Como usualmente faço a cada novo texto, twittei o post anterior e recebi um comentário do Rafael Magela, que estava numa viagem de incentivo no exterior:
@luisvabo: O egocentrismo da humanidade não nos deixa perceber o óbvio: VÍRUS
@rafaelmagela: @luisvabo Muito bacana a reflexão, agora a dúvida… O que fazer em um ambiente tão consumista e capitalista como o nosso? :/
@luisvabo: @rafaelmagela Equilíbrio, moderação, consciência e minimalismo. Não precisamos de tanto, não é?
@rafaelmagela: @luisvabo Minimalismo? Me desculpa, não conheço o termo… Mas concordo, não precisamos do exagero, glamour e muito menos do luxo…
Depois de brincar com o “não conheço o termo…” (impensável para quem não desgruda da internet um segundo, como o Magela), a conversa enveredou para as dificuldades econômicas por que passam os principais segmentos de agências de viagens no Brasil, apesar da demanda aquecida e crescente:
@rafaelmagela: @luisvabo Refletindo um pouco nosso mercado (turismo e seus nichos/oportunidades de negócio), o que explica o fato da demanda ter crescido…
@rafaelmagela: @luisvabo e nós termos várias TMC’s brasileiras, agências, operadoras, com dificuldades financeiras e de ganharem mercado? :/
@luisvabo: @rafaelmagela O volume cresceu, mas está mudando de direção: do agente “intermediário” para o agente “online”. Quem não mudar, vai dançar…
@rafaelmagela: @luisvabo As TMC’s vão ter que virar OTA e operadoras/consolidadoras vão “sumir”? Sem querer ser radical no comentário, mas já sendo :/
Ao responder este comentário radical, acabei por resumir um outro post anterior, bem recente e que deu o que falar, considerando os comentários (no post e fora dele) recebidos: AGENTE DE VIAGENS, CONSULTOR DE TURISMO OU ESPECIALISTA EM GESTÃO E TECNOLOGIA?
@luisvabo: @rafaelmagela As TMC’s já viraram OTA’s focadas no mercado corporativo (inclusive a sua), embora nem todas ainda dominam o novo ambiente… Este aprendizado pode depurar o mercado…
@luisvabo: @rafaelmagela As Operadoras virarão OTA’s com foco no B2C e/ou no B2B2C. As Consolidadoras virarão Operadoras ou desaparecerão.
Apesar de eu não ter detalhado (140 caracteres não é exatamente a minha praia…), acredito também que os consolidadores permanecerão fortes e dependentes do seu cliente, o agente de viagens, conforme argumentei no post anterior: “O consolidador não será um consultor de viagens, mas um especialista em gestão e tecnologia de viagens para agências.”
@rafaelmagela: @luisvabo Vou me lembrar dessas “tendências”! So acho que boa parte do nosso mercado ainda não está preparada pra esses cenários…
@luisvabo: @rafaelmagela A maior parte não está preparada e a outra parte investe, mas sem acreditar muito… Quem viver, verá. Boa viagem de volta.
@rafaelmagela: @luisvabo É verdade, tem gente investindo sem muita perspectiva :/ mas o pior é ver gente desistindo sem tentar. Bons negócios.
O Rafael devia estar embarcando de volta e eu fiquei matutando sobre quantos agentes de viagens devem estar, neste exato momento, buscando soluções para suas dificuldades (e não estão sozinhos, pois são muitos os que estão “ralando” nos negócios neste primeiro quadrimestre do ano).
Fiquei imaginando o que poderia ser feito, objetivamente e no curtíssimo prazo (para quem está afogando, boia é ilha), para minimizar as dificuldades econômicas do empresariado de turismo…
Ouso chutar algumas obviedades e outras nem tanto, relacionadas abaixo por ordem de urgência em relação ao impacto sobre o caixa das agências de viagens:
1 – Desoneração fiscal.
2 – Isonomia comercial (entre cias. aéreas e agências de viagens).
3 – Regulamentação da profissão.
4 – Autorregulação da atividade.
Seguramente existem outras medidas mitigadoras dos problemas atuais, mas estas acima são as que me parecem mais factíveis no curto prazo e que dependem majoritariamente de nossa união como empresários do setor.
Temos chance?
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