COVID-19: NÃO VOU MUDAR MINHA AGENDA


Acho que sou um sujeito responsável, um pouco demais até, tenho atitudes e procedimentos de segurança muito próprios que, algumas vezes, tornam-me até um tanto chato para conviver.

Ainda bem que minha família e amigos próximos são tolerantes, entendem e aceitam o que chamam de minhas manias, mas que, na verdade, são hábitos bem disciplinados para redução de riscos, qualquer risco, na vida, nos negócios, na saúde, no dia-a-dia.

Isso não significa que não corro riscos, bem ao contrário, sou até chegado a encarar determinadas situações arriscadas, desde que minuciosamente analisadas e cuja relação chance X recompensa valham realmente a pena enfrentar.

Faço todo esse preâmbulo para afirmar que não vou mudar minha agenda nem meus hábitos por causa do coronavirus:

1) Vou para a Europa ainda em março e para os USA em maio.

2) Continuarei a lavar bem as mãos, da forma e na frequência adequadas, aliás como aprendi em casa e nunca deixei de fazer.

3) Evitarei gentilmente a proximidade com pessoas resfriadas, gripadas, espirrando ou tossindo, como também sempre fiz e continuareI a fazer mesmo após esta pandemia passar.

Manter hábitos saudáveis de convivência social e praticar comportamentos de redução de risco de contaminação são o caminho para evitar o coronavirus

4) Também continuarei a evitar locais com grandes aglomerações e isso definitivamente não inclui aviões, hotéis, passeios, reuniões e pequenos ou médios eventos corporativos.

Acho que cada um deve agir conforme a sua consciência e eu respeito a opinião e a decisão de todos que optarem por mudar seus hábitos, seus procedimentos e suas agendas, mas o fato é que a dengue (com epidemia no Paraná em 2020 e quase 800 mortes no Brasil e cerca de 1,5 milhão de doentes em 2019) e o sarampo (que voltou com força com 13.500 casos confirmados em 2019), entre outras doenças transmíssiveis, me preocupam muito mais.

O principal efeito nefasto do Covid-19 é mesmo o estado de quase pânico que uma parte da população mundial está entrando, tendência que eu considero advinda de 2 fatores:

1) É uma doença que não distingue ricos e pobres (e os ricos são os que andam mais assustados).

2) É uma ameaça viral (com duplo sentido) devido à disseminação do vírus e das notícias, em real time, via redes sociais e dramatização pela grande imprensa, sem qualquer tipo de barreira ou distinção de fronteiras.

Por estes e outros motivos, não vejo razões para este pânico viral, não vou deixar de viajar nem vou deixar de vender viagens, porque acredito mesmo que não seria o isolamento de pessoas saudáveis que evitaria a disseminação desta doença, mas isso teria potencial de gerar uma grave crise econômica (bem mais cruel), fato que nós, empresários do mercado de viagens e turismo, temos todos a responsabilidade de evitar.

.

Obs.: Para variar um pouco, confira aqui 10 boas notícias a respeito do coronavirus

.

QUAL ROBÔ TE AJUDOU HOJE?

Sim, os robôs estão em toda parte !

Pesquisa feita pela seguradora Zurich, em parceria com a Oxford, mostrou que 31,4% dos brasileiros têm medo de perder seu trabalho para a automação nos próximos cinco anos e desse total:

  • 39% têm um trabalho manual que envolve criatividade
  • 34,6% têm um trabalho manual rotineiro
  • 28,1% têm um trabalho intelectual de conhecimento
  • 26,6% têm um trabalho intelectual criativo

O presidente da Abracorp citou esta tendência no post desta semana no Espaço Abracorp, em que aborda o relacionamento desigual entre cias. aéreas, via IATA, e as agências de viagens: Garantir a entrega é tão importante quanto receber

Nesse ótimo texto, Prado afirma: “Não esperemos que a tecnologia faça tudo por nós, como alguns imaginam” e prossegue o vaticínio: “As mídias sociais e a Inteligência artificial têm presença crescente e marcante na vida das pessoas e das empresas.”

