PROJETO: ORGANIZANDO A IDEIA

Como iniciado no Post para Planejar 2013, que teve sequência no post Problema: Identificando uma Oportunidade, segue abaixo a Fase 2 dos meus conceitos de criação e montagem de um novo negócio, resumidos em “apenas” 40 palavras:

Fase 2: O PROJETO (a organização da ideia)

Uma vez identificada a oportunidade para resolver um PROBLEMA, a elaboração do PROJETO é atividade básica para deslanchar o empreendimento.

Aqui, a aplicação de PESQUISAS sobre a aderência da ideia em diferentes públicos ajuda a preparar o produto ou serviço que será oferecido ao mercado consumidor, reduzindo-se o risco da tentativa/erro e direcionando esforços para o que realmente importa, na visão do futuro consumidor.

A identificação da PRAÇA ou ambiente de negócios (marketplace) ideal para sua comercialização, seja loja, sala comercial, shopping, website, central telefônica, porta-a-porta, ou um conjunto desses, é importante para definir as estratégias comerciais e de marketing a serem aplicadas.

De posse do resultado das pesquisas e da identificação da praça, pode-se ter uma noção do POTENCIAL do futuro negócio, sua abrangência, tamanho, escalabilidade e capacidade de crescimento, o que já poderá ser uma amostra de até onde o empreendedor pode almejar chegar.

Definir, desde esta fase, a PROPOSTA DE VALOR a ser apresentada como característica principal da sua ideia, desde que seja autêntica, compreensível e mensurável, dará a personalidade necessária ao produto ou serviço a ser desenvolvido, sua verdadeira identidade.

Nem sempre é o caso, mas a eventualidade de você ser o PRIMEIRO a desenvolver a ideia, deve ser adequadamente valorizada, de modo a deixar, no produto ou serviço em desenvolvimento, a marca da inovação como característica do empreendimento.

A garantia de PROPRIEDADE de uma ideia está muito mais vinculada ao eficaz lançamento do produto ou serviço e sua automática identificação com a empresa que o lançou, do que com registros formais de marcas.

Já o registro da PATENTE de um novo produto ou serviço, desde que realmente inédito e que reúna os requisitos para ser patenteado, é estratégia importante e deve ser considerada para a salvaguarda dos interesses do empreendedor.

Caso você esteja interessado (ou curioso) em seguir em frente, aguarde a Fase 3: PLANEJAMENTO (a elaboração do plano de negócios), assunto que será objeto de um próximo post.

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NEPOTISMO NOSSO DE CADA DIA

A cena se repete em todo início de mandato… e as manchetes destacam aquilo que é uma das características mais evidentes da sociedade brasileira, mas que preferimos não perceber em nós mesmos:

Somos um bando de népotas !

Como explicar esta incontrolável “preferência” do brasileiro, de uma forma geral, por contratar parentes em primeiro lugar, amigos em segundo lugar, amigos dos parentes em terceiro lugar, amigos dos amigos em quarto lugar, indicados por parentes e amigos em quinto lugar e assim sucessivamente?

Não é exclusividade dos políticos, pois estamos recheados de exemplos de executivos de grandes corporações que não deixam passar uma oportunidade de contratar um irmão, filho ou esposa, numa subsidiária da empresa em que trabalham ou, se isso não for possível, numa outra empresa de um fornecedor, parceiro ou, dependendo do relacionamento, até numa empresa cliente.

Ou os casos de filhos de jogadores de futebol, que todos acham que repetirão a bem sucedida trajetória do pai, padrinho inequívoco do novo craque, mas que geralmente iniciam carreira sem o mesmo brilho e sucesso.

Ou ainda os incontáveis casos de filhos, e especialmente filhas, de artistas consagrados, que efetivamente recebem uma “mãozinha” do pai ou da mãe (às vezes de ambos) para assumir seu primeiro papel na TV, tentando convencer a audiência que o talento artístico, assim como título de nobreza, é obtido por herança genética…

É claro que todos esses exemplos referem-se a nepotismo em empresas privadas, ou seja, sem uso e abuso do dinheiro público, como é o caso dos novos prefeitos que, no primeiro dia de seus mandatos, já contratam, numa única canetada, a esposa, os irmãos, os filhos e quem mais da família estiver precisando de uma “oportunidade” de mostrar seu talento profissional.

