DADOS DO GBTA SUBESTIMAM O MERCADO BRASILEIRO

O título deste post pode parecer exagerado, mas reflete exatamente o que senti quando li a matéria do Panrotas “Gastos com viagens corporativas crescerão menos no País”.

Ok, os dados não são a opinião do GBTA ou sequer foram produzidos pelo GBTA, eu sei, mas quando uma associação promove ou divulga dados estatísticos e/ou de pesquisas produzidas “on demand”, ela está referendando esses dados e a leitura apresentada sobre esses mesmos dados.

É isso é bem diferente daquela história da empresa que contrata uma outra empresa para fazer uma “pesquisa de mercado” e o resultado – voilà ! – atesta aquilo que a empresa contratante esforça-se para comprovar, mas os fatos insistem em negar…

Obviamente que as estatísticas divulgadas pelo GBTA não são uma ação de marketing e merecem nossa maior atenção e respeito, e por isso, proponho uma análise e reflexão, à luz do nosso mercado de viagens corporativas, que naturalmente os empresários e gestores brasileiros conhecem mais do que nossos colegas norteamericanos.

Acho estranho o GBTA apresentar somente em setembro (quase final do ano), uma revisão (de 12,5% para 3,6%) da projeção de crescimento em 2014, do mercado de viagens a negócios no Brasil. Mais chances de acertar somente se esta revisão da projeção viesse em dezembro…

O fato é que não há novidade quanto ao recrudescimento da economia do Brasil em 2014 e isso foi destacado por outras associações de viagens corporativas, mais próximas de nossa realidade, como a ALAGEV e a ABRACORP, por exemplo, desde o início e ao longo do ano.

Apesar da projeção de crescimento de 12,3% do IEVC para 2014, divulgada no início de fevereiro, a Viviânne Martins (ALAGEV) vaticinou, naquele exato momento, que um crescimento do mercado de eventos e viagens corporativas no Brasil entre 4% e 5% já seria muito positivo este ano. Bingo !

O Edmar Bull (ABRACORP) vem anunciando trimestralmente os números de vendas das agências associadas (responsáveis por cerca de 40% de todo o volume negociado no mercado de viagens corporativas no Brasil), que cresceram exatos 5,5% no primeiro semestre de 2014 em relação a igual período do ano anterior. Outro bingo !

Ou seja, acompanhamos de perto o que fazemos por aqui e conseguimos efetivamente antecipar tendências, o que significa projetar dados com a antecedência que um bom planejamento estratégico demanda.

Por este motivo, respeitosamente sugiro que, para dados referentes à nossa indústria de eventos e viagens corporativas, o GBTA procure ouvir nossos institutos de pesquisa, nossas universidades e nossas associações de viagens corporativas, que conhecem muito bem o nosso mercado, a nossa economia e o nosso país, ao ponto de antecipar-se aos fatos, evitando assim ser atropelado por eles.

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Luís Vabo

Entusiasta da inovação, do empreendedorismo e da alta performance, adepto da vida saudável, dos amigos e da família, obstinado, voluntário, esportista e apaixonado. Sócio-CEO Reserve Systems 📊 Sócio-fundador Solid Gestão 📈 Sócio-CFO MyView Drones 🚁 Sócio Link School of Business 🎓 Conselheiro Abracorp ✈️

4 thoughts on “DADOS DO GBTA SUBESTIMAM O MERCADO BRASILEIRO

    1. Pois então não é, Viviânne?

      Não vejo sentido em divulgar, em setembro de 2014, que a projeção do ano será menor…

      Já sabíamos disso no início deste ano, quando esta projeção nos servia para alguma coisa.

      Agora é fechar o ano com muito trabalho, criatividade e inovação.

      Bjs,

      Luís Vabo

    1. Pois então não é, Viviânne?

      Não vejo sentido em divulgar, em setembro de 2014, que a projeção do ano será menor…

      Já sabíamos disso no início deste ano, quando esta projeção nos servia para alguma coisa.

      Agora é fechar o ano com muito trabalho, criatividade e inovação.

      Bjs,

      Luís Vabo

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