Sydney, para fechar bem a viagem…

Voar de Papeete (Tahiti) para Sydney (Australia) é uma daquelas viagens que fazem o relógio andar mais rápido…

O voo da Qantas (voado em code-share com a Air Tahiti Nui) partiu de Papeete, pontualmente, às 9:20h de sábado, 06/11 e, após 5:30h de voo, chegou à Auckland (New Zealand), às 14:50h… mas no dia seguinte, domingo !

Tecnicamente, por conta do fuso horário, 1 dia de nossas vidas desapareceu sem deixar vestígios, e justamente um sábado… 🙁

Por mais que a gente conheça e conviva com diferentes fusos horários, é sempre curiosa uma situação como esta, em que o tempo (a contagem do tempo, na verdade) ignora solenemente o nosso relógio biológico.

De Auckland, partimos, mais uma vez pontualmente, às 15:40h em voo para Sydney, desta vez pela Qantas mesmo (sem code-share), para chegar lá às 16:40h, apesar das 3:00h de duração do voo… (de novo o fuso).

De qualquer forma, aqui estamos em Sydney, Austrália, para:
– conhecer a cidade
– respirar o espírito australiano
– visitar uma fazenda de cangurus
– explorar diferentes vinícolas
– degustar o syrah australiano
– experimentar a comida aborígene
– testemunhar a beleza, organização e segurança da cidade
– conviver com a alegria, educação e cordialidade do cidadão australiano
– gastar o dolar australiano, mais caro que o americano
– passear de barco pela Baía de Sydney
– descobrir que existe outro Hyde Park
– andar à toa no Sydney Harbour
– fotografar o coala no Wildlife World
– nos encantar com o Opera House
– assistir ao show do George Benson
– encontrar o Crowe e o Jackmann
– quem sabe, esbarrar na Nicole…

Até o final desta semana, falarei sobre este penúltimo trecho de nossa viagem, que começou na Polinésia Francesa (Taha’a e Bora-Bora), passa agora por Sydney e encerrará, sDq, na Cidade Maravilhosa…

Em tempo: postarei fotos desta viagem no próximo fim de semana e aposto que você vai gostar.

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TAHA’A X BORA-BORA

Não foi fácil sair de Taha’a…

Como deixar para trás o paraíso?

Nosso novo destino facilitou um pouco a tarefa, afinal, Bora-Bora é famosa pelos mesmos predicados comuns a todas as ilhas do Tahiti.

Após sair de barco do Le Taha’a e navegar por 30 minutos, chegamos ao aeroporto de Raiatea, onde embarcamos para um voo de 20 minutos para Bora-Bora, um dos destinos turísticos mais conhecidos do Tahiti.

Com alguns resorts estilo “overwater bungalows”, de redes famosas como Intercontinental, Le Meridien, Sheraton, Sofitel e Four Seasons, entre outros, Bora-Bora excede em beleza natural.

Do aeroporto de Bora-Bora, seguimos de barco para o Four Seasons Bora-Bora Resorts and Spa, em viagem de 20 minutos por um mar de sonho…

Para conceituar o Four Seasons Bora-Bora: é perfeito demais… tão lindo, tão arrumado, tão certinho, tão americano, que, às vezes, lembra um parque da Disney…

Até os peixes no mar parecem domesticados (não estou brincando…), o vento tem hora marcada, o sol tudo domina e controla, exercendo o poder através de sua generosidade.

E o sol é generoso em Bora-Bora…

No Four Seasons, o serviço é impecável, a estrutura é planejada nos mínimos detalhes, os bangalôs são maiores e mais luxuosos que em Taha’a, com hidromassagem com vista para o mar, sala enorme lindamente decorada, suíte, varanda, acesso ao mar, mais todos os luxos, recursos e confortos que uma boa diária podem comprar.

Esportes náuticos (snorkel em santuário marinho, scuba diving, shark feeding, jet-ski, entre outros), tênis, volley, etc. são alguns dos atrativos (!?) do hotel, além de diferentes restaurantes, fitness center e spa maravilhosos, entre outros mimos.

O mar, o céu, o nascer e o por do sol, a areia da praia, a brisa, são semelhantes aos de Taha’a, ou seja, Bora-Bora está sendo uma confirmação de que o Tahiti é, realmente, demais…

Apesar de propostas parecidas, entre o Le Taha’a e o Four Seasons Bora-Bora, a principal diferença pode ser percebida pelo fato de que, em Taha’a, não achei importante destacar a estrutura do hotel (mero detalhe), mas sim o charme, simplesmente imbatível.

