VAMOS ELEGER QUEM MESMO?

2014 começa com 2 grandes estigmas nacionais: a Copa da Fifa e as Eleições Presidenciais.

A impressão que eu tenho é de que a copa vai atrasar as eleições, não no sentido cronológico, mas na questão da sociedade interessar-se, participar, viver o período de maior representatividade política que um regime democrático pode experimentar.

“E isso é bom pra quem?”, perguntarão os cientistas políticos, os jornalistas especializados e os marqueteiros de plantão, sempre prontos a analisar as tendências sociais, para estabelecer as estratégias para a campanha de seus candidatos.

Basta observar o “status quo”, já que a omissão do debate político tende a privilegiar o poder estabelecido, usualmente a grande vitrine dos debates (e das baixarias) dos candidatos durante a campanha.

É muito mais fácil analisar, criticar e apontar defeitos no que está aí, do que efetivamente planejar soluções e fazer propostas sérias e factíveis para conquistar uma possível sucessão.

“Cacetada no PT”, preparam-se os partidos de oposição, preocupados em enfraquecer a candidata à re-eleição, mesmo que isto tenha que ser feito no exíguo prazo entre agosto e setembro, quando os eleitores prestarão alguma atenção ao embate.

“Mostrar serviço”, é a ordem do governo aos partidos que o apoiam, visando fortalecer a percepção de que, se o país está avançando, não vale a pena “mexer em time que está ganhando”…

Será que está ganhando mesmo?

E mesmo se o time estiver ganhando, será que não vale a pena mexer?

Voltemos então a conversar sobre isso em julho, no final da Copa, se o Brasil não for campeão, ou em agosto, se a seleção conquistar o título em casa.

Até lá, após o carnaval, gostemos ou não, o assunto será a Copa do Mundo da Fifa no Brasil e o debate político para as eleições terá que esperar…

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BEYONCÉ OU “O INEVITÁVEL AINDA INCOMODA MUITA GENTE”

A intermediação (de qualquer atividade) está com os dias contados…

Não sou (somente) eu quem diz, mas Ricardo Jordão Magalhães do portal BizRevolution, um pensador meio maluco, totalmente fora da caixa, polêmico e controverso, mas que precisa ser lido de vez em quando, nem que seja para discordar ou até para concordar (também de vez em quando).

“Grande novidade”, você dirá. A internet destruiu a intermediação clássica, aquela de quem se coloca no meio (intermédio) de um comprador e um vendedor (de qualquer coisa).

Estão aí diversas revoluções presentes em nosso cotidiano:

Na corretagem de imóveis

Portais na internet substituem os classificados (com fotos, vídeos e mapas) e aproximam compradores e vendedores de imóveis.

“Não aceito corretor”, informam muitos proprietários ao anunciar seu imóvel na web.

Na compra e venda de automóveis

Portais na internet expõem, com nível de detalhes, fotos e informações organizadas que permitem fácil comparação, as ofertas de vendedores para os interessados em trocar de carro.

“Quem confia em vendedor de automóvel?” é o que você se pergunta ao pensar em vender seu carro, não é?

No agenciamento de viagens

Portais na internet oferecem o conteúdo de cias. aéreas e hotéis e… (acho que posso pular este pedaço).

Na produção e distribuição de música

Artistas antenados podem fazer o que fez a Beyoncé este fim de ano, que quebrou um paradigma centenário da indústria fonográfica… (sugiro ler o texto do Ricardo Jordão abaixo).

Beyonce

“O quinto álbum de estúdio da Beyonce foi lançado com exclusividade na iTunes na última sexta-feira sem nenhuma promoção de marketing.

Pela primeira vez na história da música, o artista não teve que ir até o Faustão rebolar com playback, pagar a rádio para tocar nas mais vendidas, ou babar o ovo para os críticos falarem bem do seu trabalho.

Beyonce simplesmente lançou o novo trabalho quando estava pronto, e… quebrou todos os recordes mundiais de venda de música. Em apenas três dias, ela vendeu 828.773 cópias do seu novo disco.

