No post anterior, abordei a questão do prazo de reserva (ou prazo de emissão) curto demais, que inviabiliza o fluxo de autorização necessário para a emissão do bilhete.
Outro item difícil de entender e que, neste caso, impacta tanto o mercado corporativo quanto o de turismo e lazer, é a questão da reserva aérea sem garantia do preço do bilhete.
Antes de argumentar, devo esclarecer que me considero um defensor intransigente da livre iniciativa e, justamente por isso, reconheço que cabe às cias. aéreas o estabelecimento de sua política comercial, bem como da estratégia de distribuição do seu produto.
O que discuto aqui é o acerto (ou o equívoco) desta política comercial, que pode servir a um melhor revenue por TKT, mas, ao mesmo tempo, pode desestimular o viajante corporativo de optar por um fornecedor, cujo localizador de reserva garante o assento até o prazo de emissão informado, mas não garante o preço, que pode aumentar no ato da emissão…
Se a parametrização da política de viagem da empresa permitir uma margem de variação inferior ao aumento da tarifa no ato da emissão, a autorização concedida não é suficiente para a emissão do bilhete, gerando frustração, retrabalho e perda de tempo.
Num mercado com mais assentos do que passageiros, esta é mais uma variável que pode dificultar a decisão do viajante corporativo, um consumidor regulado pela política de viagens e despesas de sua empresa, mas que, ao mesmo tempo, toma suas decisões com discernimento e responsabilidade.
É como sempre digo, tudo que dificultar o processo de planejamento da viagem, em especial a pesquisa dos voos, o self-booking, o fluxo de autorização e a emissão do bilhete, acaba por gerar uma experiência negativa do cliente.
E, como sabemos, o cliente não perdoa: na próxima reserva tenderá a escolher outra cia. aérea que garanta a tarifa informada no localizador da reserva.
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É verdade Vabo, o lazer já trabalha com esse formato das cias há algum tempo. Nem negociação direta com a cia. pode influenciar prazos, o jeito é oferecer classes de tarifa que atendam o prazo. Ou oferecer Gol que dá 3 dias de prazo, mas tb não garante tarifa. Hoje a gente fala que “reserva não se faz, se vende” rs Forte abraço
Está cada vez mais complicado entender e atender o mercado corporativo.
[]’s
Luís Vabo