[Este texto é uma homenagem de Natal àqueles que já fazem o turismo brasileiro acontecer hoje e que estarão entre os líderes deste mercado amanhã].
Apesar do recente anúncio da aquisição parcial da Rextur Advance pela CVC (e de outras promessas de aquisições), estou me referindo aqui ao processo sucessório bem mais comum e bastante recorrente em nosso mercado de viagens e turismo.
Empresas familiares seguem este caminho em qualquer lugar do mundo e em todos os segmentos econômicos, mas não tão intensamente quanto no turismo brasileiro, onde 19 em 20 empresas encontram na sucessão familiar o melhor caminho para a perpetuidade do negócio.
Para quem está neste negócio há 2 décadas e o acompanha há mais de 3, testemunhei a entrada, o crescimento e a evolução de muitos dos filhos do turismo brasileiro, sejam de agências de viagens corporativas ou de lazer, operadoras, consolidadoras, hotelaria e até cias. aéreas, entre outros negócios vinculados.
Sabrina, Edmar, Rubens, Carlos, Natalia, Regis, Nicole, Renata, Eduardo, Fernando, Carolina, Bruno, Henry, Christiano, Fábio, Eloi, Marjorie, Marianna, Rodrigo, Rafael, Juarez, Flavio, Andrea, Aldo, Ricardo, Roberto e Danielle (entre muitos outros) são alguns exemplos (não há espaço para citar todos) de uma nova geração que já se estabeleceu, mostrou serviço e competência, e provou que segura o rojão das organizações construídas por seus pais.
E já há uma nova tribo chegando, uma turma novinha em folha, na faixa dos vinte e poucos anos, entronizada há bem pouco tempo (alguns há meses) nas empresas de seus pais, que também aos poucos vão aprendendo, fazendo, movimentando, questionando, agitando, conquistando seu espaço e o respeito dos colegas, dos fornecedores, dos clientes e do mercado.
São os novíssimos entrantes nesta festa que é o mercado de viagens e turismo nacional, onde acordos comerciais entre empresas são fechados baseados nos relacionamentos pessoais, algumas vezes forjados à sombra do legado de seus fundadores, mas principalmente na experiência individual, no trato do negócio e na prática diária das operações pelo próprio sucessor.
Apesar desta capacitação prática, desta virtual formação empírica, deste verdadeiro “on the job training” exigirem alguns bons anos de maturação, esta estratégia sucessória tem se mostrado vitoriosa, se observarmos a performance desses novos executivos na última década.
Afinal, para este processo, tempo não parece ser um problema.
.
Published by