Conselho de Clientes

Na estruturação da governança corporativa de uma determinada empresa, podem ser criados diversos tipos de conselhos, como o de administração, o consultivo, o fiscal, o de gestão estratégica, entre outros.

Geralmente, os conselhos não têm função executiva, mas são referência para as grandes decisões estratégicas da empresa e, apesar de não reunirem poder de decisão, acabam por agregar maior poder de análise e experiência à sua diretoria executiva.

O que dizer então de um conselho de clientes?

É desafiador reunir clientes de uma mesma empresa, em torno de uma agenda única, mesmos objetivos e, ao mesmo tempo, evitar que assuntos operacionais dominem a pauta, mantendo-a focada nos temas estratégicos.

Analisar o mercado, as tendências, os desafios e as oportunidades, para antever soluções para problemas que mal surgiram no cenário, bem como investir em novos produtos e serviços, parece-me uma boa ideia, em especial se considerarmos o somatório de experiências de toda uma carteira de clientes.

Por isso, pense nesta possibilidade.

Aproveite o interesse permanente da turma que usa seu serviço com fidelidade e, por isso, quer vê-lo melhorando a cada dia.

Ninguém poderá aconselhar melhor a sua empresa do que quem usa seu produto ou serviço, pois sabe exatamente o que sua empresa deve fazer para manter e ampliar seu interesse.

Ouça seus clientes, todos juntos, reunidos para analisar seu ambiente de negócios, incluindo o seu negócio, num evento organizado pela sua empresa…

Parece estranho?

Eu recomendo.

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40 TM EM BUSCA DA ARTE EM POA

A Arte de Gerenciar Viagens, evento sobre gestão de viagens corporativas promovido pela Porto Brasil, no Sheraton Porto Alegre, ontem a noite, recebeu 40 travel managers de empresas gaúchas, em sua maioria.

Gestores de viagens da Renner, Olvebra, Florestal, Ecofrotas, Radio Gaucha, AGCO, Yara Fertilizantes, BHG, entre outras, estavam interessados em conhecer o que a tecnologia pode proporcionar em otimização de processos, controle e redução de custos de viagens.

Um encontro focado, bem estruturado, uma fórmula diferente do Forum de BHZ e de CPQ, em POA foi mais enxuto, mais curto, mais direto ao ponto e também funcionou bem.

Numa 4a. feira chuvosa, com os termômetros abaixo de 10 graus, o interesse da galera surpreendeu, com boas perguntas e bom debate nas respostas.

Eles agora ouvirão, no final de agosto, a Beth Wada sobre gestão de eventos, depois a Helô sobre hotelaria no início de outubro e o Julio Verna, em novembro, sobre contratação de agência de viagens.

Taí um tema que nunca é demais: capacitação, treinamento e disseminação do conhecimento.

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PARA GUTO, LEO E VABO JR, COM CARINHO

Acho que estou entrando no tema-provocação do post do Artur meio atrasado, mas como tudo na web é muito veloz, ele já ficou velho (o post, não necessariamente o Artur) e, por isso, comento aqui pra esticar a conversa.

Pelo contexto do post e da maioria dos comentários, me pareceu que o tema foi tratado mais como publicidade digital do que como marketing digital.

Afinal, como nos ensina o professor Syllos, essencialmente o marketing (digital, direto, social, de relacionamento, de guerrilha, político, viral ou qualquer outro rótulo) é o conjunto de estratégias comerciais que abrange uma série de atividades, desde o estudo de mercado, promoção, publicidade, vendas até a assistência pós-venda, viabilizando (ou estimulando) um fluxo de bens e serviços do produtor para o consumidor.

De qualquer forma, após ler o post do Artur e seus 45 comentários, achei curioso que ainda estejamos tratando o marketing digital como algo novo, ou que estejamos (ainda) comparando folheto com pen drive, quando, apesar da convivência de ambos (e ainda vão durar) penso que todos concordamos que estão em franca obsolescência (os dois).

Não tenho dúvida de que tudo isso coexistirá somente enquanto estivermos nesta fase de transição entre gerações (me refiro aos consumidores, não aos marketeiros) habituadas a consumir das mídias tradicionais (papel, rádio e TV) e das mídias atuais (web, mobile e TV) ao mesmo tempo.

Como sou, ao lado de Cassio, Sidney, Gustavo e Artur (os que sei a idade) um pouquinho mais velho que a garotada que chega, quando Guto, Leo e Vabo Jr completavam 10 anos de idade, eu registrava nosso primeiro domínio na internet – solid.com.br – algo inovador para uma agência de viagens brasileira na época.

Como nosso objetivo sempre foi o e-commerce (mesmo antes dessa expressão ser criada), investimos em publicidade digital desde 1997, como anunciantes de turismo do Cadê?, depois Starmedia, mas sempre no escopo de uma estudada estratégia de marketing.

Hoje isso soa nostálgico e chato, mas é interessante observar, como disse o Rui, que os conceitos do marketing digital em nada diferem do bom marketing de sempre, em que a construção de uma marca leva tempo, demanda estratégia e custa dinheiro.

Sem isso, pode-se criar um factóide ou uma bolha, ou ainda ganhar algum dinheiro por algum tempo e talvez seja este o objetivo de muitas novas empresas (e não as recrimino por isso).

Também vejo que pode-se até mesmo ganhar uma montanha de dinheiro ou simplesmente admirar os talentosos que conseguem e, de certa forma, sentir-se um deles.

Em nossa empresa, acreditamos e investimos em pessoas, tanto em profissionais da geração Y quanto da X, sem qualquer tipo de preconceito, basta entregar o que promete.

Coincidentemente, estamos contratando para o MKT e já tem aparecido candidatos representantes da geração Z, aquela que não está nem aí para comparar o ontem com o hoje, pois está focada no amanhã, que no fundo, é o que importa.

Pois é, a fila andou, de novo…

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