Em um mundo onde “ninguém” mais compra música, o disco da Beyonce faturou mais de 13 milhões de dólares em 72 horas!!!

O lançamento foi totalmente fora da curva. O novo disco traz 14 novas músicas e 17 novos vídeos clipes!!!

É isso mesmo, ela não lançou um novo clipe para promover o álbum, ela lançou 17 novos video clipes junto com o álbum!!!

Não teve essa de “música de trabalho”, ela lançou tudo de uma vez!

A iniciativa inédita deu super certo. Nas primeiras 24 horas do lançamento do disco mais de 1.2 milhões de tweets sobre a Beyonce já haviam circulado no Twitter. ANIMAL!!!

O álbum está em primeiro lugar em vendas em 104 países, dos 119 que a iTunes está presente.

O que podemos aprender com a Beyonce?

“Eu não queria mais lançar a minha música da maneira que sempre foi feita. Eu estava cansada disso. Eu estava me sentindo capaz de me comunicar diretamente com o meu público, sem necessidade de intermediários. Normalmente existem várias coisas que a indústria coloca entre o artista e os fãs, eu estava de saco cheio disso tudo. Eu não queria mais que ninguém passasse a minha mensagem para o público quando o meu disco fosse lançado. Eu queria que o lançamento do disco fosse uma coisa entre eu e os meus fãs.”

Em 2014 os intermediários continuarão a desaparecer !

Em 2014 a indústria, cansada do pedágio cobrado pelos varejistas, vai vender direto! O varejo, cansado da lentidão dos fabricantes para lançar novidades, vai comprar direto das fábricas e colocar a sua marca. Os clientes, cansados da falta de disponibilidade de produtos no varejo, vai comprar direto dos importadores ou de qualquer lugar do mundo via internet.

Em 2014, corte os intermediários que existem entre você e os clientes que usam os seus produtos e serviços.

Vá direto! Não terceirize o relacionamento com os seus clientes nem a pau!

Vendas funciona como um telefone sem fio: você conta a história do seu produto para o seu atacadista, ele conta para o varejista do jeito que ele acha mais conveniente e o varejista então conta a história para o cliente final como se fosse um boato.

Colocar o seu destino nas mãos de uma turma muito louca que não tem tempo para se importar com a história do seu produto é loucura.

Bem vindo Apple Store, Samsung Store, Nokia Store, LG Store, HP Store, Microsoft Store entre tantas outras que estão a caminho.

Em 2014 vence quem tiver relacionamento direto com os clientes.

Em 2014 corte os intermediários! Eles não vão fazer falta nem para você e nem para ninguém.”

Obs.: Texto escrito por Ricardo Jordão Magalhães e publicado no portal BizRevolution.com. Seu conteúdo não representa necessariamente a opinião deste blogueiro mas, conforme pontuei no início deste post, seus dados e conceitos nos fazem refletir…

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REVEILLON NO PAÍS DA COPA…

Grupo grande de amigos aluga um casarão de veraneio para passar o reveillon no litoral: adultos, jovens, idosos e crianças, clima familiar, sol brilhando, mar convidativo, cerveja gelada, muita animação e aquela expectativa para a virada do ano.

Exatamente na noite do dia 31, bem no início da confraternização, cai uma das fases do circuito elétrico da casa e, imediatamente, ativam-se algumas luzes de emergência, embora algumas poucas luminárias ainda permaneçam acesas, sinal claro de que nem tudo está perdido, mas o ar condicionado deixa de funcionar…

Calor de 38 graus à noite, os convidados se entreolham e alguém sugere abrir portas e janelas “para aproveitar a brisa do mar”, àquela altura mais parecida com um “bafo do oceano”.

Apesar do calor, há luz parcial, geladeira e freezer funcionam, alguns ventiladores de teto ainda giram, o champagne está no gelo e a chopeira vive…, o reveillon ainda promete e segue normalmente.

