VERDADES SOBRE A ABAV EXPO 2015

Se alguém pedir para os participantes resumirem esta edição da ABAV Expo numa única palavra, provavelmente a maioria dirá: Quente !

Os gringos, muito suados, dirão: Hot!, Caliente!, Heiss!, Chaud!, 热

Menor em planta (20% menor), muito maior em visitantes e congressistas (30% maior na média/dia), plena de profissionas do trade (100%), foi uma feira cheia, lotada de gente, com muitas reuniões, eventos, ilhas, vilas, espaços e oportunidades.

Organizada e promovida já em meio à grave crise econômica e política brasileira, a ABAV Expo 2015 foi um oásis no meio do deserto, um lugar a que todos afluem com a esperança de encontrar ali, a solução que precisam para seguir a jornada, mesmo sem saber ao certo qual é a solução…

Sempre atento e buscando cumprir meus compromissos de painelista e expositor, além de agente de viagens, fornecedor de tecnologia, abaviano, abracorpiano, alageviano e blogueiro, não pude deixar de registrar muitas frases polêmicas que ouvi pelos corredores, algumas nas salas VIP e outras na Vila do Saber, mas como não gosto de propagar polêmicas, selecionei apenas as que fazem algum sentido:

Sobre o Anhembi

“A ironia é que tiraram a ABAV Expo do Rio de Janeiro justamente por causa do calor…”

“Por que temos que passar este sufoco vergonhoso no Anhembi, enquanto o Riocentro já foi privatizado, modernizado e climatizado?”

Sobre eleição

“A eleição da ABAV/RJ será uma disputa entre agentes de viagens X agentes de transportes.”

“Como pessoas que querem dirigir uma associação não conhecem seu estatuto?”

Sobre o ministro

“O ministro cumpriu o seu papel: fez um discurso político empolgante ao dizer o que o trade queria ouvir.”

“Eu também aplaudi de pé, mas falar é fácil, quero ver é fazer acontecer…”

Sobre distribuição

“O NDC permitirá igualdade de condições para todos os players da distribuição, agências, operadores, consolidadores, TMCs, OTAs, GDS, sistemas integradores etc. Quem souber agregar valor à distribuição de conteúdo, conquistará o cliente.”

“Tem cia. aérea fazendo promoção relâmpago em somente alguns canais de venda, detonando o mercado corporativo…”

Sobre a infraestrutura

“Meooo Deooooos ! Estamos em 2015 e ainda temos que encarar um evento deste porte sem Wi-Fi…?!?”

“A distribuição das lanchonetes até que funcionou. Só não me venham chamar isso de alimentação…!”

Sobre ideias vencedoras

“Seja poderoso, influente, inovador ou empreendedor, o fato é que estar numa lista do Panrotas é um senhor reconhecimento profissional.”

“A Ilha Corporativa Abracorp e o Espaço Braztoa deram tão certo que a Aviesp está até demorando muito a seguir o mesmo caminho.”

A verdade é que a ABAV Expo 2015 (mais de 30 mil visitantes, mais de 3 mil marcas, mais de 300 estandes) cumpriu o seu papel com sobra: aglutinou todo o trade, promoveu ambiente para discussões, estimulou acordos e decisões importantes, foi cenário de negociações, parcerias comerciais e operacionais, gerou oportunidades para quem estava disposto a prospectá-las e reconfirmou, uma vez mais, sua vocação de maior e mais importante evento do mercado de viagens e turismo da America Latina.

E o motivo, óbvio, é um só: trata-se de evento produzido por agentes de viagens para agentes de viagens.

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A ABAV ESTÁ DE OLHO NO SEU CLIENTE

Semana de ABAV Expo

Entre as conquistas da gestão Antonio Azevedo, nenhuma foi tão expressiva quanto a evolução da tradicional feira e congresso da Abav para a atual ABAV Expo 2015.

Digo isso porque abordo somente o que vejo, ou como dizem os juizes, atenho-me aos autos, ou ainda, limito-me aos fatos…

E os fatos mostram que nossa feira cresceu e apareceu, com suas tentativas, correções de rumo e bem mais acertos do que erros (Gisele da Promo à frente).

