Institutos de pesquisa são daquelas instituições que vivem de sua reputação, usualmente construída sobre o tripé experiência, marketing e resultados.
Qualquer uma dessas três variáveis pode por tudo a perder, mas como “experiência” decorre mais do tempo de estrada e “marketing” é uma questão de verba e relacionamento, restam os “resultados” como a única variável imponderável (é estranho afirmar isso quando nos referimos a institutos de pesquisa…), ou seja, fora do controle dos pesquisadores.
Ou seja, as absurdas “margens de erro de 20%” nas eleições de 05 de outubro, apresentadas pelos principais institutos de pesquisa, elevaram essas empresas (para usar a conceituação mais adequada) ao elevado grau de instituições com fins lucrativos.
Tal e qual empresas privadas que encomendam pesquisas de mercado com resultados pré-contratados (e os divulgam como se verdade fossem), os partidos políticos e sua força econômica estão transformando os institutos de pesquisa brasileiros, de fontes sérias e confiáveis a meros divulgadores de seus contratantes.
Gostaria de acreditar nas pesquisas que apontam Aecio à frente da Dilma, mas começo a desconfiar que isso pode ser um ardiloso trabalho de contra-pesquisa (que é aquele resultado contratado para despistar o adversário…), visando desestabilizar o eleitorado e preparar o cenário para uma nova pesquisa contratada, cujo resultado (oposto) seria apresentado às vésperas do pleito decisivo.
Estou muito ácido, cético ou você ainda acha que dá para acreditar em pesquisa, inocente…?
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[…] muito fácil dizer, hoje, que eu previ o acontecido, mas meu receio está lá, no post publicado em […]