CARLOS PALMEIRA RESPONDE AO NÃO ASSOCIADO

De vez em quando, um agente de viagens não associado ABAV divulga um comunicado (uma carta, um email, um post num blog, um artigo na imprensa etc) questionando o presidente da ABAV com relação a itens importantes de uma agenda esperada da associação.

Que eu me lembre, isso aconteceu na gestão do Antonio Azevedo, na do Edmar Bull e acaba de voltar a ocorrer na gestão recém iniciada do Carlos Palmeira: um agente de viagens não associado direcionou uma carta questionando as “vantagens” de ser associado ABAV.

Isso me levou a pesquisar quantas vezes abordei os temas “ABAV” e “associação” nos Blogs Distribuindo Viagens e B2B Tech, que assino no Panrotas desde março de 2010, e cheguei aos indicadores que divulgo abaixo.

Dos 582 textos que publiquei nesses 8 anos ininterruptos como blogueiro Panrotas, os “trending topics” mostram que a ABAV foi abordada 81 vezes (14%) e associação foi citada em 47 oportunidades (8%).

Sempre defendi a associatividade e o voluntariado como peças importantes da complexa engrenagem das relações comerciais.

Acredito tanto, que sempre dediquei e continuo dedicando parte de meu tempo ao voluntariado em diferentes entidades, como a própria ABAV e a Abracorp, atualmente, a Alagev e a Fecomercio SP, no passado recente.

E é dentro deste contexto que analisei e considerei importantes e esclarecedoras as respostas do presidente da ABAV ao agente não associado.

Uma associação é tão forte quanto a quantidade, união e força de seus associados

Segue abaixo a íntegra da troca de mensagens entre um agente de viagens não associado e o presidente da ABAV Nacional Carlos Palmeira:

Bom dia Sr. Presidente

PERGUNTA 1) Gostaria hoje de perguntar-lhe qual a sua posição em relação a várias cias. aéreas brasileiras atualmente estarem realizando publicações de Promoção da não cobrança da RAV em seus sites?

Carlos Palmeira, presidente da ABAV: Bom dia, gostaria de lhe dizer que não costumo responder as indagações de não associados, como é o seu caso, mas em respeito aos presidentes das ABAVs estaduais, que me enviaram sua carta, vou fazê-lo: Nossa posição é de total repúdio e sempre que tomamos conhecimento dessa política encaminhamos correspondências expressando nossa posição e pedindo que tal prática lesiva seja encerrada.

PERGUNTA 2) Durante toda a existência de uma Agência de Viagem, os maiores pilares de parceria em que as cias. aéreas sempre precisaram somos nós, pois não tem contingente o bastante para administrar todas as reservas, emissões, informações e pós venda. O que a ABAV tem feito para nos defender neste âmbito em que considero um “anti-parceirismo” vindo das Empresas Aéreas?

CP: Nossa principal ação é na sensibilização, já que não atuamos como agência reguladora. Somos uma Associação que representa os principais distribuidores do mercado, que são as agências de viagens, e procuramos mostrar o dano causado ao setor e o desestímulo provocado às agências, mais particularmente, que naturalmente priorizam os produtos que as remuneram dignamente. Posso adiantar que somos atendidos na maior parte dos casos em que intermediamos. Todavia cabe alertar que, em nível mundial, a tendência é que as agências de viagens sejam remuneradas principalmente pelos consumidores através de cobrança de seus serviços.

PERGUNTA 3) No Congresso, no Ministério do Turismo com quem vocês conversam sobre isso?

CP: Ao lado de outras entidades estamos em diálogo permanente e respeitado com mandatários públicos e líderes de classe que, como nós, enxergam o mercado de viagens como natural e estratégico para o Brasil. Já obtivemos avanços significativos, mas ainda há muito a ser conquistado. É um trabalho constante, dedicado, demorado e, sobretudo silencioso, porque envolve assuntos delicados como leis, tributação e regulamentações, que também são pautas de outros setores econômicos. Portanto eventuais conquistas, como a última que obtivemos na redução do IOF sobre transferências internacionais, muitas vezes não podem ser muito propaladas, pois afetam setores com demandas semelhantes que não foram atendidas.

