Coisas simples estão se tornando complicadas…
Com a vertiginosa sucessão de eventos no mercado brasileiro de viagens e turismo, temos a oportunidade de encontrar, re-encontrar, conhecer ou “esbarrar” em um monte de gente que não víamos há algum tempo ou que conhecemos de longe, ou de foto no Panrotas, ou de uma breve apresentação num evento anterior…
O fato é que, nessas ocasiões, percebemos a pouca importância que se tem dado a um procedimento tão simples e corriqueiro quanto importante nas relações humanas: o cumprimento.
Tem a pessoa que conhece você, fala seu nome, demonstra uma ligeira afinidade e, apesar de você conhecê-la “não sabe de onde”, você não recorda seu nome… ou pior, você não tem a minima ideia de quem se trata…
Tem o famoso cumprimento da “mão mole” que não passa firmeza e, às vezes, passa a ideia de desinteresse, mas pode ser, tão somente, excesso de delicadeza.
E a pessoa que, para demonstrar a intimidade que não tem, exagera no tapinha nas costas? Ou então junta cabeça com cabeça, num gesto carinhoso. Ou te chama por um apelido que você não tem, nunca teve e, provavelmente, nunca terá…
E o sujeito que te cumprimenta em silêncio, com aquele olhar que diz: “Eu te conheço?”
E o figurão, que cumprimenta as pessoas tão desinteressadamente, que enquanto abraça ou aperta a mão de alguém, olha pro lado e se dirige a uma outra pessoa…
E a prática regional do beijo no rosto como cumprimento? Em São Paulo, dá-se 1 beijo, no Rio trocam-se 2 beijos, já em Belo Horizonte, 3 beijos intercalados nas faces do interlocutor é o procedimento esperado. Já fiquei algumas vezes com o rosto esticado, enquanto a moça paulista já havia dado por encerrado o cumprimento.
Cumprimentar não deixa de ser uma arte, pouco ou mal praticada, mas sempre estimulante, uma vez que pode ser o início (ou o fim) de um novo relacionamento pessoal.
Com meus sinceros cumprimentos, desejo um bom feriado a todos.
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