MOMENTO DE UNIÃO PELA MESMA CAUSA

No post anterior – A CAUSA DA FECOMERCIO/SP – abordei a dificuldade que nós, brasileiros, temos com a expressão “lobista”, pelo fato de ter sido associada, ao longo de nossa história recente (últimos 515 anos), com interesses escusos, atitudes antiéticas e políticos corruptos…

Nada a ver com o verdadeiro conceito de fazer “lobby” que nada mais é do que “promover ações em defesa de uma causa em que você acredita”.

E é exatamente isso que fazem as associações privadas que, diferentemente das ONGs, não dependem de verba pública para sobreviver e custear suas causas.

Por isso, citei a Fecomercio/SP como exemplo bem sucedido deste conceito, da mesma forma que fazem a IATA e a Abracorp, apenas para citar alguns exemplos em que participo, que promovem ações em defesa de uma causa em que acreditam.

Volto ao assunto porque, diferentemente do que eu havia prometido a mim mesmo (e à Solange), não consegui reduzir minha participação voluntária nas diretorias e/ou conselhos de entidades de classe, um projeto que iniciei há cerca de 2 anos.

Resisti desde então, até meados deste ano, quando acabei atraído pelos projetos e convites de entidades tradicionais, como a IATA, a Fecomercio/SP e a ABAV/RJ, onde alinhei com os amigos Antonio Carbone, Viviânne Martins e Cristina Fritsch, com a mesmíssima motivação com que participei da criação da Alagev e da Abracorp, onde contribuo no conselho liderado por Edmar Bull.

Conselho de Administração da Abracorp
Conselho de Administração da Abracorp
IATA Strategic Partner
IATA Strategic Partner Program
CEVEC na Fecomercio-SP
Conselho Consultivo do CEVEC da Fecomercio-SP
Conselho da ABAV-RJ
Conselho Deliberativo da ABAV-RJ

E é esta motivação que me faz redigir textos como este, em que procuro demonstrar a importância da participação associativa, seja com críticas objetivas, ideias, propostas ou trabalho voluntário, pois nenhuma dessas entidades, nacionais ou internacionais, pertence a quem quer que seja, mas ao conjunto de seus associados, regidos por seus estatutos, regimentos e regulamentos, com o propósito específico para o qual cada uma foi criada.

O atual ambiente de negócios exige nossa participação, ficar reclamando sem foco não resolverá (nem amenizará) nada, “meter o pau” no governo é legítimo (se você também enxerga nele o causador desta grave crise ética, política e econômica), mas o que precisamos mesmo é de união, de seguir um mesmo objetivo, defender uma mesma causa, motivados pelo mesmo ideal.

Neste momento turbulento, a causa que me motiva é o desenvolvimento do negócio agência de viagens e a evolução do profissional de viagens e turismo, visando sua permanente atualização tecnológica e superação da atual crise brasileira.

É por isso que participo e tento contribuir.

Para isso, contem comigo.

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A CAUSA DA FECOMERCIO/SP

Conheci a Fecomercio/SP graças ao Fórum Panrotas, que teve suas primeiras 12 edições promovidas em sua magnífica sede, ou seja, enquanto comportou o evento da Panrotas, que vem crescendo a cada ano.

Mais recentemente, fui convidado a integrar o Conselho Consultivo do CEVEC – Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos da Fecomercio, presidido pela minha amiga Viviânne Martins, de quem já fui conselheiro na ABGEV e co-fundador e vice-presidente na ALAGEV e, portanto, acredito no que ela é capaz de realizar.

Conforme o Panrotas noticiou, hoje ocorreu o evento de lançamento oficial do CEVEC, precedido pela apresentação formal dos integrantes do conselho executivo, essa gente que faz, e do conselho consultivo, essa gente que fez (e continua fazendo), quase todos profissionais, novos e experientes, da indústria de viagens e turismo, uma fórmula que tem tudo para dar certo sob a liderança da Viviânne, responsável por cada convite a cada conselheiro.