PERGUNTA 4) Onde iremos parar com a total falta de atenção para a regulamentação de nossa profissão e leis que regem nossa classe?

CP: Esse é um assunto que muito nos preocupa e sobre o qual temos trabalhado em várias frentes. Como é sabido a atividade empresarial no Brasil muitas vezes ganha contornos negativos e desestimulantes. A lei é excessivamente protecionista ao consumidor, ao trabalhador e quem produz fica, em boa parte, sem muitos caminhos. Não vemos isso só como um obstáculo à nossa atividade, mas a quase todos os segmentos empresariais. Já existem avanços, sendo o último a reforma trabalhista. Conquistamos a regulamentação da nossa atividade, conseguida pela ABAV em 2014. Falta regulamentar a nossa profissão, agora para nós o principal dispositivo. Estamos trabalhando.

PERGUNTA 5) Por quê a cada dia estamos sendo mais e mais marginalizados pela mídia?

CP: Não concordamos com essa afirmação. O que vemos hoje é que com as redes sociais, tanto as justas reclamações quanto as injustas podem ganhar grandes proporções, mas isso afeta todo o mercado, todas as atividades. É uma questão comportamental.

PERGUNTA 6) A ABAV irá se pronunciar sobre a fatídica reportagem exibida pelo fantástico no dia 18 de Fevereiro em que claramente a matéria descredencializa as Agências de Viagens?

CP: Não fizemos a leitura de que a matéria descredencia as agências de viagens, muito pelo contrário. Entendemos como um alerta e o fato de a produção do programa ter procurado a ABAV para repercutir o tema, demonstra nossa credibilidade e a das agências de viagens devidamente regulamentadas que representamos. Os consumidores precisam ser permanentemente alertados de que, em um mercado em que os fornecedores são os mesmos, deve-se desconfiar de variações gritantes de preços. O problema é que buscando levar vantagem a qualquer preço alguns supostos espertinhos caem no conto de espertões. O alerta está feito.

PERGUNTA 7) Quando a ABAV conseguirá realizar uma Campanha Nacional de Valorização do Agente de Viagens?

CP: Em 2013 a ABAV subsidiou e lançou durante a ABAV Expo uma Campanha de Valorização do Agente de Viagens, inicialmente voltada ao trade, que apesar dos nossos esforços na divulgação, teve muito pouca adesão por parte do mercado, incluindo-se aí os próprios agentes de viagens associados. Se acompanhar nossos canais de comunicação – portal, newsletter, redes sociais – ou mesmo a mídia tradicional e do trade, pode obter detalhes desta campanha inicial e do reforço que temos feito nos últimos dois anos de forma bastante intensa, mas – uma vez mais – sem o apoio dos próprios agentes de viagens no compartilhamento e na sustentação dessa divulgação. Temos também pronta e orçada uma campanha nacional, visando alcançar o consumidor final, que só não foi lançada ainda por conta dos altos recursos financeiros necessários, como pode imaginar. Está no escopo da nossa gestão, recém iniciada, buscar parcerias – ainda que em forma de cotas – que nos permitam lançá-la o quanto antes. Paralelamente, e de forma totalmente orgânica, ou seja, sem qualquer custo investido, a ABAV é fonte constante dos principais veículos de comunicação do trade e de massa – a exemplo dessa reportagem recente do Fantástico – e outras tantas, que também numa rápida pesquisa você poderá comprovar. Somos, com muito orgulho, a fonte referencial e recorrente do setor para todo tipo de pauta que envolve as viagens e o turismo para grandes veículos de comunicação impressa, online e eletrônica. Mas veja, você nos cobra uma campanha de nacional de valorização do Agente de Viagens, mas não é associado. Achamos isso estranho.

PERGUNTA 8) Estamos a ver Navios Sr. Presidente. Estamos a ver navios. Precisamos de ajuda, precisamos que vocês ajam com dedicação. Se sua entidade realmente fizesse a diferença acredito que todas as agências de Viagens seriam afiliadas mas vocês sabem que não são pois acreditam que o Valor Agregado ainda não seja interessante justamente por causas grandes e questões intermináveis em que não sentimos nenhuma CONQUISTA mediante a “palhaçada” que acontece no Trade, a concorrência desleal das OTA ́s internacionais que invadem o Brasil e tomam nosso mercado, as Cias Aéreas sucateando e fazendo concorrência com as próprias agências de viagens. Nos ajude Sr. Presidente. Obrigado por ler. Atenciosamente. Vamos discutir isso?