Nepotismo
A atitude dos políticos é tratada com escárnio pela sociedade.

A atitude dos políticos é tratada com escárnio pela sociedade, pois acredita-se que, no íntimo, o eleitor imagina que qualquer um agiria da mesma forma, o que “justificaria” o nepotismo no imaginário da população (também acho esta tese um absurdo total).

No clássico Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda discorreu sobre a dificuldade dos detentores do poder em separar o público do privado: “Para o funcionário patrimonial, a própria gestão política apresenta-se como assunto de seu interesse particular; as funções, os empregos e os benefícios que deles se aufere relacionam-se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos, como sucede no verdadeiro Estado burocrático”.

O fato é que, independentemente do emprego ser público ou privado, a tendência à proteção dos próximos, uma característica do ser humano, tem sido exacerbada pelo temperamento típico do povo brasileiro, que leva ao extremo a recomendação bíblica “Mateus, primeiro os teus”.

Especialmente se for à custa do dinheiro dos outros…

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A NOVA FRONTEIRA DO CORPORATIVO

Início de ano é bom momento pra fazer uma breve retrospectiva e abordar o que realmente importa, aquilo que vem por aí.

Nos anos 90, a distribuição de serviços de viagens para empresas era baseada no fluxo:

Cliente > Agência > GDS > Fornecedor

Nos anos 2000, a internet impactou este fluxo ao oferecer outras alternativas de distribuição:

Cliente > Agência > Internet > Fornecedor;

Cliente > Internet > Agência > Fornecedor; e

Cliente > Internet > Fornecedor

Em qualquer destes novos fluxos, o GDS deixou de ser protagonista e passou a ser apenas mais um importante canal de distribuição, disponível dentro do novo ator principal: a internet.

Não faço aqui qualquer juízo de valor, mas tão somente reflito sobre o que tenho testemunhado nestes últimos 20 anos e não é nenhuma novidade: a internet, entre tantas outras revoluções, também mudou a forma como pesquisamos, planejamos, reservamos, compramos e vendemos viagens e turismo.

No superespecializado segmento de viagens corporativas não podia ser diferente, com a tecnologia baseada na web oferecendo inúmeros recursos para resolver e apoiar muitas das tarefas desenvolvidas por gestores de contas e consultores de atendimento, entre outros profissionais envolvidos no processo.

Nada mais natural, portanto, que tenha sido o segmento de gestão de viagens corporativas o que primeiro aderiu aos sistemas de auto-reserva (self-booking tool), mais intensamente utilizados no Brasil a partir de 2004 e que, atualmente, são a mola propulsora das OTAs e que viabilizam seu vertiginoso crescimento nos últimos anos.

Mas, e agora? Qual o próximo passo?

Para gestão de viagens corporativas, não há mais dúvidas de que a próxima fronteira a ser desbravada no Brasil são os sistemas de gestão de despesas de viagens (expense management), bastante utilizados nos EUA e presentes na Europa e em alguns países da Ásia.

A questão aqui é que, diferentemente de um novo aplicativo ou funcionalidade, o “expense management” abrange um conceito mais amplo que o “travel management”, permitindo o gerenciamento de todas as despesas anteriores e posteriores à viagem, reduzindo custos e processos com relatórios de despesas, conferências e auditorias.

Integrado ao ERP da empresa, o “travel & expense management” permite o controle de uma das três maiores rubricas de despesas das grandes empresas, o que acaba por transferir para a área financeira a decisão sobre a implantação de uma tecnologia, até então, dedicada somente à gestão de viagens.

Esta certamente é a nova fronteira da gestão de viagens corporativas: os profissionais da área financeira.

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