10 DICAS ÓBVIAS PARA CARREIRAS PROFISSIONAIS

Da série “De vez em quando, o óbvio precisa ser dito”

1. Trate os colegas de trabalho com respeito e simpatia, em qualquer situação.

2. Assuma uma postura profissional e fique longe de fofocas, seja com colegas, chefe, clientes ou fornecedores.

3. Jamais pare de estudar, pesquisar e aprender tudo o que puder sobre a sua área profissional.

4. Mantenha-se sempre atualizado com as tecnologias, tanto as relacionadas ao seu trabalho como as de uso pessoal.

5. Esteja sempre informado a respeito das tendências, dentro de seu campo de trabalho.

6. Mantenha o seu currículo profissional sempre atualizado.

7. Não deixe de comparecer aos eventos da empresa.

8. Seja sociável e esteja aberto para conhecer novas pessoas e construir a sua rede de contatos, o seu “network”.

9. Seja proativo, não se contente apenas com o seu trabalho, vá além, ajude os seus colegas e os seus clientes, esteja sempre à disposição, evitando passar uma imagem de preguiçoso ou de quem trabalha com má vontade.

10. Durante toda a sua carreira profissional, nunca tenha medo de assumir novos desafios e agarrar as oportunidades que surgirem, pois uma oportunidade perdida jamais será recuperada.

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CRISE DE IDENTIDADE NA DISTRIBUIÇÃO?

O título poderia afastar alguns leitores, pois embora ela ainda esteja iniciando, ninguém aguenta mais ouvir, falar ou ler sobre a crise econômica que se avizinha do Brasil para este e os próximos anos.

Mas a crise aqui é de identidade (apesar de possivelmente provocada pela necessidade de mudar, de diversificar, de fazer diferente, gerada pela outra crise…) de alguns setores de nosso mercado de viagens e turismo.

Sempre estranhei a vontade de algumas operadoras de turismo, de vez em quando, declararem seu viés corporativo e, apesar de realizarem a maior parte, ou a totalidade, de suas vendas através das agências de viagens, julgam-se agências de viagens do segmento corporativo.

Ao tentar compreender melhor este fenômeno, percebi que são 2 seus motivadores: 1) por terem agências de viagens (portanto empresas) entre seus principais clientes, misturam o conceito de mercado B2B com gestão corporativa; ou 2) por atenderem algumas agências de gestão de viagens corporativas, ou seja, o usuário final (passageiro ou hóspede) dos serviços é corporativo, confundem sua função de fornecedor (como as cias. aéreas e hotéis) ou de intermediário (ok, repassador, operador, consolidador etc.) na cadeia de distribuição.

A crise de identidade neste caso, não é por acaso, é uma maneira inteligente de posicionar-se próximo do segmento responsável pelo atendimento de 2 em cada 3 clientes que voam no Brasil.

Enquanto o mercado como um todo recrudesceu em 2014, a Abracorp registrou crescimento de quase 15%, com vendas da ordem de R$ 15 Bi.

Qual grande “player” não vai querer participar desse mercado?

Até a poderosa CVC informou que adquiriu o controle da consolidadora Rextur Advance, motivada pelo interesse de “participar do mercado de viagens corporativas”…

Denota-se uma certa mistura de conceitos a respeito do que é o mercado de viagens corporativas, caracterizado fundamentalmente pela especialidade da gestão, neste caso aplicada às despesas relacionadas às despesas de viagens de profissionais à trabalho, pagas pela empresa contratante.

O fato é que o escopo, a especialidade e as atividades de uma agência de gestão de viagens corporativas assemelham-se muito mais às de uma empresa de consultoria em gestão corporativa do que às de uma agência de viagens e turismo, menos ainda às de uma operadora de turismo ou às de uma consolidadora de bilhetes aéreos.

Em tempo, apenas para registro, ainda sobre crise de identidade:

– “A cadeia de distribuição é composta por uma variedade de segmentos do mercado de viagens e turismo, como agências, operadoras, consolidadoras, GDS, sistemas integradores, entre muitos outros.

Todos, portanto, são distribuidores.”

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TUDO MUDA APÓS 2015…

Nem o mais afoito especialista em futurologia poderia prever o que está acontecendo no mercado brasileiro de viagens e turismo, e também no mundial, de 2010 para cá, mas em especial de 2015 em diante.

Fusão de concorrentes, fechamento de operadoras tradicionais, aquisição de consolidadoras, fusão de mega-OTAs, players se juntando (ou ameaçando se juntar), mega-empresas planejando monopolizar o mercado, agências tentando ser compradas (para não fechar), GDS vendendo OTA e buscando alinhamento com NDC, TMCs diversificando oferta de serviços (entre produção de eventos e gestão de despesas), entre outros movimentos ainda por serem divulgados, tudo isso para enfrentar a nova realidade da distribuição de viagens e turismo.

E essa nova realidade começou a se delinear por volta da virada do milênio, quando a internet começou a ser compreendida e seu potencial para a realização de negócios começou a ser pesquisado, testado, aplicado e explorado comercialmente.

Deu no que deu, ou seja, todas as atividades econômicas saíram transformadas neste processo, sem exceção, todas.

Seja no uso da web como meio de comunicação com o consumidor, na completa mudança do processo produtivo, da gestão das relações comerciais, na formalização contratual, no marketing, nos serviços financeiros, na consultoria de qualquer tipo, no ensino, etc etc etc.

Hoje em dia, nós ainda percebemos a internet e, por isso, conversamos (e escrevemos) sobre ela, mas isso também mudará pois, como alertou Eric Schmidt, Chairman do Google, em Davos: “A internet desaparecerá”.

E isso já está acontecendo.

A internet é efetivamente percebida pelas atuais gerações, que aprenderam a acessar a web através do computador (antes desktop e, depois, laptop), equipamento hoje desnecessário para a maior parte do uso que se faz da internet.

Para a nova geração, que usa fundamentalmente smartphones, pouco importa como o acesso chega, seja Wi-Fi, 3G, 4G, Bluetooth, pois sua relação com a web começa a desaparecer, o que importa mesmo é o serviço consumido, a informação acessada, a compra, a reserva ou a transação realizada.

É a internet das coisas, sobre a qual já abordamos por aqui antes, que conectará todos os objetos e equipamentos utilizados pelas pessoas (de carros e eletrodomésticos a roupas e acessórios), permitindo um intercâmbio de informações muitas vezes maior do que presenciamos hoje, gerando possibilidades virtualmente infinitas.

Daí a importância do big data, de como lidar, gerar, transitar, encontrar, selecionar, armazenar e gerir essa massa infinita de dados.

Sim, ainda não sabemos onde tudo isso vai dar…

Mas é hora de tentar imaginar como estará o seu negócio nos próximos 10 anos, para evitar ser engolido pelos fatos e tentar surfar a nova onda, a rigor um tsunami, que vem chegando a partir deste ano.

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