CP: Vamos discutir isso, sim. Podemos até iniciar agora. Interessante constatar que pessoas não associadas como você, que se colocam como meras espectadoras, não participam e atribuem à ABAV ou às suas congêneres a responsabilidade da resolução dos seus problemas. A ABAV é uma Associação que precisa de Associados, de ideias, de ideais, de força, de representatividade e, sobretudo, de pessoas que acreditem. Quando sutilmente nos coloca que não é filiado por que acredita que o valor agregado ainda não seja interessante ou até mesmo porque não sente nenhuma conquista, nos faz compreender, clara e lamentavelmente, o seu desconhecimento sobre a importância do associativismo, dos nossos projetos, avanços, ações e iniciativas em curso, que não são poucos, podemos lhe assegurar. Se estivesse próximo de nós, provavelmente já teria as respostas à maioria das questões que nos direcionou. Por fim, devolvo a você uma reflexão, pois ao mesmo tempo em que nos solicita ajuda e dedicação, não nos oferece o apoio mínimo, juntando-se à nossa entidade, para que ela se fortaleça ainda mais e amplie a sua voz junto aos nossos parceiros comerciais, ao governo e aos consumidores, como você próprio reivindica. Queremos sim ajudar. Temos presidentes estaduais e toda uma diretoria nacional trabalhando voluntariamente, sem qualquer remuneração, pela associação e pela categoria – porque todos nós fazemos parte dela, somos agentes de viagens, assim como você. Dividimos nosso tempo entre nossos interesses privados e os associativos, sendo que estes últimos muitas vezes nos ocupam a maior parte dele, apesar do pouco retorno e reconhecimento que recebemos. Nós, integrantes do sistema ABAV, estamos inteiramente abertos e preparados para receber todos que possam contribuir com ações e sugestões positivas e efetivas, pois temos consciência de que unidos somos muito mais fortes e vitoriosos em lutas e soluções, não apenas para os agentes de viagens, mas para o setor como um todo, porque é dele que vem o sustento para a nossa atividade.

Nos ajude o senhor, não associado.

Associe-se.

Atenciosamente,

Carlos Palmeira
Presidente da ABAV NACIONAL”

4 CHATICES QUE A TECNOLOGIA (AINDA) NÃO RESOLVEU

O carnaval acabou, já manifestamos toda nossa alegria e júbilo por sermos brasileiros, o ano comercial começando hoje no Brasil, momento em que me peguei refletindo sobre 4 temas que ainda são demandas não solucionadas pela tecnologia.

São dicas para quem tem espírito empreendedor, pois basta identificar um problema a ser solucionado para haver ali uma oportunidade a ser criada, uma demanda a ser atendida, um novo negócio a ser realizado.

Aderência intuitiva

Desenvolver sistemas é um desafio, desenvolver sistemas aderentes é uma necessidade, desenvolver sistemas intuitivos é uma arte.

O melhor artista deste segmento continua sendo a Apple, referência em qualidade, design e uso, ao ponto da caixa do iPhone X não trazer sequer aquela pequena pronta-referência impressa para facilitar os primeiros passos, tal a intuitividade do produto.

O fato é que o objetivo de todo bom software de não necessitar de manual, ajuda ou suporte (exceto a própria internet), continua sendo realidade para poucos.

A intuitividade dos sistemas acelera a adesão da novíssima geração de usuários de softwares

Mobile only mindset

A tal estratégia de desenvolvimento de sistemas baseada no mobile first é passado, o conceito de mobile only já direciona mais de 50% dos sistemas em desenvolvimento em todo o mundo.

Apesar da tendência dos softwares serem desenvolvidos com foco fundamental no uso em smartphones, a curva de aprendizado tem sido longa na indústria como um todo, talvez porque a atual geração de analistas e desenvolvedores nasceu e cresceu sob o domínio do laptop.

A próxima geração de profissionais da área de desenvolvimento de sistemas já será completamente mobile driven (no paper, no TV, no laptop), confirmando uma tendência inexorável para os próximos 5 a 10 anos.

