BRASIL EXPORTA GESTÃO DE VIAGENS CORPORATIVAS

Tentei redigir este post de forma a evitar um tom ufanista, apesar de pouco comum na minha linha usual de raciocínio, mas acho que não consegui…

É conhecida a capacidade do brasileiro de resistir a dificuldades, seja na esfera profissional ou na pessoal, transmutando-se no organismo que mais facilmente sobreviva ao habitat ameaçado que o mantém.

Toda essa resistência, lapidada durante décadas de crises econômicas sucessivas, criou uma geração de espíritos empreendedores, seja no conceito simplista da palavra (novos empresários) ou no sentido mais completo (profissionais criativos).

Bastou este primeiro período de crescimento econômico (uma década apenas), para que esta verdadeira tropa de elite percebesse que o mercado brasileiro, apesar de seu contínuo crescimento, ficou pequeno para seu potencial de criação, de produção e de resultados.

Consequência típica de nações com altas taxas de crescimento, as iniciativas expansionistas dos empresários e profissionais brasileiros, também têm sido observadas com frequência em nosso mercado de gestão de viagens corporativas.

Além da ABGEV, entidade que acaba de anunciar em Buenos Aires sua expansão para toda a América Latina, movimento que a transformará na ALAGEV já em 2012, diversas empresas genuinamente brasileiras como Gol, TAM, Flytour, Reserve, TX Consultoria e Academia de Viagens, entre outras, já exportam serviços, produtos, tecnologia, processos, conceitos e conhecimento, para diversos países da região.

E não estão sozinhas, pois além de outras empresas não citadas, um número ainda maior de empresários deste segmento, estuda com interesse neste exato momento, a possibilidade real de lançar-se neste novo mercado, cuja principal característica, que não pode jamais ser desconsiderada, é o fato de ser multi-idiomas, multimoedas e multicultura.

Diferentemente de investidores de países habituados à conquistas territoriais no campo dos negócios, o empresário brasileiro compreende as especificidades dos diferentes mercados, não confunde Colômbia com Bolívia, nem acha que Uruguai e Paraguai são “praticamente a mesma coisa”, além de respeitar os valores culturais e as diferenças de argentinos e chilenos.

Por realizar negócios em um país cujo governo, independentemente de tendências partidárias, não apresenta histórico de imposição de modelos de negócios, de processos, de comportamentos ou de influência cultural, enquanto o brasileiro adapta seu negócio ao mercado consumidor, empresários de países mais desenvolvidos esperam que o consumidor se adapte a seus produtos e serviços, apesar de desenhados para seu país de origem.

Esta flexibilidade, adaptabilidade e compreensão da diversidade cultural, associado a produtos e serviços com padrão de qualidade necessariamente acima da média, fazem do empresário brasileiro a bola da vez no palco dos negócios multinacionais, dentro da América Latina.

Sim, a sua empresa poderá ser uma das protagonistas desse momento econômico sem precedentes na regiāo (se é que já não está inserida nesta nova realidade), contribuindo para um novo patamar nas relações comerciais do Brasil com os demais países da América Latina.

Assistir ao processo de expansão das empresas, entidades e profissionais do segmento de viagens e turismo brasileiro, rumo a mercados fora do Brasil, é uma experiência fantástica.

Participar disso, um privilégio.

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Luís Vabo

Entusiasta da inovação, do empreendedorismo e da alta performance, adepto da vida saudável, dos amigos e da família, obstinado, voluntário, esportista e apaixonado. Sócio-CEO Reserve Systems 📊 Sócio-fundador Solid Gestão 📈 Sócio-CFO MyView Drones 🚁 Sócio Link School of Business 🎓 Conselheiro Abracorp ✈️

11 thoughts on “BRASIL EXPORTA GESTÃO DE VIAGENS CORPORATIVAS

  1. Luis,

    Num texto conciso, coerente e bastante didático (nada ufanista), você descreveu de forma simples o atual momento brasileiro. É muito bom saber que nosso JEITINHO brasileiro (assim mesmo, em maiúsculas e sem aspas, para distingui-lo do outro malfadado e nefasto) atravessará fronteiras e dará os ares de sua competência em terras estrangeiras. Adaptar nossos negócios às particularidades e cultura de nossos clientes parece ser uma lição que as grandes corporações americanas e europeias ainda não aprenderam. Sorte nossa, que temos a chance de crescer em mercados e setores onde, fatalmente, eles encolherão.

