Ano passado, tive a oportunidade de participar do 1o. Fórum Costa Brava de Gestão de Viagens Corporativas, como palestrante e expositor, num evento inaugural memorável.
Este ano, um compromisso pessoal impediu-me de ir à Campinas e, apesar do Reserve ter marcado presença com o Bruno Ciancio e equipe de São Paulo, mais o Tadeu Cunha do Rio de Janeiro, juntos com o Lóris Tedeschi e equipe da Interep, eu senti muito por não ter participado pessoalmente deste belo trabalho dos Schwartzmann.
Mas recebi um report bem detalhado do evento, do qual chamou-me atenção o discurso de abertura do fórum, proferido pelo jovem conselheiro da Abracorp e dirigente da Costa Brava, meu amigo Rubens Schwartzmann.
Em uma certa altura de seu discurso, Rubinho referiu-se ao atual cenário, em que “fornecedores são também concorrentes” e discorreu sobre o assunto com a naturalidade típica dos executivos que, diantes de um desafio inexorável, passam a considerar aquela ameaça como parte do ambiente de negócios e, tais quais camaleões, preparam-se para enfrentá-la, mas sem perder a capacidade de indignar-se com a concorrência desleal.
Lembrei-me de imediato do texto MAR DE TUBARÕES que postei aqui no Blog Panrotas, no mesmo dia e hora em que ele falava à plateia sobre esse tema, cuja analogia tentava ilustrar o sentimento do agente de viagens frente a esta realidade, resumida em 3 duras constatações:
1 – Seu fornecedor quer concorrer com você, mas não quer perdê-lo.
2 – Você não pode abrir mão dele e terá que encará-lo.
3 – Não resta outra saída a não ser fazer melhor do que ele.
Assim tem feito a Costa Brava em Campinas: com gestão profissional, capacitação, tecnologia e coragem para enfrentar desafios, ignorou os problemas do mercado e dobrou de tamanho no último ano…
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Caro Vabo
bom dia
Muito bem postado esse seu comentário a respeito do Forum Costa Brava na sua segunda edição, e o Rubinho vem demonstrando que o “novo sangue” nos cenarios de qualquer atividade profissional e economica vem para fazer a “dialise” da renovação muito bem vinda quando vem acrescentar novos desafios.
Vale lembrar os meus comentários no seu blog anterior “MAR DE TUBARÕES” que vem complementar mais uma vez as sua constatações.
Enfim a palavra CORAGEM e DESAFIOS são que são nosso breakfast dia após dia, mas temos que estar atentos que isso seja de forma ÉTICA e de muito respeito para com todos.
abç
Rocco,
Como sempre, seu comentário complementa muito bem os conceitos do post.
É na seriedade, ética e respeito aos clientes, fornecedores e parceiros, que reside o problema.
[]’s
Luís Vabo
Prezado Luis Vabo,
Seus textos são primorosos e sempre instigantes!
Há uma dureza extra em sua terceira constatação, a de que temos que fazer melhor do que ele.
Fazer melhor do que o concorrente é um desafio diário implícito em qualquer atividade profissional, mas fazer melhor do que o fornecedor, aquele que seria na teoria nosso parceiro, é uma tarefa árdua que convivemos, nem sempre de forma tão harmônica.
Um abraço,
Flávio Vieira
Obrigado, Flávio,
Pelo elogio imerecido e pela precisão no comentário.
É mesmo complicado concorrer com aquele que você se empenha em vender…
Mas temos feito isso, não é de agora, todos os dias.
[]’s
Luís Vabo
Essa atitude me parece ser a única viável.
Infelizmente quando converso com proprietários de pequenas agências a atitude ainda é bem diferente disso. Prevalece a opinião do agente de viagens e não do empresário de turismo.
Adriano,
Isso é função do grau de dependência do agente em relação ao fornecedor.
Quanto menor a agência, maior a dependência…
Mas até isso está mudando…
[]’s
Luís Vabo
Mestre Vabo,
O contexto sobre concorrente é muito amplo: se você considera concorrente alguém que oferece o mesmo serviço que vc, faz todo sentido a preocupação do nosso amigo Rubinho. Qualquer empresa que tenha atendimento telefônico, site, atendimento pessoal serve para que a agência possa usar como referência e, logo, considerar concorrência.
Se o que estiver sendo comparado é a proposta de valor ao viajante, acredito que seja necessária uma revisão de conceito urgente!
Uma TMC ou agencia de lazer TEM que oferecer mais que o fornecedor.
Se for apenas preço e acesso online, o viajante tende naturalmente a encurtar o caminho e ir direto para um site de buscas ou diretamente no fornecedor de serviços.
Eu acredito muito na força do agente: que oferece facilidades, serviços específicos, informações e orientação ao viajante. O agente que não conseguir isso vai sim “concorrer”com o fornecedor no site ou na central de reservas!
Abraços,
Vabo, parabéns por esse artigo, bem interessante, principalmente para quem está começando no ramo e ainda não possui essa postura com seus principais concorrentes e fornecedores.
Acredito que a cada negociação se não houver um intermediário pronto para qualquer negociação ou um bom planejamento, o concorrente acaba se tornando não só um concorrente, mas também um ponto negativo no negócio.
Abraços.