A DCC E O IMPACTO NA DISTRIBUIÇÃO

É isto mesmo, mais uma sigla criativa na sopa de letrinhas das cias. aéreas: DCC ou “Distribution Cost Charge”

Mas, neste caso, esta Taxa de Distribuição representa a cobrança de forma destacada, pelas cias. aéreas, de uma das despesas que compõem a matriz do custo comercial do transporte aéreo.

A título hipotético, apenas como comparação ou analogia, imagine que as cias. aéreas resolvessem, de uma hora para a outra, cobrar uma “Airport Cost Charge”, uma “Fuel Cost Charge”, uma “Maintenance Cost Charge”, ou ainda uma “Pilot’s Salary Rate”, apenas para referenciar alguns dos principais custos da aviação comercial.

Alguém poderá contrapor argumentando que a DCC será cobrada somente quando houver o custo de distribuição dos GDS’s e não será cobrada nas demais formas de reserva e emissão do bilhete aéreo e que isto a diferencia das demais taxas fictícias que citei acima.

O fato é que, assim como os custos de distribuição variam conforme o canal (e isso não é de hoje), também os custos de aeroporto, combustível, manutenção e salários, estão sujeitos a algumas variáveis e, por isso, poderiam ser cobrados através de taxa destacada do preço do bilhete aéreo…, ou não?

Parece-me, portanto, mais um capítulo na eterna relação de amor e ódio entre as cias. aéreas e os GDS’s, como tantas que testemunhamos ao longo dos últimos 10 anos, uma disputa pelo controle estratégico da distribuição de transporte aéreo, entre o prestador do serviço e seu maior distribuidor, neste caso, uma luta entre criador e criatura, como já citei por aqui antes.

A despeito de confirmar ou não esta minha percepção sobre a DCC, reside em uma outra sigla a mais efetiva iniciativa das cias. aéreas em retomar o controle estratégico da distribuição, ao promover a padronização e o equilíbrio de recursos tecnológicos entre todos players envolvidos no negócio distribuição.

Mas esta iniciativa não é tão simples como aplicar a cobrança de uma nova taxa, e sua efetividade somente será confirmada com o tempo, este que é o senhor da razão…

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Luís Vabo

Entusiasta da inovação, do empreendedorismo e da alta performance, adepto da vida saudável, dos amigos e da família, obstinado, voluntário, esportista e apaixonado. Sócio-CEO Reserve Systems 📊 Sócio-fundador Solid Gestão 📈 Sócio-CFO MyView Drones 🚁 Sócio Link School of Business 🎓 Conselheiro Abracorp ✈️

4 thoughts on “A DCC E O IMPACTO NA DISTRIBUIÇÃO

  1. Luís, bom dia ! Tudo bem ?
    Entrei no turismo em 1992, e atuava como emissor em uma ótima agência de viagens em SP, me recordo que, naquela época, existiam os famosos Overs Price, das cias aéreas, 6+9%, 9+15%…e assim vai. E com o tempo passar dos anos, todos esses OVERs, e demais comissões foram sendo eliminados aos poucos. Agora acho muito interessante: as cias aéreas dependem demais dos Gds´s, pois se assim não fosse, não estariam dentro do sistema, porém, essas mesmas cias aéreas, não pagam comissão, não tem incentivo, e ainda querem cobrar por emissão? Isso ´so pode ser uma piada do século XXI…
    Os nossos Orgãos de turismo ( que são tantos ), juntamente com os orgãos internacionais ( Que também são tantos), deveriam se colocar numa briga com essas cias aéreas do tipo :
    Você quer cobrar? Então pague comissão…..
    Mais infelizmente quem paga são os agentes, que com toda a crise mundial, crise do dólar e toda essa falta de segurança no mercado, sofrem para realizar uma venda……

    1. É verdade, Richard,

      A atividade de agenciamento de viagens fica mais difícil a cada dia.

      Não vejo outra, entre 3 alternativas: 1) resistir institucionalmente, 2) alterar o modelo de remuneração e/ou 3) diversificar o negócio.

      Eu optei pelas 3, simultaneamente.

      []’s

      Luís Vabo

  2. Luís, bom dia ! Tudo bem ?
    Entrei no turismo em 1992, e atuava como emissor em uma ótima agência de viagens em SP, me recordo que, naquela época, existiam os famosos Overs Price, das cias aéreas, 6+9%, 9+15%…e assim vai. E com o tempo passar dos anos, todos esses OVERs, e demais comissões foram sendo eliminados aos poucos. Agora acho muito interessante: as cias aéreas dependem demais dos Gds´s, pois se assim não fosse, não estariam dentro do sistema, porém, essas mesmas cias aéreas, não pagam comissão, não tem incentivo, e ainda querem cobrar por emissão? Isso ´so pode ser uma piada do século XXI…
    Os nossos Orgãos de turismo ( que são tantos ), juntamente com os orgãos internacionais ( Que também são tantos), deveriam se colocar numa briga com essas cias aéreas do tipo :
    Você quer cobrar? Então pague comissão…..
    Mais infelizmente quem paga são os agentes, que com toda a crise mundial, crise do dólar e toda essa falta de segurança no mercado, sofrem para realizar uma venda……

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