GESTÃO É ARTE EM POA

No ano passado, o 1o. Forum Mineiro de Gestão de Viagens Corporativas, que inaugurou um novo modelo de evento sobre gestão de viagens, recebeu cerca de 80 gestores de empresas mineiras e de outros estados.

Produzido pela Terra Viagens de BH, o conceito, que parecia arriscado pelo fato de não ser promovido por uma entidade neutra, acabou revelando-se um sucesso, comprovando que quando o assunto é capacitação, profissionalização e disseminação do conhecimento, haverá sempre um grande contingente de interessados.

O 2o. Forum Mineiro de Gestão Viagens Corporativas já tem data marcada, em 27 de setembro de 2011, com previsão de receber o triplo de participantes.

No início deste ano, a Costa Brava, agência corporativa de Campinas, realizou o 1o. Forum Costa Brava de Gestão de Viagens Corporativas, outro sucesso, em que o interior de São Paulo mostrou outra vez a sua força, tanto na presença expressiva de mais de 150 gestores de viagens, quanto na organização impecável do evento.

Na próxima 4a. feira, 20/07, será a vez da Porto Brasil, agência corporativa de Porto Alegre, promover o curso “A Arte de Gerenciar Viagens Corporativas”, um modelo de evento com estrutura similar e mesmos objetivos dos foruns de Belo Horizonte e Campinas.

Em Porto Alegre, serão quatro encontros, ministrados por profissionais do nosso mercado, como Elizabeth Wada que falará, em 31/08, sobre o cálculo de ROI em eventos, Heloisa Prass que abordará as tarifas dinâmicas na hotelaria, em 05/10, e Julio Verna, cuja palestra, em 23/11, terá como tema os processos para escolha de uma agência de gestão de viagens corportivas.

Também estarei em POA, apresentando, em 20/07, a importância e o resultado da gestão de viagens corporativas, através da utilização de tecnologia de auto-reserva.

Os encontros acontecerão no Sheraton Porto Alegre e, para maiores informações, acesse: A Arte de Gerenciar

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FAÇAM SUAS APOSTAS

Como todos sabem, desde 2004 convivemos no Brasil com uma realidade distinta do resto do mundo, com relação à distribuição de serviços de viagens.

A TAM tomou a decisão em 2002, de desenvolver plataforma própria de distribuição, a qual permanece operacional e ainda responsável pela maioria de suas reservas, apesar de seu retorno aos GDSs provocado por sua estratégia de expansão internacional e entrada na Star Alliance.

A GOL nasceu ignorando a distribuição nacional via GDSs e assim permanece até hoje.

Todas as demais, Azul, Trip, Avianca, Webjet, NHT, Puma Air, Passaredo, Pantanal, Noar, Team etc, aderiram ao conceito “direct connect” e, a partir da tecnologia XML, desenvolveram uma capilar rede de conexões via webservices com sistemas integradores, operadoras, consolidadores e outros “players” da indústria.

Quando este movimento começou a dar os primeiros sinais de arrefecimento no Brasil, com a TAM e, mais recentemente, com a Trip, eis que a American Airlines inicia, nos EUA, um confronto aberto com os GDSs (que o Sidney Alonso chamou de algo parecido com “negociação pré-renovação de contrato”), tentando reaver o controle estratégico da distribuição de seu produto.

Numa disputa que já deu o que falar, dentro e fora da internet e dos tribunais americanos, ambos apresentam fortes argumentos, mas tudo indica que a musculatura financeira de cada lado será determinante para o desfecho final.

O contrato da AA com o Sabre termina em agosto de 2011 e, a partir de então, se continuar o impasse, para fazer reserva desta cia. aérea, os agentes de viagens terão que usar integrações via “direct connect”, ou outro GDS cujo contrato com a AA ainda esteja vigente (estima-se que o contrato da AA com o Amadeus vai até março de 2012).

Independentemente do final desta novela, em que ainda acredito em um desfecho próximo da previsão do Sidney, o fato é que  o modelo de distribuição via “hub” dos GDSs nunca foi tão fortemente questionado.