    Um forte abraço e parabéns a todos os envolvidos nessa iniciativa anunciada pela ABGEV/ALAGEV

    1. Esse é o ponto, Rui,

      A postura dos empresários brasileiros, quando empreendem no exterior, visa compartilhar experiências, aprendendo com a cultura local para ajustar produtos e serviços às expectativas do novo mercado.

      Por ser um comportamento espontâneo e não propriamente uma estratégia empresarial, esta atitude tem se mostrado muito bem sucedida.

      []’s

      Luís Vabo

  2. Luis,
    Fico realmente feliz com este cenário, mas vale comentar que esta tendência que se apresenta no mercado de viagens corporativas, vem se revelando em outros segmentos já há algum tempo, temos exportado TUPINIQUINS de altíssima grandeza e com várias competências já citadas, como capacidade de adaptação e conhecimento dos hábitos e culturas locais. No entanto, este movimento que está acontecendo deve servir como alerta para os empreendedores no sentido de ter em seu elenco profissionais capazes de realizar o que foi estabelecido conceitualmente e contratualmente, caso contrário as iniciativas vão ser resumir a somente isto, as iniciativas…..
    Mais do que nunca os profissionais com alto nivel de empregabilidade terão valor e além disto será necessário prepararmos os novos profissionais. Mais do que nunca se faz necessária a atualização constante, a multidisciplinariedade e etc…..

    1. Carla,

      Novos mercados exigem colaboradores aptos a compreender e operar em novos ambientes, novas realidades.

      Naturalmente, trata-se de ótima oportunidade para aqueles que reunirem estas competências ou que sejam capazes de desenvolvê-las.

      E a América Latina pode ser um primeiro passo de um processo mais amplo, mas isto só o tempo dirá…

      []’s

      Luís Vabo

  3. Luis,
    Fico realmente feliz com este cenário, mas vale comentar que esta tendência que se apresenta no mercado de viagens corporativas, vem se revelando em outros segmentos já há algum tempo, temos exportado TUPINIQUINS de altíssima grandeza e com várias competências já citadas, como capacidade de adaptação e conhecimento dos hábitos e culturas locais. No entanto, este movimento que está acontecendo deve servir como alerta para os empreendedores no sentido de ter em seu elenco profissionais capazes de realizar o que foi estabelecido conceitualmente e contratualmente, caso contrário as iniciativas vão ser resumir a somente isto, as iniciativas…..
    Mais do que nunca os profissionais com alto nivel de empregabilidade terão valor e além disto será necessário prepararmos os novos profissionais. Mais do que nunca se faz necessária a atualização constante, a multidisciplinariedade e etc…..

    1. Carla,

      Novos mercados exigem colaboradores aptos a compreender e operar em novos ambientes, novas realidades.

      Naturalmente, trata-se de ótima oportunidade para aqueles que reunirem estas competências ou que sejam capazes de desenvolvê-las.

      E a América Latina pode ser um primeiro passo de um processo mais amplo, mas isto só o tempo dirá…

      []’s

      Luís Vabo

  4. Luis,

    realmente concordo o Brasileiro é um povo que tem facilidade para se adaptar a diferentes culturas, governos e etc… todos estão de parabéns, porém a cultura de viagens corporativas brasileira está presente em vários outros países em diferentes continentes.

    Parabéns a todos

  5. Luis,

    realmente concordo o Brasileiro é um povo que tem facilidade para se adaptar a diferentes culturas, governos e etc… todos estão de parabéns, porém a cultura de viagens corporativas brasileira está presente em vários outros países em diferentes continentes.

    Parabéns a todos

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