Frases que destaquei da excelente apresentação, seguida de bate-papo com o plenário, do Luiz DeMoura, da US Travel Association, durante a parte aberta à imprensa da Reunião Internacional da Abracorp 2013, em Orlando, Flórida:
Sobre o interesse do governo americano pelos turistas brasileiros:
“O governo americano sabe que foram os brasileiros que seguraram a crise econômica na Florida em 2008, 2009, 2010… aliás, seguram até hoje…!”
Sobre o desinteresse do governo brasileiro pela liberação do visto:
“Resta saber se o governo brasileiro tem real interesse que os EUA liberem o visto para os brasileiros… Se isso acontecer, será o “estouro da boiada”, com potencial para desequilibrar a balança comercial entre os dois países.”
Sobre as vantagens de abolir o visto dos turistas americanos no Brasil:
“Sem entrar no mérito dos atrativos de cada país, por que os americanos vão mais para Argentina do que para o Brasil? Ora, pelo simples fato de não ser necessário visto para a Argentina… Tão simples quanto isto.”
Sobre o desejo americano de receber mais e mais brasileiros:
“O fato é que o consulado americano em São Paulo dispõe hoje de 50 atendentes de imigração, contra apenas 3 em 2010. Ainda não é o ideal, mas isso demonstra claramente o interesse americano em receber os brasileiros.”
Ou seja, essa história de insistir na tese da reciprocidade nada mais é do que uma forma de camuflar a preocupação do governo brasileiro com o desequilíbrio no fluxo de capitais entre EUA e Brasil, por conta do conhecido comportamento perdulário do turista brasileiro.
Também por isso, concluo que, salvo melhor juízo, a liberação do visto de turista (tanto para americanos quanto para brasileiros) não sairá tão cedo, pelo menos não no Governo Dilma, o que significa dizer até o final de 2018…
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