Integração plug-and-play

Por mais que se entenda que toda integração entre sistemas é possível, que são necessários ajustes em ambos os sistemas, que a customização depende das especificidades do projeto etc etc etc, fato é que uma integração nunca é uma solução plug and play, como seria desejável.

Este é um segmento carente de boas soluções de prateleira, aquelas em que uma mesma plataforma é desenvolvida para ser adaptável a diferentes necessidades, bastando executar algumas configurações.

Integração plug-and-play continua sendo uma demanda a ser resolvida

Ambiente de trabalho ideal

Há alguns anos, o futuro do ambiente de trabalho parecia estar no modelo de home-office, aquele em que o profissional trabalha em casa, em horários de sua conveniência, buscando maior produtividade e autonomia na gestão de seu tempo.

Hoje o home-office é apenas mais uma alternativa ao escritório tradicional como tantas outras, como os espaços de coworking, os escritórios virtuais e até as office-homes, que são aqueles mega-ambientes inventados pelas gigantes da tecnologia (Google, Facebook, Apple etc.), para que os profissionais não tenham motivação ou necessidade de sair do ambiente de trabalho (qualquer semelhança com o filme The Circle não é mera coincidência).

Em tempo: A imagem inicial deste post não e do filme The Circle, mas sim da nova sede da Apple, um prédio-cidade de USD 5 Bilhões.

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VOCÊ SABE PORQUE A ESQUERDA IMPLODIU?

A ESQUERDA ACABOU. SAIBA POR QUÊ.

A esquerda sempre precisou de dinheiro, de muito dinheiro para se sustentar. A direita por sua vez, não. Isso porque a direita é composta de adolescentes que estudaram quando estudantes, trabalharam quando jovens, pouparam quando adultos, e portanto se sustentar não é um grande problema.

A direita progride, enquanto a esquerda protesta nas ONGs e nos cafés filosóficos. A esquerda sempre viveu do dinheiro dos outros. Karl Marx é o seu maior exemplo, sempre viveu às custas de amigos, heranças e do companheiro Friedrich Engels.

Não conheço um esquerdista que não viva às custas do Estado, inclusive os empresários esquerdistas que votam no PT e PSDB e vivem às custas do BNDES. Nos tempos áureos a esquerda tomou para si até países inteiros. China, União Soviética, Cuba, por exemplo, onde a esquerda se locupletou anos a fio com Dachas e Caviar.

Essa esquerda gananciosa foi lentamente sugando a totalidade do Capital Inicial usurpado da sua direita, até virar pó. Foi essa a verdadeira razão do fim do muro de Berlim. A esquerda faliu os Governos que eles apoderaram.

No Brasil, a esquerda também aparelhou e tomou Estados e Municípios, e também conseguiu quebrá-los. Socialistas Fabianos como Delfim Netto, FHC, Maria da Conceição Tavares ainda vivem às custas do Estado com duas ou mais aposentadorias totalmente imorais. Só que o dinheiro grátis acabou.

Sem dinheiro, a esquerda brasileira começou a roubar, roubar e roubar com uma volúpia jamais vista numa democracia. Mas graças à Sergio Moro, até esse canal se fechou para a esquerda brasileira. Sem a Petrobras, as Estatais, o BNDES, o Ministério da Previdência, o Ministério da Educação, a esquerda brasileira não tem mais quem a sustente.

Lula e os PeTralhas… (imagem do blog de Políbio Braga)

O problema da esquerda hoje é outro e muito mais sério. Como esquerdistas irão se sustentar daqui para a frente? Como artistas plásticos, professores de Filosofia e Estudos de Gênero da FFLCH, apadrinhados políticos, vão se sustentar sem saberem como produzir bens e produtos que a população queira comprar?

Lula prometeu eleger um poste e conseguiu, deflagrando o início da derrocada da esquerda brasileira…

Que triste fim para todos aqueles que se orgulhavam de pertencer à esquerda brasileira !

Artigo de Stephen Kanitz, originalmente publicado em 15.05.2017, no blog do autor.

Obs.: Muito de vez em quando, seleciono um texto que considero especial, para republicar aqui no Blog B2B Tech. Este post de Stephen Kanitz é um desses casos.

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