Após a contagem regressiva da virada do ano (aquela mistura de música, fogos de artifício, dança, bebidas, comida, roupas brancas e pratas, moças animadas e rapazes tentando acompanhar, rezas e orações, agradecimentos e promessas, juras de amor e resoluções de ano novo, abraços, beijos e brindes), todos retornam à realidade de seus quartos, ainda não refrigerados devido ao inadequado dimensionamento da demanda elétrica pela concessionária da região, motivo evidente do semi-apagão no balneário.

A concessionária não confirma, mas obviamente nega-se a investir na infraestrutura para dimensioná-la aos picos de demanda de cidades praianas próximas a grandes cidades, como ocorre no reveillon e carnaval, que exigem cargas muitas vezes acima do consumo médio do restante do ano.

No dia seguinte, alguns apressam-se em arrumar as malas, outros decidem aguardar um pouco mais, mas todos reclamam da natural dificuldade de dormir num ambiente não refrigerado, em pleno verão tropical.

Foi aí então que o ditado “tudo que está ruim ainda pode piorar” mostrou a sua força e alguém anunciou, após a volta da praia: “Xiii, a água acabou…”

O pânico geral é seguido de medidas de contingência intuitivas e desordenadas, pois enquanto os homens correm para enfrentar filas gigantes para comprar água mineral, as mulheres terminam de arrumar as malas e decretam: “Sem água não dá pra ficar”.

O vizinho, morador antigo da região, informa por cima do muro, com um semblante que mistura enfado e experiência: “Todo reveillon é assim (suspira longamente…), mas fiquem tranquilos que a água volta hoje à noite”.

Paciência, todos resolvem aguardar, “no máximo!”, até  o dia seguinte (02/01/14) de manhã, afinal, a casa está alugada de domingo a domingo e vale a pena arriscar.

“Manhêêêêêêêê, tem águaaaaaaaaaaa !!!” esgoelou a criança às 7:00h da manhã de 5a. feira, despertando todos na casa e até o vizinho que, contido, sorriu intimamente.

Alegria geral, sentimento de alívio, o ano finalmente pode começar, com o abastecimento regularizado de energia e de água e, melhor, ainda faltam 4 dias pra aproveitar.

O episódio lembra aquela história de quando colocam o bode na sala: com a energia e a água de volta, o sentimento de felicidade geral é de que “tiraram o bode da sala”.

Um dos rapazes, um tanto eufórico com a melhora nas condições gerais do ambiente, chega a comentar: “Até que não foi tão crítico, o povo reclama demais, o governo está investindo em infraestrutura, estaremos bem até domingo”.

Até que, por volta das 11:30h, Marianna, adolescente que desenvolveu uma curiosa habilidade de fazer tudo (acordava, escovava os dentes, tomava café, ia à praia, voltava, tomava banho, almoçava, voltava à praia, fingia que assistia TV, simulava que conversava com todos, parecia interagir, jantava, escovava os dentes, deitava e dormia) sempre conectada e digitando no Facebook via iPhone, deu um grito desesperado: “Aaaaiiii, meo Deos, o Wi-Fi caiu…!!!”

O desalento abateu-se sobre todos, sem exceção, até que Jorginho, garoto inteligente e prático em suas atitudes, antecipou, com uma palavra, a expectativa de todos: “Partiu…!”

Debandada geral, as malas que estavam quase prontas foram jogadas nos carros, todos despediram-se rapidamente, niguém parou pra perguntar ao vizinho se a internet voltaria, e efetivamente partiram, rumo ao gigantesco engarrafamento da volta pra casa.

Ficar sem energia elétrica por algumas horas, sem água por 1 dia inteiro ou suportar 8 horas de trânsito, num trajeto que usualmente leva menos de 2 horas, é considerado muito desconfortável, mas perfeitamente suportável.

Ficar sem acesso à web por alguns minutos, nem pensar, é inadmissível…!!!

Obs.: Esta história verdadeira aconteceu semana passada e me foi contada por um amigo. Poderia ter acontecido no Guarujá, em Cabo Frio, Ilhabela, Angra dos Reis ou ainda em qualquer balneário do país que receberá a Copa da Fifa daqui a 5 meses…

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