Entre os dois, a comparação pode ser resumida ao “Le française savoir vivre” X “The american way of life”…

Quem conhece o espírito dos dois conceitos, sabe bem do que estou falando…

Próxima parada: Sydney, Australia…

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FLORES, CORES, SABORES E PERFUMES DO PARAÍSO

Paraíso é uma dessas palavras com enorme força interior, que se expressam por seu próprio conceito, sobre o qual não pairam dúvidas…

Existem bons, ótimos, excelentes lugares, como existem locais maravilhosos, fantásticos, espetaculares, mas qualquer um desses conceitos admite algum grau de intensidade, como também podem variar, de pessoa para pessoa.

Acima desses, existe ainda o lugar chamado “paradisíaco”, ou seja, com alguma semelhança com o que se imagina ser um paraíso.

Mas se você deseja qualificar, de forma realmente inquestionável, um lugar que, para você, é especial, absoluto, único, chame este lugar simplesmente de “o paraíso”.

Paraíso não aceita dúvida: é o paraíso e pronto !

Paraíso é o lugar onde não existem problemas ou defeitos, somente virtudes, beleza e harmonia.

Enfim, é o lugar para onde vão os bons e os justos (tem conceito mais esclarecedor do que este?).

Resumindo, é o lugar perfeito…

Por tudo isso, do ponto de vista do bem estar, afirmo que este lugar onde estamos agora, a ilha de Taha’a, no Tahiti, é o meu Paraíso na Terra !

Como dizem que para chegar ao paraíso é necessário passar pelo purgatório, com certeza a distância e o tempo da viagem exerceram este papel:
1 – RIO/GRU – TAM (1h)
2 – Conexão (3h)
3 – GRU/SCL – LAN (4h)
4 – Conexão (5h)
5 – SCL/PPT – LAN (13h)
6 – Conexão (24h)
7 – PPT/Raiatea – Air Tahiti (1h)
8 – Conexão (1h)
9 – Raiatea/Taha’a – Lancha (40min)

Mas a Ilha de Taha’a está valendo cada minuto deste esforço !!

Durante o planejamento desta viagem, muitos amigos me perguntaram o que cariocas, que moram na praia da Barra da Tijuca (eleita entre as 10 melhores praias urbanas do Brasil), queriam fazer no Tahiti…

Alegavam que o Tahiti é programa para quem não mora perto de praia e que, no final das contas, “praia é praia e o Tahiti não deve ser tão diferente assim”…

Ledo engano: quanta diferença !

Tahiti é destino para quem adora praia, mesmo que more em frente a uma.

Todas as informações que eu reunia sobre a Polinésia Francesa, suas praias inigualáveis, sua natureza exuberante, suas flores abundantes e suas cores generosas (do céu, do mar, da areia, dos peixes, da vegetação, da comida, etc) foram superadas pelo choque visual “ao vivo”, de toda essa manifestação conjunta da natureza…

Some-se a tudo isso o fato de estarmos hospedados no Le Taha’a, um Relais & Chateaux de origem francesa (incluindo culinária, decoração, charme), com um autêntico Spa tahitiano, bangalôs sobre a água, praia privativa, entre outros atrativos já conhecidos.

Como o turismo é a principal atividade econômica do arquipélago, os nativos são sempre gentis e empenham-se em demonstrar amabilidade.

Interessantes também as famosas fazendas de pérolas (pearl farms) do Tahiti, verdadeiros criadouros subaquáticos que, aqui, produzem as chamadas “black pearls” (pérolas negras) que, apesar da base sempre escura, atingem variados matizes, que vão do verde ao prata.

Diferentes das pérolas brancas japonesas e das pérolas amareladas australianas, mais abundantes, as pérolas tahitianas são cultivadas quase artesanalmente e, por isso, são as mais raras e valorizadas do mundo.

Entre os diversos momentos mágicos, assistimos, estupefatos, a beleza única do por do sol em Taha’a, a qual, no entanto, não resistiu à verdadeira poesia que é o amanhecer neste lugar, com o sol mansamente revelando a beleza das cores do mar do Pacífico, azul turqueza se olhado ao longe e inacreditavelmente transparente, quando olhado de perto.

Por último, paira no ar um aroma adocicado, um leve perfume oriundo das plantações de baunilha, características de Raiatea, ingrediente também dos óleos aromatizantes utilizados nas sessões de massagem do Spa.

Algumas pessoas, quando estão diante de tantos atributos reunidos num só lugar, tendem a buscar ou imaginar defeitos e, por isso, antecipo:
– a água do mar, nem fria nem morna, é a mais agradável que já experimentei.
– o mar é calmo, quase uma piscina natural.
– os peixes, abundantes e coloridos, povoam até a beira das praias.
– a vegetação é exuberante e preservada.
– o clima, nesta época do ano, é ameno, com sol e brisa fresca.
– os preços…, bem, até o paraiso tem seu preço…

Amanhã, vamos à Bora-Bora, mas o meu paraíso pessoal, definitivamente, fica em Taha’a, ao lado da Ilha de Raiatea, norte da Polinesia Francesa.

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