Toda vez que leio sobre a tal “delação premiada”, fico imaginando o processo psicológico por trás deste recurso jurídico de beneficiar um acusado em troca de sua confissão e da entrega de nomes e informações valiosas para a investigação criminal.
Alguma coisa acontece para que um preso, que inicialmente nega tudo (apesar das inúmeras evidências de sua participação no esquema), admitir repentinamente conceder informações e entregar seus líderes.
São alguns meses de cana ou o abandono de seus protegidos que o faz mudar de ideia?
A relação de confiança entre líderes e liderados é um bem difícil de manter, uma planta difícil de regar, uma virtude difícil de proteger, por ser baseada em sentimento que mistura admiração, inspiração e interdependência, com sinergia de métodos, objetivos e visão de futuro.
Mas nada disso dará certo se não houver uma característica fundamental em qualquer tipo de confiança entre duas pessoas, sejam amigos, irmãos, profissionais, casal, sócios, colegas, líder e liderados, etc. sem a qual, toda e qualquer forma de relacionamento poderá, em um determinando momento, entrar em estado de ruptura.
Esta característica chama-se integridade e é justamente a sua falta que leva a situações rocambolescas como as que testemunhamos atualmente em nossa pobre (nos dois sentidos) república brasileira.
Integridade é o que move suas atitudes quando não há ninguém olhando.
Por sua ausência, cidadãos são presos, políticos são cassados, primeiros-ministros são destituídos, imperadores são destronados e presidentes sofrem “impeachment”.
Já vimos este filme, conhecemos seu roteiro (o início, o meio e o fim) e, apesar do cenário e personagens diferentes, o povo brasileiro parece decidido a assisti-lo outra vez.
Preparem-se, senhoras e senhores, pois tudo indica que a sessão está prestes a começar…
.
Olá Luiz,
Boa tarde. Concordo, mas dessa vez a esquerda só sairá do poder através do voto. Hoje as instituições são mais sólidas do que há 40 anos atrás. Temos um mídia censurada somente para a esquerda, nos demais a imprensa é livre para falar a asneira que vier na telha. E os movimentos sociais já estão prontos para o confronto militar aos principais alvos de oposição, se vier a ser necessário em caso de consolidação do golpe. Eu mesmo pessoalmente estou me preparando e conheço muitos camaradas pelo Brasil fazendo a mesma coisa. Se armando e esperando… Não vamos repetir 64, agora se a esquerda cai por força da máfia dos Marinho, Mesquita e cia, vamos cair pra dentro. Vamos ouvir Brizola. Que mandou Jango enfrentar os militares e ficou com medo. E preferiu o golpe pacífico.
Caramba, Vinicius,
Você foi longe em seu devaneio petista!
Não me referia a 64 quando afirmei que “já vimos este filme e conhecemos seu roteiro”, mas sim a Collor, que sofreu um processo legal de “impeachment”, apesar de ter utilizado todos os recursos possíveis de defesa.
Exatamente o que deverá ocorrer com Dilma, um processo legal de “impeachment” com todos os recursos possíveis de defesa.
Isto é estado de direito.
[]’s
Luís Vabo