Para quem lembra que a ABAV Expo 2014 teve corredores vazios, eu aposto que a edição 2015 baterá todos os recordes de inscrições, de congressistas a expositores, de palestrantes a rodadas de negócios, do Espaço Braztoa à Ilha Corporativa Abracorp, tudo será maior do que nos anos anteriores.

É hora de diversificar

Ano difícil, mas não é hora de esmorecer, é o momento de acreditar, trabalhar mais, reunir forças, parcerias, aglutinar e não dividir, mas conforme tenho dito e não canso de repetir: é hora de diversificar.

E isso não significa abrir outro negócio para fugir da crise no turismo, afinal há crise em todos os segmentos econômicos, a crise é no país inteiro.

Anotaí: “Diversificar com sucesso e baixo risco é oferecer outros serviços correlatos para a sua já conquistada base de clientes”.

Afinal, não tenha dúvida, o maior ativo de sua empresa é a sua base de clientes, que foram conquistados contra tudo e contra todos, mas que podem mudar de agência a uma simples oferta de serviço, desde que ele julgue ser superior à sua.

Conhecimento é a alma do negócio

A ABAV, atenta ao mercado consumidor, ao cliente final, ao seu, ao meu, ao nosso passageiro corporativo ou à turismo, pode ajudar nisso, pois trabalha intensamente a capacitação do agente de viagens, num esforço tremendo, reconhecido por muitos, ignorado por outros, mas que pode fazer a diferença entre manter e fidelizar o seu cliente ou perdê-lo de vez para o concorrente.

Estou convicto de que o melhor caminho para sobreviver à crise, e mesmo crescer durante estes momentos negativos na economia, é identificar a demanda do seu próprio cliente e empenhar-se em atendê-la, preferencialmente de forma inovadora, eficaz e surpreendente.

Se faltam ideias ou criatividade, busque parcerias, consulte a ABAV, capacite-se, participe da sua entidade, potencialize seu network, vá a ABAV Expo 2015, onde você poderá não encontrar todas as respostas, mas seguramente ouvirá as melhores perguntas (como diria o Canal Futura).

Falando em capacitação, convido você a assistir ao painel “O que é NDC e o impacto nas viagens”, com palestra do Antonio Carbone do IATA e debate com Edmar Bull da Abracorp, Alexander Thomas Comber, da American Airlines e Claudio dos Anjos, da Gol, entre outros.

Imperdível, vejo você lá !

Anhembi, ABAV Expo 2015
Vila do Saber, Sala 1 – Negócios
25/09, sexta-feira, às 12:30h

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DOENTE EM ESTADO TERMINAL

“Os rins já pararam, o coração vai em breve”.

Com esta analogia, que teria sido proferida por um senador do PT, o Financial Times desanca o atual estágio da via crucis política e econômica no Brasil.

“Dilma Rousseff, a presidente, não é amada por seu próprio partido, e sofre forte rejeição: ela é o presidente mais impopular da história do Brasil.”

O mundo está descobrindo agora o grave erro que nós brasileiros cometemos na eleição passada, ao reconduzir ao poder um político inexperiente, inexpressivo e despreparado (já sabíamos disso) por um partido viciado de poder, envolvido em todos os processos e investigações de corrupção, um esboço de populista que, ao mesmo tempo, se esforça para dividir o país (já suspeitávamos disso).

“O sistema político brasileiro é bem conhecido por ser pobre. Agora também não está funcionando”.

Enquanto era pobre, mas funcionava (mesmo precariamente), o mundo acreditava que um sistema político pobre poderia até funcionar para um pobre país…

“…o Congresso mais preocupado em salvar a própria pele de uma investigação de corrupção que desviou US$ 2 bilhões da estatal de petróleo, a Petrobras”.

A mais pura verdade, é o que assistimos diariamente, um show de horrores dos políticos brasileiros, que não se intimidam em até elogiar publicamente suspeitos, investigados e até condenados em processo de corrupção, lavagem de dinheiro, peculato, entre outras expressões comuns no glossário político brasileiro.

Enquanto isso, nossa presidente (de fato e de direito), não se envergonha um minuto e pensa, todos os dias, de manhã, à tarde e à noite, sobre a expressão que citei no post anterior: vocês vão ter que me engolir.

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