Li e reli o post do Fernão Loureiro, que oferece dicas práticas de como o gestor de viagens pode atuar para influenciar os budgets de 2016, de forma a torná-los alcançáveis.
Comecei a comentar o post dele, mas percebi que meu texto estava caminhando para uma outra visão, não propriamente de influenciar os budgets, fato que nem todos os gestores têm espaço para fazer devido às inúmeras variáveis e áreas envolvidas no processo.
Então resolvi seguir pela linha de como bater as metas em 2016, sejam elas influenciadas ou não pela área de viagens ou compras.
E começo analisando as ideias do Fernão, que é um especialista no assunto:
1 – Parametrizar “trava de orçamento” dentro do OBT, funcionalidade bastante comum que todos os principais OBTs dispõem (alguns há muitos anos), funciona mais como um obstáculo do que como solução. Defendo que a doutrinação (alguns chamam evangelização) dos usuários do OBT, sejam 200 ou 200.000 colaboradores, seja a forma mais eficaz de permanecer abaixo do budget, seja por área, por centro de custo, ou mesmo por toda a organização. E isso o gestor consegue fazer com um trabalho de médio/longo prazo, desde que apoiado por um sistema que faça mais do que reservar, controlar políticas e “travar orçamento”.
2 – Não basta estabelecer limite de gastos, é fundamental que possam ser parametrizados no seu sistema Expense & Travel, com o máximo de configurações, da mesma forma o “diretório de hotéis” deve ser carregado online para consulta e reserva igualmente online.
3 – Adotar ferramenta de gestão de taxi corporativo, como as oferecidas pelos aplicativos de taxi, também requer que haja integração do aplicativo com seu sistema Expense & Travel, senão o gestor vai controlar as despesas de taxi por uma ferramenta, e as demais despesas (incluindo as viagens) por outra, o que reduz a eficácia do processo.
4 – O seguro-viagem é um produto específico, ou seja, especializado na cobertura de sinistros usualmente ocorridos em viagens. Sua substituição pelos “benefícios adicionais desconhecidos” do cartão de crédito ou do seguro saúde, deve ser precedida de muita análise e cuidado, a menos que o objetivo da corporação seja tão somente estar coberta de eventual passivo pelo colaborador viajar sem seguro. Neste caso, é provável que qualquer seguro atenda.
5 – O uso de hotéis segmentados contuma ser interessante, mas ainda tem pouca aderência para uso corporativo. E relembro a importância de estarem integrados ao seu sistema de Expense & Travel.
6 – Montar e gerir os custos de frota própria (ou mesmo locada) é um item bastante discutível, mas certamente encontrará aderência em algumas poucas grandes corporações.
7 – Voos com cias. aéreas regionais é mesmo uma boa pedida, mas atenção para não perder o voo, pois a oferta de horários costuma ser reduzida, o que pode acabar encarecendo esta iniciativa.
8 – Outra boa sacada, conhecer a prática corporativa da sua empresa e acompanhar a política comercial das cias. aéreas, são mesmo importantes subsídios para parametrizar a política de antecedência de reserva no seu sistema de Expense & Travel.
9 – Sem dúvida, a Política de Viagens e Despesas deve ser objeto de revisão frequente, baseada nas práticas da empresa, nas variações do mercado e na realidade econômica de cada período.
10 – Acredito que a atual maior oferta de locadoras e de veículos seja momento ideal para estabelecer firme relacionamento comercial com a locadora que o atende bem, pois a oferta varia ao longo do tempo e, ano que vem, o cenário poderá ser outro. Se você sufocar seu fornecedor agora, poderá pagar o preço na próxima onda.
No final das contas, a TMC tem mesmo papel crucial neste processo e, da mesma forma, o sistema de Expense & Travel será o grande doutrinador dos usuários da sua empresa, não no estabelecimento de medidas restritivas (que podem ser feitas a qualquer momento, a critério da sua empresa), mas sim através do estímulo online e direcionamento sistêmico para um “mindset” de eficácia e eliminação de desperdício, que permeie toda a sua empresa ao longo do tempo, até fazer parte genuinamente de sua cultura organizacional.
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