QUER UMA BOA NOTÍCIA?

Conversando com amigos em São Paulo, ouvi críticas ao título do post publicado no início da semana passada (sobre os consolidadores entrarem simultaneamente no mercado de distribuição hoteleira).

Fiz um “mea culpa” afirmando que são títulos curiosos como aquele que atraem os leitores e, por isso, usei aquela figura de linguagem, sem outra intenção que não fosse a de provocar a curiosidade dos leitores.

Refletindo sobre isso, percebi o quanto os jornalistas e articulistas profissionais utilizam este recurso, algumas vezes correndo o mesmo risco que eu (articulista amador) corri neste caso: incorremos naquilo que os ingleses chamam de “misunderstanding”.

Faz parte…

O fato é que raramente as boas notícias atraem o leitor, o ser humano é tão focado em problemas que acaba morbidamente atraído por notícias ruins, fatos negativos e ocorrências desagradáveis.

Os grandes feitos da humanidade raramente têm o mesmo apelo popular como têm as desgraças e as catástrofes, as quais têm o poder de causar comoção imediata e gerar disseminação viral.

Por isso, e na contramão desse comportamento (talvez para autopenitenciar-me) publicarei amanhã um post sobre uma boa notícia, uma pesquisa científica recente, ainda pouco divulgada, de um jovem PhD brasileiro, que trabalha no Canadá liderando um grupo de jovens cientistas de diversas nacionalidades, todos PhD, pesquisa esta que gerou uma importante descoberta para o tratamento de alguns tipos comuns de câncer.

Trata-se de importante avanço biomédico, já publicado em revistas científicas internacionais, mas que, no Brasil, foi divulgada somente pelo jornal Correio Braziliense, talvez pelo fato do líder da pesquisa ter nascido em Brasília.

Leia mais sobre essa verdadeira boa notícia para a humanidade, aqui, amanhã.

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ONDE DEVO INVESTIR NA CRISE?

Esta pergunta anda reverberando na cabeça do empresariado brasileiro.

“Ora, todo empresário vive pensando nisso, qual a novidade?”, dirão alguns…

A novidade é a tão evitada expressão “crise econômica”, que tudo muda, desde o comportamento do consumidor, do empreendedor, do cidadão de uma forma geral.

Tanto empresários capitalizados, quanto os não capitalizados, e até mesmo os que estão em dificuldades financeiras, buscam incessantemente respostas para esta pergunta, pois investimento pode ser de qualquer recurso importante, seja de capital, de tempo, de pessoas e até de prioridades.

Tenho investido meu tempo (e alguns recursos) em pessoas, na equipe, não necessariamente em contratações (que também temos feito, muito seletiva e cuidadosamente), mas principalmente na preparação de uma força de trabalho criativa e empreendedora, um time de tantos pontos fora da curva, que estabeleçam uma nova curva…

Obviamente, este é um dos caminhos, desde que implementado de forma planejada e com antecedência, para sobreviver, triunfar e até crescer durante as crises, mas não é o único.

Existem outros, alguns outros…

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DISTRIBUIR HOTEL VIROU FESTA DE RUA

Nos meus tempos da faculdade de engenharia, quando alguma coisa organizada saía do controle, ou quando uma determinada especialização passava a ser de domínio público, ou ainda quando qualquer pessoa passava a fazer coisas que somente especialistas faziam, era porque aquele assunto “virou festa de rua”…

O motivo é que festa de rua costuma ter pouca organização, quase nenhum controle e, principalmente, não requer ingresso para entrar e participar, ou seja, a rua não tem dono e é de todos, ao mesmo tempo.

Pois é exatamente isso que está acontecendo com a distribuição de reservas hoteleiras, na qual empresas especializadas em consolidação de bilhetes aéreos anunciaram, quase simultaneamente, novos projetos de consolidação (intermediação via agentes de viagens) de hotelaria, curiosamente após se organizarem embaixo de uma mesma associação (dirigida por meu amigo e guru Cassio) de consolidadores, cujo nome não renega sua origem e foco no bilhete aéreo.

Festa de rua ou sinal dos tempos?

Em março de 2010, em meu primeiro post aqui no Blog Distribuindo Viagens, arrisquei a visão de que a fragmentação da distribuição, que parecia uma “ameaça” naquela época, ainda cresceria muito e que, em outras palavras, o ambiente concorrencial de viagens e turismo seria tomado por empreendedores de todos os tipos, novos entrantes ameaçando velhos mercados e antigos players defendendo posições, inclusive diversificando sua oferta de serviços através de iniciativas como esta.

Afinal, mercado nenhum pertence a ninguém especificamente e se a oportunidade está lá, por que não conquistá-la?

Por isso, acho natural este movimento dos consolidadores de bilhetes aéreos entrando no mercado de distribuição hoteleira.

E vice-versa…

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