Uma coisa são cias. aéreas brasileiras, mexicanas ou irlandesas distribuirem seu conteúdo, nacional ou regional, por conta própria, outra coisa é uma cia. aérea americana, tão grande e emblemática quanto a AA, decidir desafiar o “status quo” mundial da distribuição, tanto para voos nacionais, regionais e, principalmente, internacionais.

Apesar de existir uma chance, mesmo remota, de que a conclusão deste imbróglio possa vir a impactar seriamente a indústria de viagens e turismo em todo o mundo, é fascinante acompanhar essa disputa e tentar antever se o resultado final confirmará a velha máxima de que a criatura vence o criador ou se, “at the end of the day”, eles farão as pazes e retornarão, juntos, à mesa de jogo, como se nada houvesse acontecido…

Apostar no acordo AA/Sabre é fácil, mas a mesa paga pouco… Já apostar no caminho independente da AA é para poucos, mas a mesa paga muito…

Faça a sua aposta e veja o resultado aqui no Panrotas, talvez antes de setembro de 2011…

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VIRTUDES DO POVO BRASILEIRO

Estamos começando a nos acostumar com as boas notícias sobre a economia, com as boas referências externas ao nome Brasil, com a recuperação de nosso passivo social, com a gradual melhora nos indicadores educacionais, com a conscientização com o meio ambiente, entre outros.

Tudo isso é muito bom e é resultado de um momento especial da história do país, que associado a algumas características pessoais, típicas do povo brasileiro, tornam este o melhor país do mundo para viver.

Apesar de todas as nossas incoerências, reunimos virtudes que também nos diferenciam positivamente da média de comportamento da população mundial.

Somos acolhedores e fraternos

– Somos simpáticos, recebemos bem outros povos, nos esforçamos para falar ou entender o idioma estrangeiro, somos cordatos.

– Transformamos recém-conhecidos em amigos de infância, desde que “o espírito bata com o do outro”, somos camaradas.

Somos humanos e solidários

– Privilegiamos o ser humano sobre regras e regulamentos, somos flexíveis e ajudamos as pessoas.

– Apoiamos causas importantes, emprestamos esforços a soluções coletivas para emergências coletivas, nos empenhamos pelo bem comum.

Somos alegres e autênticos

– Independentemente da real situação, nossa, do próximo ou de toda a nação, buscamos a felicidade como ninguém, manifestamos bem estar, mesmo quando nem tanto, divulgamos e nos orgulhamos da alegria de nossa gente.

– Expressamos o que sentimos, choramos em público sem o menor pudor, não temos vergonha de nossos sentimentos, odiamos hipocrisia.

Somos criativos e sonhadores

– Somos inventivos, pensamos “fora da caixa”, percebemos oportunidades, investimos nelas, melhoramos coisas boas.

– Imaginamos coisas, temos devaneios, tornamos verdade simples ideias, nadamos contra a maré, inventamos moda.

Somos esperançosos e intensos

– Torcemos, acreditamos, apoiamos, temos fé, rezamos, esperamos, acreditamos em Deus e “não desistimos nunca”.

– Quando gostamos, é pra valer. Quando não gostamos, é mais ainda.

Somos bonitos e românticos

– Nossa missigenação nos fez diferentes, com tipos físicos variados e harmoniosos, apesar das francesas e italianas, nós temos as mulheres mais lindas do mundo.

– Cortejamos, acarinhamos e adulamos a pessoa amada, fazemos gentilezas, damos flores e atenção, acreditamos no casamento.

Somos resistentes

– Sobrevivemos à hiperinflação, a diversos planos econômicos, a Fernando Collor, PC Farias, Marcos Valério, Delúbio Soares e ao mensalão…

– Emprestando frase de Euclides da Cunha, penso que “todo brasileiro é, antes de tudo, um forte”.

Lembro que este texto está prometido desde maio, quando postei aqui sobre algumas incoerências do povo brasileiro.

Penso que não podemos deixar de reconhecer nossos erros (qual povo não tem?), mas temos que rejeitar de uma vez por todas o que Nelson Rodrigues definiu como “complexo de vira-lata”…

Como parte inseparável de nossas incoerências, também temos nossas virtudes, e essas são apenas algumas delas…

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