Enquanto ouvia os debatedores conversarem sobre temas atuais, eu pensava nas palavras do diretor-executivo da Fecomercio, Antonio Carlos Borges, que abriu os trabalhos desta primeira reunião com uma mensagem muito boa, em que disse, com uma simplicidade instigante, algo mais ou menos assim:

“A sociedade não se movimenta baseada no bom senso, mas nas pressões legítimas de grupos organizados. Por isso estamos aqui.”

Ao ouvir esta frase, ao vivo, diante de conselheiros e convidados, refleti sobre o quanto nós brasileiros, temos dificuldade com o conceito da expressão “lobista”, apesar de praticarmos isso todos os dias.

Daí lembrei-me da carinhosa (e provocativa) expressão que Artur cunhou na Lista Panrotas dos 25 mais Influentes do Turismo no Brasil em 2011 (sim, a primeira das listas): “Luís Vabo é lobista no bom sentido…, alguém que briga por uma causa”.

O economista Antonio Carlos Borges reconfirmou o que já sabemos, apesar de nem sempre admitirmos: “Com mais ou menos obstinação, somos todos lobistas por alguma causa.”

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DISPUTA NA ABAV/RJ SERIA BOM

Tudo bem que muitas eleições para as ABAVs estaduais sejam decididas sem disputa de chapa, já vimos isso inúmeras vezes, seja por desinteresse dos associados em contribuir mais diretamente com a entidade ou, no outro extremo, por convergência de ideias em torno de um mesmo candidato.

Chapa única faz parte do processo eleitoral e funciona bem quando a candidatura única efetivamente congrega os diversos setores e os interesses legítimos dos associados.

Mas legal mesmo é quando há disputa eleitoral, como bem postou o Professor Mauricio Werner sobre a eleição para a direção da ABAV/RJ, que seria disputada por duas chapas com propostas bem distintas, até que uma das chapas desistiu, frustrando a expectativa de um debate entre ideias divergentes, visões e experiências diferentes.

Gosto de ter opções quando sou chamado a escolher alguma coisa no voto e, neste caso da eleição para diretoria da ABAV/RJ (em que participo como candidato a membro do Conselho Deliberativo), acredito que a disputa seria mais interessante para o processo de escolha dos dirigentes da entidade, pois seria uma bela chance de confrontar ideias e conceitos dos candidatos, o que confirmaria, de forma inquestionável, o real propósito de uma associação de agências de viagens, qual seja, o de representar os diversos segmentos dos agentes de viagens e não especificamente um ou outro setor.

De qualquer forma, com disputa no voto ou não, a chapa What’s Up? ABAV FUTURO me conquistou por duas características, à primeira vista antagônicas, mas que se integram de uma forma bastante clara:

1) Reúne empresários sérios e experientes, atuantes em suas agências de viagens, uma chapa composta por gente que faz, e

2) Apresenta ideias e propostas antenadas, sintonizadas com a atualidade, com foco voltado para o futuro da nossa atividade.

Como todos sabem, a Cristina Fritsch da Carnaval Turismo, é a cabeça desta chapa, que tem representantes de diversos segmentos, tanto na Diretoria Executiva, quanto no Conselho Deliberativo, Comissão de Ética e Conselho Fiscal.

Este grupo heterogêneo, com visões diferenciadas sobre o agenciamento de viagens, turismo, corporativo, receptivo, operação, eventos, transportes, internet, nichos, segmentos, consolidação, grupos, incentivos, intercâmbio etc etc trará à ABAV/RJ a diversidade de conteúdo e experiência proporcionais à abrangência de uma associação multidisciplinar, que deve estimular o desenvolvimento, de forma equilibrada, de todas as áreas da atividade de agenciamento de viagens e turismo.

Por tudo isso (mesmo sem disputa) eu convido você, agente de viagens do estado do Rio de Janeiro, a comparecer à sede da ABAV/RJ, no dia 05/10/15, segunda-feira, para contribuir com a construção de uma entidade mais forte, mais eficaz e mais representativa dos seus associados.

Nos vemos lá.

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