Em nossa empresa, sempre identificamos os profissionais por alguns atributos típicos da avaliação funcional da área de Gestão de Pessoas.
Mas temos também, Solange e eu, uma metodologia muito pessoal para perceber até onde podemos esperar que um novo talento pode chegar.
Nem sempre acertamos, mas a quantidade de apostas vencedoras que fizemos, temos feito e ainda faremos, demonstra que esta trilogia, mais intuitiva do que científica, é parte importante dos resultados que construímos e garante, de certa forma, o que chamamos perpetuidade do negócio.
O bilionário Jorge Paulo Lemann notabilizou-se, entre outras razões, por procurar jovens talentos que descrevia pela sigla PSD, que significa, em inglês, “Poor, Smart, Deep desire to be rich” (numa tradução livre: pobre, brilhante e ambicioso).
Não concordamos totalmente com Lemann (talvez por isso seja ele o bilionário), mas para nós, três características básicas, fáceis de identificar no curto prazo, são fundamentais em um profissional para que possamos vislumbrar um futuro de sucesso, para ele e para a empresa, projeto ou negócio em que esteja envolvido:
1 – DESEMPENHO (talento + foco)
A analogia com o brilhantismo que Lemann busca nas pessoas, para nós significa simplesmente o resultado que o profissional entrega. Desempenho é o resultado do talento (o Smart de Lemann) associado à dedicação, pois pouco adianta um sem o outro.
2 – DESEJO (ambição + determinação)
Sim, concordamos com Lemann quanto ao fato de que carência pessoal junto com ambição (Deep desire to be rich) funciona como um catalisador de mobilidade social. A carência, a necessidade, o Desejo genuíno de progredir, quando associados ao Desempenho, ou seja, ao conjunto de talento e dedicação, torna o profissional quase imbatível.
3 – DISPONIBILIDADE (presença + prioridade)
Aqui reside o item mais polêmico (questionável até), considerando a verdade absoluta que permeia o universo da geração Y e sucessoras, quanto à liberdade para criar, para fazer, para produzir, como uma prática natural, que prescinde da presença (ou da Disponibilidade) do profissional.
Percebemos que, para um grupo que atua em equipe, em que o trabalho de um depende e/ou complementa o trabalho do outro (ou seja, para 92% dos profissionais brasileiros), a Disponibilidade é um item muito, muito importante.
De nada adianta o talento ou brilhantismo de um profissional, mesmo que associado à forte ambição pessoal, se este profissional dividir sua atenção, todo o tempo, com outros problemas, variadas questões ou diferentes demandas que permeiam a vida de todos.
Chamamos de Disponibilidade a variável que garante que um profissional talentoso (Smart) e dedicado, ambicioso (Deep desire to be rich) e determinado, direcione todo seu empenho ao projeto, negócio ou empresa na qual esteja atuando, simples assim.
Ou seja, para nós tanto faz se o jovem e ambicioso talento é pobre ou rico, o fundamental é quanto ele acredita no projeto em que está envolvido ao ponto de priorizá-lo em sua vida e direcionar atenção, dedicação, empenho e foco, de forma genuina, àquele trabalho.
Desempenho, Desejo e Disponibilidade são os 3 D’s que buscamos em todos aqueles que integram nossas equipes, uma garantia prática de sucesso para ele e para todos.
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Luís,
muito bom seu post. trabalho com gestão de pessoas e tenho algumas dificuldades, primeiro em entender o porque muitos querem emprego e não trabalho, outros querem se tornar Gerentes, Diretores em um curto espaço de tempo e na maioria das vezes ACHANDO que já está pronto.
Como dizia um chefe que tive, Se Vuoi crescere deve fare quello che il Altri non fanno. Ou seja, se quer crescer deve fazer aquilo que os outros não fazem!
Boa semana.
Emerson Camilo
Este é o ponto, Camilo,
99% dos profissionais buscam mesmo emprego, benefícios, segurança, sobrenome corporativo, etc.
Quando é grande a oferta de trabalho e de emprego, acaba faltando qualidade nos candidatos.
[]’s
Luís Vabo
Ola Luiz, bom dia.
O Sr. Jorge Paulo garantia somente três coisas a seus empregados:
a) trabalho sob muita pressão.
b) ganhos expressivos.
c) possibilidade de se tornarem socios.
Lembrando que este bilionario tem um padrão no processo de seleção, buscar os melhores em cada area.
Talvez isto jamais seja raro no Turismo, mas tenho certeza que temos muitos profissionais excelentes que investiram pesado em suas carreiras. Porem estes, trocaram de Industria ou tem aberto seus proprios negócios.
Agora, qual mentalidade deveria mudar? Dos empregados, do empregador/investidor? ambos?
Um abraço e boa semana.
Tiago Bonifacio
Só corrigindo o texto :
Talvez seja raro no Turismo, mas tenho certeza que temos muitos profissionais excelentes que investiram pesado em suas carreiras. Porem estes, trocaram de Industria ou tem aberto seus proprios negócios.
Pequena revisão, Tiago:
As empresas do grupo de Lemann até hoje oferecem:
a) certeza de trabalho sob muita pressão.
b) possibilidade de ganhos expressivos.
c) eventualidade de se tornarem socios.
É um verdadeiro mantra, ouvido e repetido por gerações (até hoje existem jovens executivos se sentindo ungidos pelo destino por conseguirem entrar em uma das empresas do grupo).
[]’s
Luís Vabo