6,52% é a nova expectativa da inflação anual, acima da meta do Banco Central, que é de “apenas” 6,5%.
A última vez que a inflação anual superou efetivamente a meta, foi em 2003, e se o fato voltará a ocorrer, somente poderá ser confirmado no fechamento do ano.
Acho muito difícil que o Banco Central consiga, com medidas ortodoxas, segurar o dragão, justamente nos últimos 3 meses do ano, considerando:
– o aquecimento anormal da economia brasileira, ainda sem demonstrar os sinais de impacto provocados pela crise mundial.
– a pressão sobre os preços gerada pelo incremento usual das compras nos últimos 3 meses do ano, com dia das crianças, feriados, férias, Natal e reveillon.
– o aumento nos preços da indústria automotiva, provocado por um mal explicado incremento no IPI dos veículos importados, que servirá tão somente para beneficiar as montadoras multinacionais instaladas no país, agora com uma folga extra de ineficiência de 30%.
Em respeito à minha estranha mania de tentar antecipar tendências, preocupa-me o recrudescimento da espiral inflacionária, temor típico de quem viveu a hiperinflação e suas terríveis consequências econômicas e sociais.
Quem nasceu antes de 1980, sabe o que digo…
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