O comentário do Edmar Bull na matéria do Panrotas de ontem, sobre o primeiro piloto do NDC no Brasil, suscitou-me a reflexão sobre o que ele realmente quis dizer com a frase “Temos que estar na frente”.
Muita gente acredita que o mais importante num ambiente concorrencial é “sair na frente”, ou seja, antecipar-se, fazer o primeiro movimento, até mesmo correndo o risco de queimar a largada.
Mas bastam alguns segundos de reflexão para deduzirmos que, na verdade, o que realmente importa é “chegar na frente”, pois nada garante que “sair na frente” garantirá a chegada em primeiro lugar… Ou não?
Este é outro engano, já que uma análise mais acurada não deixa margem para incertezas, pois “chegar na frente” pode ser importante uma vez ou outra, para viabilizar o real objetivo que deve ser “estar na frente” sempre que possível.
Afinal, para cada etapa percorrida, chegando ou não em primeiro lugar, outra etapa inicia-se imediatamente, e depois outra e mais outra, sucessiva e ininterruptamente.
Diferentemente de uma corrida do atletismo ou de Fórmula 1, por exemplo, no caso do ambiente corporativo a percepção de quem sempre está na frente caberá a quem mais vezes ocupar a primeira colocação durante todas as etapas, independentemente de “sair na frente” ou de “chegar na frente”.
Afinal, a medalha deste torneio infinito pode ser medida pelo reconhecimento do mercado consumidor, a tal percepção subjetiva da imagem.
E isso não tem preço.
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