EMPREGO

Agora que o carnaval acabou, voltemos aos assuntos da vida real…

Mais de 1/4 dos jovens italianos, num país que é um dos motores da economia européia, está desempregado.

Em Portugal, o índice de desemprego entre os jovens, aproxima-se de 1/3.

Mas é na Grécia e na Espanha que quase a metade (mais de 45%) da força econômica jovem está sem ocupação, buscando alternativas de colocação numa região onde somente a Alemanha parece um oásis em meio à crise generalizada (até quando?).

Enquanto isso, no Brasil, aquele mesmo país que há pouco mais de 15 anos sofria com inflação, pobreza, violência e desemprego, o atual índice de desemprego está na casa dos 5%, sendo 13% entre os jovens e somente 2% entre profissionais acima dos 50 anos…

“Isso caracteriza pleno emprego”, segundo o professor do Instituto de Economia da UFRJ, João Sabóia, afirmou em entrevista ao jornal O Globo.

Naturalmente, isso é ótimo para o país, mas não resolve o problema da capacitação do trabalhador brasileiro, que continua muito abaixo da média dos países europeus e até de alguns latinoamericanos.

A deficiência de capacitação profissional de uma nação carece estratégia de longo prazo e investimentos maciços e perenes, através de uma política educacional que independa do partido político que esteja no poder e sobreviva a, pelo menos, uma ou duas gerações.

E é aí que reside o problema: as empresas brasileiras têm pressa e, por precisarem surfar a boa onda agora, estão encontrando no profissional espanhol, português, argentino e mexicano, a experiência, preparo e formação que faltam ao trabalhador brasileiro.

Você não está preocupado com isso?

Penso que deveria estar…

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CHEGA !

Como bem escreveu o Cássio, êta ano pra começar agitado…!!

Nestes 47 dias de 2012, aconteceu de tudo um muito em nosso mercado de viagens e turismo.

Inclusive o fato de que a expressão “nosso mercado” transformou-se em “toda a América Latina”, e como antecipei em 2009, parece que todo mundo está expandindo fronteiras para os demais países do continente.

Mas hoje chega !

Afinal hoje é 6a. feira, e ainda por cima é véspera de carnaval, uns poucos dias em que as fantasias pessoais, e até empresariais, podem ser liberadas…

Portanto, relaxe, descanse, curta e, se gostar, pule o carnaval, aproveitando o que alguns especialistas chamam de “ócio criativo”, pois na 4a. feira de cinzas o ano recomeça e, do jeito que os negócios (solos e em grupos) estão aquecidos, a América Latina logo, logo, também será pequena para os empreendedores brasileiros.

Bom feriado a todos !

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PODER x CAPITAL x TRABALHO

Para discorrer sobre este assunto, à luz dos recentes acontecimentos, lançarei mão de dois recursos autorais:

1 – Contar uma história real (neste caso sobre como surge uma agência de viagens no Brasil).

2 – Fazer uma autorreferência (a história real que eu melhor conheço e não preciso da autorização dos protagonistas para publicá-la), pelo que me desculpo desde já.

Quando iniciei no mercado de turismo, em 1995, trabalhava na época como engenheiro especializado em logística de transporte intermodal na RFFSA, empresa estatal com todos os predicados (os negativos e os positivos) que se atribuem às empresas estatais até hoje.

Ou seja, apesar das mazelas de uma empresa do governo, era um emprego estável, razoavelmente bem remunerado (graças ao cargo que ocupava), um belo plano de carreira e programa de previdência que me garantia 100% da remuneração da ativa, quando eu viesse a aposentar.

Mas eu tinha também 3 outras características, uma delas exclusiva, que me fizeram desistir de tudo isso para dedicar-me ao mercado de viagens e turismo: eu tinha 34 anos de idade, espírito empreendedor e Solange Vabo.

Fundamos a Solid Corporate Travel em 05/05/95 e trabalhamos duro (em ambos os sentidos: arduamente e com pouco dinheiro) para chegar ao chamado “break even point” ao final do ano seguinte, quase 2 anos depois.

Dalí em diante, não houve um ano sequer que não tenhamos progredido, sempre crescendo, sem grandes saltos ornamentais, mas também sem endividamento, o que nos coloca hoja na categoria de agência de viagens familiar, especializada, pequena, séria e lucrativa, como tantas outras existentes em nosso mercado.

Você há de perguntar: o que todo esse “tré-lé-lé” tem a ver com a relação poder x capital x trabalho?

Eu peço sua atenção e paciência para o restante do post, pois como bem explicou o professor Gustavo Syllos, não sou da geração Y, que escreve por hieroglifos, nem da geração BB, que não precisa escrever, pois tem alguém pra escrever em seu lugar.

Quando descobrimos a internet, num congresso do Sabre em Dallas, em 1996 (o Syllos e a Izabel da Continental estavam lá), imediatamente “abraçamos a causa” (sim, internet era uma causa nesta época) e dedicamos todos os nossos esforços a desenvolver um sistema de reserva aérea na internet, brasileiro e 100% em português.

Tivemos o apoio do Sabre em todas as etapas deste nosso empreendimento solo, seja através do Douglas Domingues, “country manager” na época, quanto do Luiz Ambar, nosso parceiro até hoje.

De lá pra cá, muita coisa aconteceu em nossa trajetória de empresários do mercado de viagens e turismo (o Reserve é uma delas), e muitas pessoas fizeram parte dessa história, como o Dilson Verçosa, gerente da AA em 95, que acreditou na Solid (ok, na Solange) antes mesmo de termos o CNPJ da agência, o Adalcy Santos, nosso padrinho para a Solid entrar no antigo FAVECC, o Henrique Sérgio Abreu, primeiríssimo demandante de um sistema integrador de gestão de viagens corporativas, que nos estimulou a separar o Reserve da Solid em 2004, o Goiaci Guimarães, que indicou o Reserve ao troféu Partnership em seu primeiro ano de operação, o Artur Andrade e o Guillermo Alcorta, que acreditam na tecnologia e na inovação como fatores indutores da evolução do mercado e o Edmar Bull, que abraçou a ideia desde o início e tornou-se o maior “benchmark” do sucesso do Reserve.

Toda esta história serve de preâmbulo para eu afirmar que a vitória de um negócio, no turismo ou fora dele, é feita de criatividade, esforço e… pessoas.

O que motiva um negócio são as pessoas que estão à frente de sua direção, quanta criatividade e esforço colocarão no empreendimento, que nível de qualidade de serviço prestarão, quanto conseguirão entregar do que prometem, o que pensam e onde querem chegar.

Por tudo isso, eu continuo acreditando no conceito da consolidação de boas empresas, exatamente pela qualidade das pessoas participantes do negócio.

Afinal, para quem é do mercado, como ter dúvida sobre o futuro de um negócio que envolve os sobrenomes Abreu, Bull, Costa, Linares, Santos, Schwartzmann e Strauss (os que conheço bem), entre outros, cuja capacidade e seriedade aprendemos a respeitar ao longo dos anos?

Estes nomes é que são o principal ativo da Brasil Travel, que darão ao investidor mais bem informado, as garantias de que criatividade e esforço se juntarão à experiência, correção e conhecimento do mercado, em prol dos resultados da nova companhia.

No lugar do modelo do poder em busca do capital, estes profissionais representam o trabalho em busca do resultado, exatamente o que todo investidor deseja.

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