Nos meus tempos da faculdade de engenharia, quando alguma coisa organizada saía do controle, ou quando uma determinada especialização passava a ser de domínio público, ou ainda quando qualquer pessoa passava a fazer coisas que somente especialistas faziam, era porque aquele assunto “virou festa de rua”…
O motivo é que festa de rua costuma ter pouca organização, quase nenhum controle e, principalmente, não requer ingresso para entrar e participar, ou seja, a rua não tem dono e é de todos, ao mesmo tempo.
Pois é exatamente isso que está acontecendo com a distribuição de reservas hoteleiras, na qual empresas especializadas em consolidação de bilhetes aéreos anunciaram, quase simultaneamente, novos projetos de consolidação (intermediação via agentes de viagens) de hotelaria, curiosamente após se organizarem embaixo de uma mesma associação (dirigida por meu amigo e guru Cassio) de consolidadores, cujo nome não renega sua origem e foco no bilhete aéreo.
Festa de rua ou sinal dos tempos?
Em março de 2010, em meu primeiro post aqui no Blog Distribuindo Viagens, arrisquei a visão de que a fragmentação da distribuição, que parecia uma “ameaça” naquela época, ainda cresceria muito e que, em outras palavras, o ambiente concorrencial de viagens e turismo seria tomado por empreendedores de todos os tipos, novos entrantes ameaçando velhos mercados e antigos players defendendo posições, inclusive diversificando sua oferta de serviços através de iniciativas como esta.
Afinal, mercado nenhum pertence a ninguém especificamente e se a oportunidade está lá, por que não conquistá-la?
Por isso, acho natural este movimento dos consolidadores de bilhetes aéreos entrando no mercado de distribuição hoteleira.
E vice-versa…
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