Cadê o Governador??

Surpreendente a adesão do mercado carioca ao Feijão Amigo no Inter Rio hoje, uma 2a. feira, apenas 2 dias após a fatalidade que atingiu o hotel, o bairro de São Conrado, a cidade e o estado do Rio de Janeiro.

Evento lotado, estacionamento lotado, mesas lotadas, empresários do trade, agentes de viagens de toda a escala da produção, representantes de todas as mais importantes cias. aéreas e dos hotéis, lideranças do trade, políticos como o senador Francisco Dornelles e o Vice Governador Pezão, mas…….

Cadê o Governador Sérgio Cabral?

Esta era a frase mais ouvida nas mesas e nas rodas de conversa…

Até que o Vitor Daniel, do Feijão Amigo, ao fazer o discurso de introdução do evento, ao lado do Michelão, inovou ao pedir “aplausos para o espirito do Governador”, que não estava presente, “por questões de saúde”…….

A dúvida imediatamente se estabeleceu e entre as várias hipóteses levantadas, uma prevaleceu: como o Governador está bem vivo, “esta é a primeira vez que um espírito desencarnou, provisoriamente, para representar o titular em um evento”, argumentaram em nossa mesa.

Achei muito estranho o Sérgio Cabral, em época de campanha, desperdiçar uma oportunidade única como essa, para demonstrar a força do Rio, da cidade e do estado, bem como o apoio do mercado de turismo ao Inter Rio, ao bairro em si e à Cidade Maravilhosa, como um repúdio aos episódios de sábado e, ao mesmo tempo, uma demonstração de apoio, de presença e de força das instituições formais do Estado.

“Cirurgia no joelho…”, desculparam-se alguns, embora a muleta não impediu o Felipe Niemeyer, do Panrotas, de trabalhar na cobertura do evento e nem o José Kauffmann, do Sindetur Rio, que compareceu e prestigiou o encontro, apesar da dificuldade de locomoção.

Pelo menos ficou a sensação de que a força do Rio está nos cariocas e em todos os brasileiros que percebem que o Rio de Janeiro continua sendo o melhor retrato do Brasil no exterior.

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Tony Garcia: 35 anos de mercado!

Na indústria de viagens e turismo no Brasil, cheia de conflitos e opiniões divergentes, existem muito poucas unanimidades.

Penso que o Tony é uma delas.

O Tony é aquela figura que passou por (quase) todas as funções comerciais dentro de uma cia. aérea, desde agente de reservas, promotor, executivo de contas, inspetor, supervisor, gerente, entre outras várias…

Iniciou carreira exatamente em 20/08/1975 na Varig, onde atuou por 20 anos, quando então transferiu-se para a Rio Sul, onde trabalhou até 2002, ano e que foi contratado pela TAM.

Tony Garcia
Carteira funcional do Tony, admitido em 20/08/1975 na Varig

Atual “Key Account” da TAM para as agências de viagens corporativas, o Tony é aquele tipo de executivo que “resolve qualquer pepino” e, mesmo quando não existe uma solução, ele nos deixa a percepção de que empenhou-se de forma legítima no assunto.

Tony nos visitou, no Rio de Janeiro, no dia em que completava 8 anos na TAM e, com a simplicidade de sempre, comentou que faz hoje, 20/08/2010, 35 anos no mercado de aviação!

Tony Garcia entre Maria Acácia, do Reserve, Carla Machado, da Solid e Solange Vabo
Tony Garcia entre Maria Acácia, do Reserve, Carla Machado, da Solid e Solange Vabo

Taí um parceiro e amigo que merece respeito, pela pessoa e pelo profissional que é.

Parabéns Tony, pelos 35 anos de dedicação ao mercado da aviação brasileira !

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DU flexível ou Latam… O que mais impacta o mercado?

Numa semana especial em termos de novidades no mercado, ainda não retornei ao Brasil mas tenho conversado (pessoalmente e por celular, skype, email, etc.) com alguns players importantes de nossa indústria, tentando responder esta pergunta do título, que está me intrigando…

Afinal, por que a TAM resolveu anunciar esta novidade da Latam apenas 2 dias após a reunião com as entidades brasileiras das agências de viagens?

Ou talvez seja melhor perguntar: por que a TAM agendou esta reunião com as entidades na mesma semana do anúncio do acordo com a Lan?

De qualquer forma, a resposta a essas 2 perguntas provavelmente não responderá à pergunta do título, mas deve lançar alguma luz sobre o assunto.

Alguém poderá pensar que estou sendo muito pretensioso em imaginar que a negociação da TAM com Abav & Cia. possa ter alguma relação com um acordo tão estratégico como este com a Lan.

Talvez, mas penso que, sendo as agências de viagens ainda o seu maior canal de distribuição, o modelo de negócio entre a TAM e os agentes brasileiros deve ter alguma influência sobre qualquer eventual acordo de aquisição ou participação cruzada entre 2 cias. aéreas deste porte.

Tente responder à pergunta do título, refeita da seguinte forma: o que mais mexerá com a distribuição no mercado de turismo brasileiro, uma remuneração ao sabor da livre concorrência ou a TAM controlada por uma holding internacional?

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