desafio que o Antônio Azevedo e o Edmar Bull enfrentam atualmente.
Apesar dessas dificuldades, acredito firmemente que a ABAV somos todos nós, e que, ao questionar o seu papel e sua força, de certa forma você está questionando toda a categoria dos agentes de viagens (abavianos ou não), incluindo a nossa tão decantada desunião.
Mas pense bem: existe forma melhor para unir cerca de 10 mil empresários de um mesmo segmento econômico, do que através de uma associação? Portanto, penso que o primeiro passo para melhorar a ABAV é associar-se a ela.
Por isso, antes de tentar responder qual a força e influência da ABAV para resolver esses 5 itens, devemos procurar saber em qual nível de prioridade esses itens estão na agenda da ABAV, envolvida com projetos tão importantes como a profissionalização da atividade de agente de viagens e a realização da maior feira e congresso de turismo da América Latina, entre outros.
Para que a resposta tenha algum sentido prático, acredito que esta segunda pergunta teria que ser respondida pela própria ABAV…
.
Disse tudo sobre a Abav.
Na minha opinião a Abav é uma grande gorda e faminta garota de olhos castanhos, ávida por atuar de maneira positiva no mercado. Mas ela é muito vaidosa e centralizadora, não se comunica bem consigo mesma enquanto tudo que ela faz é baseado em interesses pessoais, é o mal de toda associação.
A Abav precisa de menos velhos gordos abastados com seus cowboys nas mãos e mais jovens nerd’s com smartphone’s nas mãos, mais ousadia e mais ação. A experiência é fundamental, e na Abav tem de sobra, mas sem ação e atitude pensando na pluralidade é estéril.
Bom dia,
Pegando pesado logo cedo, Miguel?
Como eu disse, acho que a ABAV é uma entidade muito importante, a mais importante de nossa atividade econômica e, por isso, penso que se há algo a fazer para melhorá-la, são os agentes de viagens que tem que fazer.
O caminho talvez não seja simples, mas é possível.
[]’s
Luís Vabo
Miguel
Qual o problema com os olhos castanhos? Rsss
Luís
Na questão 3, valeria também para tarifas negociadas, corporativas, operadoras, etc.? Ou para quais tarifas isso seria válido?
Pois se houver exceções abre-se um espaço por onde escaparão muitos.
kkkk Perdão, também acho que peguei pesado, sabe como é, feriado você da folga aos funcionário, você fica com aquela impressão de que o cara que mais rala e menos baila na empresa. Já trabalhei em associações, como CVB, nossa a vaidade dos caras e o ego era tamanha que não me sentia bem em produzir conteúdo e produto sabendo que alguém ao final ia dizer EU ao invés de NÓS. Não precisava me citar, bastava dizer NÓS…. Opa, já estava escrevendo um desabafo, desisti, não convém nem é o espaço, mas entidade de classe, associação, instituto… Muito complicado.
Prezado Luís Vabo,
Muito Obrigado pelas respostas as minhas perguntas. Foram respostas muito esclarecedoras com uma abordagem clara e ampla sobre o assunto. Pode ter certeza que foram respostas que ajudará aos agentes de viagens em sua gestão estratégica de seu negócio.
Pode ter certeza que a estratégia da minha empresa será ajustada.
Muito obrigado por repassar sua experiência para todos nós.
Sou franco em dizer aqui, que não sou abaviano, mas me tornarei a ser, certo de que esse é o único caminho para fortalecer a classe.
Quanto ao questionar todos os agentes de viagens, não foi essa isso que eu quis fazer. Não sou contra a Abav. Sei tb que a Abav tem sim um desafio enorme e em um futuro próximo. Torço para seu sucesso, pois será o nosso tb.
Vamos esperar os próximo capítulos.
Obrigado por clarear meus pensamentos e abrir minha cabeça com assuntos tão importantes.
Abraços
Bom dia, Gabriel,
Você está certo, o que fiz foi tentar passar a minha visão do assunto, mas é você, como empresário agente de viagens, que deve analisar e decidir o que fazer.
Seja bem-vindo e vamos trabalhar para melhorar a nossa ABAV.
[]’s
Luís Vabo
Prezado Vabo!
