EMPRESÁRIOS X ATORES

Há certas coisas em que acreditamos pelo simples fato de acreditarmos em quem está dizendo.

Assim ocorre com as pessoas, com as empresas, com as igrejas, com as instituições, com a política e com a publicidade.

Agindo assim (e todos agimos) acabamos por tornar a realidade menos importante do que a percepção…, mas é assim mesmo que funciona, um jogo de aparências e sedução.

Ou você acreditou na imagem de “devassa” que a Sandy tentou emprestar a si mesmo, há alguns anos, em troca de um belo cachê?

Ou no Roberto Carlos, entre assustado e constrangido diante de um filé, afirmando não que voltou a comer carne, mas que trata-se de um “friboi”?

Ou ainda na Fátima Bernardes, insistindo em convencer que, por tratar-se da primeira vez que ela divulga um produto, devemos acreditar nesta “seara” que ela defende, com pouca convicção?

Na verdade, tanto a Sandy quanto o Roberto Carlos e a Fátima Bernardes alugaram a sua imagem (e com isso, sua crença, sua credibilidade e sua história) em troca de alguns milhões, pois julgaram que valia a pena interpretar aqueles papéis, afinal são artistas.

No final das contas, emprestar sua imagem a um produto é bem mais fácil do que emprestar sua imagem ao “seu” produto…

Assim como em toda atividade econômica, no Brasil e no mundo, temos em nosso mercado de viagens e turismo inúmeras empresas, agências, operadoras e grupos econômicos, construídos à imagem e semelhança de seus fundadores.

Nestes casos, a responsabilidade do que dizem, anunciam, divulgam e afirmam, não é passageira, mas permanente e imensa, do tamanho das trajetórias de suas empresas e de suas próprias histórias.

A imagem que o(a) empresário(a) transmite, cola inexoravelmente na empresa que ele(a) representa, transformando-a, pro bem e pro mal, segundo a visão do empreendedor.

É uma construção diária, tijolo a tijolo, que culmina num resultado final que aproxima a empresa de uma família, uma família gigante, com os problemas e virtudes de cada um de seus integrantes, incluindo o compromisso de preservar o seu passado, conduzir o seu presente e preparar o seu futuro, garantindo sua perpetuidade, acima de tudo.

E isto só é possível com verdade.

Aqui, não há espaço para interpretações.

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Luís Vabo

Entusiasta da inovação, do empreendedorismo e da alta performance, adepto da vida saudável, dos amigos e da família, obstinado, voluntário, esportista e apaixonado. Sócio-CEO Reserve Systems 📊 Sócio-fundador Solid Gestão 📈 Sócio-CFO MyView Drones 🚁 Sócio Link School of Business 🎓 Conselheiro Abracorp ✈️

4 thoughts on “EMPRESÁRIOS X ATORES

  1. Por cerca de um ano, dediquei-me a atividades no turismo mais fins que meios. Isso diminuiu meu estresse significativamente e me permitiu continuar meus estudos acadêmicos no direito e em administração com menos preocupação e sem o risco de alguém me ligar as 3 horas da manhã me cobrando satisfações quanto ao seu voo cancelado. Vida de agente de viagens não é nada fácil. Atuei em agências, operadora, locadora vistos… E quando a necessidade falou mais alto eu não tive escolha, voltei a consultoria em agência de viagem, respaldado por 10 anos de turismo.

    Creio que leio esse blog desde que surgiu, e como é curioso chegar aqui nesta página em busca de um norte no turismo e acabar lendo sobre assuntos outros não menos enriquecedores, tais como; “Agindo assim (e todos agimos) acabamos por tornar a realidade menos importante do que a percepção…, mas é assim mesmo que funciona, um jogo de aparências e sedução.”

    1. Exato, Miguel,

      “Um jogo de aparências e sedução” é exatamente como funcionam as relações comerciais no Brasil, concordemos com isso ou não.

      Somos um país em que a versão vale mais que o fato, a percepção é mais valorizada do que a realidade e, por isso, tem muita gente vendendo gato por lebre (e ganhando muito dinheiro com isso).

      O difícil é distinguir, neste cipoal de empresários atores, quem vale o discurso que tem, com quem podemos negociar sem risco, que palavra vale mais que um contrato, quem valoriza mais sua história do que meia dúzia de caraminguás…

      []’s

      Luís Vabo

  2. Por cerca de um ano, dediquei-me a atividades no turismo mais fins que meios. Isso diminuiu meu estresse significativamente e me permitiu continuar meus estudos acadêmicos no direito e em administração com menos preocupação e sem o risco de alguém me ligar as 3 horas da manhã me cobrando satisfações quanto ao seu voo cancelado. Vida de agente de viagens não é nada fácil. Atuei em agências, operadora, locadora vistos… E quando a necessidade falou mais alto eu não tive escolha, voltei a consultoria em agência de viagem, respaldado por 10 anos de turismo.

    Creio que leio esse blog desde que surgiu, e como é curioso chegar aqui nesta página em busca de um norte no turismo e acabar lendo sobre assuntos outros não menos enriquecedores, tais como; “Agindo assim (e todos agimos) acabamos por tornar a realidade menos importante do que a percepção…, mas é assim mesmo que funciona, um jogo de aparências e sedução.”

    1. Exato, Miguel,

      “Um jogo de aparências e sedução” é exatamente como funcionam as relações comerciais no Brasil, concordemos com isso ou não.

      Somos um país em que a versão vale mais que o fato, a percepção é mais valorizada do que a realidade e, por isso, tem muita gente vendendo gato por lebre (e ganhando muito dinheiro com isso).

      O difícil é distinguir, neste cipoal de empresários atores, quem vale o discurso que tem, com quem podemos negociar sem risco, que palavra vale mais que um contrato, quem valoriza mais sua história do que meia dúzia de caraminguás…

      []’s

      Luís Vabo

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