Já são mais de 3 milhões operando em todo o mundo !
São dispositivos eletromecânicos ou biomecânicos, capazes de realizar trabalhos de maneira autônoma, pré-programada, ou através de controle humano (Wp).
Inicialmente, os robôs eram direcionados, quase que exclusivamente, para a realização de tarefas perigosas ou insalubres, como desativação de bombas, localização e desmontagem de minas terrestres, operações submarinas, no espaço ou em ambientes agressivos ao ser humano (radiação, contaminação química ou biológica, mineração profunda, lixo tóxico etc).
Atualmente, os robôs estão no dia-a-dia das pessoas e se sofisticaram ao ponto de, às vezes, não sermos capazes de identificá-los no nosso cotidiano.
Tem robô industrial, como aqueles que soldam, rebitam ou aparafusam na indústria automobilística moderna, tem robô faxineira, que aspira pó, limpa e até varre a casa, tem robô pet (animal de estimação), que tenta substituir o cãozinho na atenção das pessoas e tem até robô professor já atuando em algumas escolas no Japão…
Analogamente, a indústria de desenvolvimento de software utiliza o termo robô para designar programas ou aplicaçōes que executam uma determinada tarefa, de forma automática, rápida e precisa, com muitas vantagens sobre a execução dessa mesma tarefa por seres humanos (vantagens para as tarefas e para os seres humanos).
Por isso, os robôs são mais aplicáveis a funções simples e/ou repetitivas, cujo modelo de execução possa ser reproduzido por um software bem elaborado, que considere as características da atividade e os múltiplos cenários que possam ocorrer durante sua realização.
No caso de viagens e turismo, muitos confundem o conceito do Self-Booking com a operação de um “robô de reservas”, mas na realidade o conceito de robô (…dispositivo capaz de realizar trabalhos de maneira autônoma, pré-programada…) não se aplica neste caso, pois no Self-Booking há uma clara intervenção humana, do cliente, não somente nas escolhas necessárias para a busca de voos ou hotéis, como no acompanhamento pessoal do resultado desta ação.
A única diferença de uma reserva de voo realizada pelo consultor da agência daquela realizada pelo cliente (um solicitante ou o próprio pax), é justamente o executor da ação, sendo que nenhum dos dois casos tem absolutamente nada a ver com um robô.
Diferentemente do Fast-Ticket, este sim um robô, que permite que após uma reserva (realizada por self-booking ou pelo consultor da agência) ser eletronicamente autorizada pelo cliente, ela seja automaticamente emitida por um software desenvolvido para este objetivo: um robô do sistema.
Ou seja, também no mercado de viagens e turismo, cada vez mais as tarefas repetitivas são relegadas às máquinas, reservando aos profissionais as atividades mais nobres, que exigem conhecimento, capacidade analítica, sensibilidade e talento.
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É muito bacana ver esta tecnologia atuando a favor do agente de viagens. A parte mais interessante, e diria desafiadora, é o fato que, a medida que a tecnologia avança, nós agentes de viagens, somos impelidos a desenvolver nossos conhecimentos de maneira a não nos tornarmos, NÓS, obsoletos diante das máquinas/robôs.
É verdade, Adriano,
Este é um efeito colateral benéfico, concordo, para a evolução do profissional e o aprimoramento constante do mercado.
Sendo que as múltiplas vantagens do ser humano diante das máquinas (capacidade analítica, sensibilidade, talento etc.) não serão substituídas tão cedo no mercado de trabalho, pelo menos não na atual geração.
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Luís Vabo