Pra mim é tudo balela! porque a ABAV não entra com uma ação
pedido que cancele o acordo e que se tenha a isonomia entre
concorrentes!
as Cias aéreas são transportadoras e os seus sites, são agências, então
deveria ser aplicadas as mesmas condições entre os concorrentes
enquanto a abav fica só na conversa as cias, continuarão na mesma, Deveria entrar com um mandato de Segurança.
Ai sim, poderia fazer campanhas, que em um mês, o numero de associados iria dobrar.
Bom dia, Heber,
Acredito que isso não ocorra por 2 motivos:
1 – Esta ação seria praticamente inócua, por desprovida de mérito a set analisado e julgado.
2 – Relações comerciais entre parceiros de distribuição devem ser resolvidas amigavelmente, por tratar-se de relação não onerosa e pela relação simbiótica existente.
No mais, respeito a sua opinião, apesar de achar que reclamar por reclamar somente, não ajuda a melhorar a entidade ou o mercado em que atuamos.
[]’s
Luís Vabo
Uma ANAC de verdade, fiscalizadora e reguladora junto a uma ABAV pro-ativa e disposta a bater de frente seria o melhor dos mundos para sanar a obscuridade de boatos das sociedades ocultas e contratos de gavetas entre algumas cias aereas e alguns players que protegem uns e viram as costas para outros , tornando desigual a competitividade. Será que isso existe?
Prezado Luís Vabo,
Em atenção às suas indagações e aos comentários veiculados nos dois últimos posts do Blog Distribuindo Viagens (BDV), esclarecemos que:
A atuação associativa dos dirigentes eleitos da Associação Brasileira de Agências de Viagens – ABAV é voluntária, desprovida de quaisquer ganhos ou privilégios de natureza pessoal e requer dedicação integral de seu Presidente, se sobrepondo às suas atividades familiares e empresariais.
Proprietário de uma pequena agência de viagens sediada em Curitiba (PR), o presidente da ABAV Nacional, Antonio Azevedo, possui um vasto currículo de serviços associativos prestados na área de capacitação e qualificação profissional, tendo desenvolvido uma série de atividades e programas de treinamento à frente do Instituto de Capacitação e Certificação da ABAV;
A entidade ratifica suas palavras de que “a ABAV somo nós”, aproveitando a oportunidade para reiterar o convite a todas as agências de viagens para que façam sua filiação, ampliando a força da associação e a sua influência para que juntos possamos resolver os 5 itens propostos pelo BDV, que certamente já compõem pauta priorizada na ativa atuação da atual diretoria.
As múltiplas atividades desenvolvidas pela ABAV nem sempre são visíveis e os prazos requeridos nos processos das negociações em curso com os diversos atores privados e públicos envolvidos superam, quase sempre, as nossas expectativas.
Realmente o problema da nossa profissão não é a ABAV, infelizmente aqui no Brasil todo mundo “se vira” como pode, digo isso no sentido literal da palavra – “Prosti…ui”. Dai um dia alguém diz – A agencia ao lado quebrou um outro responde: “Oh Coitado” no sentido literal da palavra – Se Fu…eu. A minha indignação não é com a ABAV e sim com a falta de união, pois o “Coitado” que quebrou é mais um dos 99% das empresas brasileiras e que são responsáveis por 52% dos empregos formais e por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, de acordo com dados do Sebrae. O “Coitado” de amanhã poderá ser EU ou VOCÊ se ficarmos de braços cruzados. Sites baseados em Paraísos fiscais venderem Hotéis, sem pagar impostos e sem atender ao CDC – Código de Defesa do Consumidor e não fazemos nada, nem sequer PROTESTAMOS. Outros, são SAs e pagam seus IMPOSTOS quando tem LUCRO, ou seja podem ser bancados por Investidores por um bom tempo até que boa parte dos pequenos deixem de existir. As CIAs Aéreas se unem quando precisam baixar os Impostos dos combustíveis e nós nem ao menos sabemos por onde começar. Infelizmente a indignação do Gabriel Farah é a minha também, porque a maioria dos Agentes de Viagens não foram preparados para lidar com situações complexas e aqueles que são, favorecem uma minoria detentora do PODER ECONÔMICO. Estamos caminhando para a evolução do turismo, onde os fracos não tem vez. KD O AZEVEDO ? https://www.facebook.com/pages/Blog-Sou-Agente-de-Viagens/112632305480151?fref=ts