MAIS DINHEIRO PELO RALO

Esta foi a primeira frase que veio à minha cabeça quando li a notícia, na Globo.com, sobre a arrecadação esperada pelo governo, de R$ 21 Bilhões (isso mesmo, 21 Bilhões !!) decorrente do aumento do IOF, PIS, Cofins e Cide, entre outros “ajustes” anunciados pelo novo ministro da Fazenda.

“Estão brincando com o dinheiro do brasileiro”, foi o segundo pensamento, logo após o primeiro.

Muito fácil aumentar a receita por decreto para suprir a ineficácia de uma estrutura inchada, que emprega parceiros, familiares e amigos (não necessariamente nesta ordem), sem qualquer compromisso com resultados.

Será que esses burocratas sobreviveriam como gestores de uma empresa privada brasileira, onde a receita tem que ser maior do que a despesa?

São gestores especializados em super-salários, em vantagens diretas e indiretas, em auxílio moradia, em auxílio academia, em carros com motorista, em nepotismo, em funcionários fantasmas, em programas políticos que viciam a população sob a alcunha de interesse social, em desvio de dinheiro para campanhas eleitorais.

A atual política brasileira levou a outro patamar o significado da expressão bíblica “Mateus, primeiro os teus”.

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CORTES

Triste isso… Não se fala em outra coisa nas empresas.

Conversando, neste início de ano, com empresários de variados segmentos econômicos, de grandes e pequenas empresas, o assunto é esse: corte de investimentos, corte de funcionários, corte de despesas.

Para um país, que há menos de 5 anos, anunciava-se como a 6a. economia no mundo (à frente da “imperialista” Grã-Bretanha), o cenário é, no mínimo, triste…

Antes de escrever este texto, comentei com pessoas muito próximas, sobre a abordagem que pretendia dar a este post e a primeira reação, de todas, foi muito parecida:

– “Será que vale a pena divulgar uma visão tão negativa sobre a economia brasileira?”

Lembrou-me o comportamento do avestruz, que enfia a cabeça no buraco imaginando esconder-se do perigo iminente, apesar de deixar o corpanzil indefeso à mostra…

A verdade é uma só: somos um povo que só olha para o próprio umbigo (não me refiro ao umbigo da nação, mas ao umbigo de cada um, propriamente dito).

Os políticos pensam somente no seu próprio bem estar, no seu bolso, na sua família, na sua aposentadoria precoce, na remuneração absurda que recebem, paga com o dinheiro do povo que trabalha (essa gente que não se preparou para ser político ou, pelo menos, ser funcionário público).

Num cenário desses, o que resta às empresas e profissionais, contribuintes que trabalham para sustentar toda essa turma (políticos, funcionário públicos, contratados e janelados, do executivo, do legislativo e do judiciário, federal, estadual e municipal)???

Depois de descobrir o que o governo faz com uma empresa como a Petrobras, imagine o que ocorre com mais de 200 outras empresas e órgãos de governo federais…!!!

O espírito de desalento começa a grudar no “povo que faz”, essa gente “despreparada” que trabalha nas empresas privadas, grandes, médias, pequenas e micro, para manter de pé esta estrutura gigante, inchada e explosiva de 39 ministérios (!!!!!) e sabe-se lá quantas secretarias, superintendências, departamentos, gerências etc etc, uma orgia de gastos em cima de gastos, um desperdício de dinheiro público, um descalabro de despesas sem fim.

O pior exemplo vem de cima, de um governo que acredita que o gasto público cumpre o papel do investimento público (tsc, tsc, tsc), uma piada inventada por um partido que pretende centralizar todas as decisões, boas ou ruins, o importante é que sejam geradas na cabeça de um companheiro…

O que esperar de quem está abaixo?

Para 2015 até 2018, não vejo mesmo outra solução, será mesmo necessário cortar, controlar e priorizar despesas, não necessariamente nesta ordem.

A solução para a economia brasileira resistir até lá reside, uma vez mais, na iniciativa privada e no fortalecimento da classe média que, teimosa, sobrevive à revelia das ações paternalistas de um governo que, para alimentar seu projeto de perpetuação no poder, desestimula o empreendedorismo e estimula o ócio (de alguns), a ineficácia (de muitos) e o desemprego (de milhões).

O Brasil merece coisa melhor.

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PÉROLAS TUÍTADAS NO FINZINHO DE 2014

Gosto de observar e registrar frases repetidas pelas pessoas com as quais convivo, trabalho ou converso, mesmo que eventualmente.

Estas expressões fazem parte das crenças e valores de quem as profere, principalmente aquelas que são rotineira e frequentemente repetidas, às vezes sem que o narrador se dê conta ou que o interlocutor perceba.

São conceitos, dicas, teorias, princípios, enunciados, reflexões, corolários, teoremas, desafios, constatações, dogmas, ditados, provocações, certezas, dúvidas, respostas, sugestões, propostas, inconfidências, experiências e pensamentos de muitas pessoas, cujos significados são muito caros a cada uma delas.

Mesmo sabendo que algumas expressões não são inéditas, ou que o autor possa não perceber sua “autoria”, cito abaixo algumas que tuítei no finalzinho do ano, sem qualquer compromisso com a ordenação e, em alguns poucos casos, com o nome do autor protegido…

“Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.”
Princípio de Chronos

“A repetição é a mãe da retenção.”
Corolário de Quintanilha

“Desenvolvedor gênio faz código. Eu quero ver fazer dinheiro…”
Desafio de Sidney

“Pensar grande e não conseguir é melhor do que pensar pequeno e conseguir.”
Reflexão de Vabo Jr.

“Acreditamos em gestão das equipes, controle dos processos, responsabilidade e cumprimento das metas, todos os dias.”
Solange Vabo

“Ótimo lugar para trabalhar é onde você se orgulha do que faz, gosta das pessoas e confia na liderança.”
Great Place to Work

“Smartphone é igual a dinheiro, de vez em quando você tem que perguntar quem é mesmo o dono de quem.”
Constatação de Frejat

“Quanto mais importante uma lição, maior a chance dela ser esquecida.”
Dogma de Sifu

“Melhor pingar do que secar.”
Dica de Pinto

“O fluxo de desenvolvimento é um processo contínuo de descobertas.”
Ditado de Quintanilha

Mês que vem, tem mais…

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