Nunca se vendeu tanto !

E não me refiro somente à viagens e turismo.

Este Natal tem tudo para ser o melhor Natal da história para o comércio no Brasil, incluindo o turismo e as viagens corporativas (sim, tem muita gente ainda viajando a trabalho neste finzinho do ano).

Os lojistas só não estão rindo à toa porque não há tempo pra isso, os clientes não deixam… e os shoppings estão insuportavelmente cheios.

Da mesma forma, os agentes de viagens que se prepararam para este aumento de demanda, só tem o que comemorar: novembro e dezembro acima da média, janeiro e fevereiro com looooongas férias que só terminam no meio de março, após o carnaval.

E o povo com dinheiro no bolso, classes A, B, C, D comprando muito, às vezes sem saber o que ou como pagar…

As empresas, tentando atender a toda esta demanda e bater suas metas de 2010, ainda com executivos e pessoal de vendas na estrada (ou melhor, nos aviões e hotéis), disputando assentos e quartos com quem já está relaxando com a família, em férias.

Para quem não se preparou, ainda há tempo… mas para pegar o barco de 2011, e para isso, acredite em:

– Automação de processos: mapeie o processo que não estiver mapeado, revise o que estiver funcionando e questione quando disserem que não pode ser feito.

– Capacitação da equipe: recrute e selecione bem, mas treine, treine e treine, sempre, sem parar.

– Tecnologia de auto-serviço: o cliente já faz isso no banco, na farmácia e na loja de eletrodomésticos, agora quer fazer no site da sua agência.

O ano ainda não acabou, mas é melhor já ir pensando no(s) próximo(s)…

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Não aguento mais ouvir falar !

Todo fim de ano bate aquela vontade de relacionar assuntos na forma da velha e tradicional listinha disso, listinha daquilo…

Resolvi embarcar nessa canoa furada e listei algumas coisas sobre as quais eu não suporto mais ler ou ouvir falar:

1 – Candidatos a ministro: esta disputa por cargos é o que há de mais aviltante na prática política brasileira.

2 – Royalties do petróleo: chega a ser ridículo os estados se engalfinhando antes da primeira gota de petróleo jorrar…

3 – Segredos diplomáticos: que façam investigações relevantes, mas alguns assuntos estão mais para fofocas diplomáticas.

4 – Complexo do Alemão: ok, a batalha está vencida, então que tal mais trabalho e menos marketing?

5 – Maluf e Garotinho: fichas-sujas que a justiça está limpando aos poucos, um de cada vez…!

6 – Comissão, TASF e DU: francamente, esse assunto já deu.

7 – Caos nos aeroportos: o governo sabe que tem uma bomba-relógio nas mãos e pouco ou nada faz.

8 – Falso sotaque italiano: por que forçar os atores a um papel tão ridículo?

9 – Facebook e Twitter: podem reclamar, mas haja saco pra isso…

10 – Lista de fim de ano: também já foi…

Acho que 2011 ainda trará muita coisa não resolvida dos anos anteriores, mas torço para que os assuntos acima fiquem em 2010 e poupem nossa paciência, que também tem limite, não é?

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Relações duradouras

“Acreditamos em relações duradouras…”

Com esta frase simples, Solange respondeu a pergunta da vendedora de uma loja do Rio Design Barra, para preencher o cartão que acompanharia o presente para os noivos.

Diante da cara de incredulidade da vendedora, Solange acrescentou: “Sejam felizes.”

Lembrei-me de um delicioso bate-papo que tivemos com Guillermo e Helô, no Lawry’s de Chicago, durante a NBTA 2006 (antes de Heloisa trabalhar no Panrotas), em que, entre outras pérolas, e não sei bem o motivo, comentamos que discursos de agradecimentos, homenagens e similares, sejam ditos ou escritos, podem virar uma tremenda chatice quando são longos e pomposos.

Guillermo imediatamente nos brindou com sua fórmula muito pessoal de tratar o assunto: “Nesses casos, menos é mais. Todos nós prestamos mais atenção e valorizamos uma homenagem simples, curta e direta, desde que dita ou escrita de forma sincera, autêntica”.

“O que impacta as pessoas é a verdade contida no texto”, acrescentou.

A verdade do texto acima da Solange é justamente o fato de que nós, efetivamente, acreditamos que as relações, sejam comerciais, pessoais, afetivas e outras, podem ser duradouras com qualidade e sem o conhecido desgaste provocado pelo tempo.

Percebi o mesmo quando resolvemos homenagear, neste final de ano, alguns parceiros que nos prestam bons serviços há muito tempo, e a lista foi grande.

Nosso contador é o mesmo há 16 anos, da mesma forma o engenheiro de telecomunicações e o arquiteto que trata do mobiliário de nossos escritórios, nossos advogados nos prestam assessoria jurídica há vários anos, como também a administradora de imóveis, o engenheiro que cuida das reformas, obras e ampliações, a empresa que hospeda nosso data center, entre muitos outros…

O fato comum a esses prestadores de serviços é que nossa relação comercial transformou-se, ao longo do tempo, em relação pessoal e, independentemente da empresa que estejam representando, são essas pessoas que sempre contratamos.

Na mesma linha, temos alguns profissionais trabalhando conosco há mais de 10 anos (e muitos outros com quase isso), numa relação que transcende o “capital x trabalho”.

Da mesma forma, cultivamos sincera amizade com muitos de nossos clientes, alguns com longo histórico de relacionamento e confiança pessoal, que acaba por influenciar positivamente os negócios.

Nas associações em que participamos, os integrantes de comitês, conselhos ou grupos de trabalho, independentemente de serem ou não, clientes, fornecedores ou mesmo concorrentes, acabam por formar uma verdadeira rede social (nada virtual) em que as relações pessoais fortalecem os objetivos a serem alcançados.

Sei que estamos na contramão do “não se deve misturar negócios com amizade” ou do “amigos, amigos, negócios à parte”, mas é nisso que acreditamos e praticamos todos os dias.

Confiamos em pessoas e nos sentimos mais confortáveis em fazer negócios com amigos, mesmo que tornemos amigos aqueles com quem fazemos negócios.

De preferência, por muito tempo…

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