Nem o mais afoito especialista em futurologia poderia prever o que está acontecendo no mercado brasileiro de viagens e turismo, e também no mundial, de 2010 para cá, mas em especial de 2015 em diante.
Fusão de concorrentes, fechamento de operadoras tradicionais, aquisição de consolidadoras, fusão de mega-OTAs, players se juntando (ou ameaçando se juntar), mega-empresas planejando monopolizar o mercado, agências tentando ser compradas (para não fechar), GDS vendendo OTA e buscando alinhamento com NDC, TMCs diversificando oferta de serviços (entre produção de eventos e gestão de despesas), entre outros movimentos ainda por serem divulgados, tudo isso para enfrentar a nova realidade da distribuição de viagens e turismo.
E essa nova realidade começou a se delinear por volta da virada do milênio, quando a internet começou a ser compreendida e seu potencial para a realização de negócios começou a ser pesquisado, testado, aplicado e explorado comercialmente.
Deu no que deu, ou seja, todas as atividades econômicas saíram transformadas neste processo, sem exceção, todas.
Seja no uso da web como meio de comunicação com o consumidor, na completa mudança do processo produtivo, da gestão das relações comerciais, na formalização contratual, no marketing, nos serviços financeiros, na consultoria de qualquer tipo, no ensino, etc etc etc.
Hoje em dia, nós ainda percebemos a internet e, por isso, conversamos (e escrevemos) sobre ela, mas isso também mudará pois, como alertou Eric Schmidt, Chairman do Google, em Davos: “A internet desaparecerá”.
E isso já está acontecendo.
A internet é efetivamente percebida pelas atuais gerações, que aprenderam a acessar a web através do computador (antes desktop e, depois, laptop), equipamento hoje desnecessário para a maior parte do uso que se faz da internet.
Para a nova geração, que usa fundamentalmente smartphones, pouco importa como o acesso chega, seja Wi-Fi, 3G, 4G, Bluetooth, pois sua relação com a web começa a desaparecer, o que importa mesmo é o serviço consumido, a informação acessada, a compra, a reserva ou a transação realizada.
É a internet das coisas, sobre a qual já abordamos por aqui antes, que conectará todos os objetos e equipamentos utilizados pelas pessoas (de carros e eletrodomésticos a roupas e acessórios), permitindo um intercâmbio de informações muitas vezes maior do que presenciamos hoje, gerando possibilidades virtualmente infinitas.
Daí a importância do big data, de como lidar, gerar, transitar, encontrar, selecionar, armazenar e gerir essa massa infinita de dados.
Sim, ainda não sabemos onde tudo isso vai dar…
Mas é hora de tentar imaginar como estará o seu negócio nos próximos 10 anos, para evitar ser engolido pelos fatos e tentar surfar a nova onda, a rigor um tsunami, que vem chegando a partir deste ano.
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