Na Black Friday de 2019, a Drogarias Venancio, a Procter & Gamble e a MyView realizaram a primeira entrega intermodal (aéreo + terrestre) de um produto no Brasil, através de um drone automatizado (sem piloto) e um robô terrestre (movido e geolocalizado por inteligência artificial). Neste caso, foram utilizados 2 robôs para realizar a entrega.

Eu pesquiso o assunto automação desde 1998, quando fui apresentado ao tema pela primeira vez e me apaixonei literalmente.

Naquela época, quem imaginou o futuro (que é hoje) com humanóides caminhando pelas ruas, trabalhando, dirigindo carros ou simplesmente convivendo com os seres humanos, errou feio, errou rude…!

Toda tentativa de humanizar máquinas, tornando-as “semelhantes” a seres humanos, tem o único propósito de facilitar a interface delas com os próprios seres humanos, pois os mecanismos com inteligência artificial são construídos para resolver problemas dos seres humanos, não para substitui-los.

Exatamente por isso, o termo “robô” refere-se a “dispositivo eletromecânico capaz de realizar trabalhos de maneira autônoma ou pré-programada”, segundo a definição da Wikipedia.

Ou seja, se a tarefa exigir somente inteligência e não movimento, “robô” pode também designar um software capaz de realizar trabalhos de maneira autônoma ou pré-programada, ou seja, neste caso um robô nada mais é do que um programa de computador – um código – desenvolvido e monitorado diariamente por programadores.

E é por isso que os robôs se multiplicam todos os dias em todas as áreas da vida cotidiana, com ou sem inteligência artificial.

Robôs atuam como garçons em restaurante na China

Em nosso mercado de viagens e turismo, robôs humanóides atendem, fazem checkin e checkout, carregam malas e entregam toalhas aos hóspedes em hotéis no Japão, entre outros países, desde 2015.

Hóspede é atendido por um robô ao fazer o checkin em hotel no Japão

Robôs simulam o comportamento de pilotos em simuladores de voo de última geração, para treinamento de operação de aeronaves de fabricantes como Boeing e Airbus.

Simuladores para treinamento de pilotos comerciais operam como robôs inteligentes e “sentem” o comportamento dos pilotos

Sistemas automatizados (ou robóticos) calculam o yield dos voos e a ocupação dos hotéis, definem tarifas dinâmicas baseados em inúmeras variáveis, rastreiam preços e disponibilidade de voos e hotéis em tempo real e notificam o agente de viagens ou o próprio cliente.

Web crawlers (robôs que varrem a internet) vasculham o inventário de cias. aéreas, operadoras e consolidadoras e comparam a oferta de serviços e preços, analisam dados, indicam, recomendam e até escolhem pelo usuário, baseado em seu perfil, em suas preferências pré-cadastradas e/ou pelo seu histórico de uso.

E mais recentemente, softwares inteligentes (robôs associados a sistemas complexos) reativam reservas aéreas momentos antes que expirem, facilitando a vida e gerando maior eficácia aos consultores de viagens corporativas, entre outros serviços automatizados pelo OBT.

O fato é que muitos outros robôs são criados e estão, neste exato momento, sendo desenvolvidos, não para substituir, mas para apoiar os serviços prestados pelos agentes de viagens, executando em poucos segundos, tarefas que demandariam horas ou dias de atenção e dedicação de um profissional.

E esta é a boa notícia: os robôs (autônomos, humanóides ou softwares) estão aí para nos ajudar e não para nos substituir, exatamente como ocorreu com a internet no passado, quando muitas pessoas se sentiram ameaçadas em seu emprego ou em seu negócio, até perceberem o quanto a web ajudou a humanidade, ao abrir novas e infinitas oportunidades.

Pare e pense: qual robô ajudou você hoje?

.

OTIMISMO INSUPORTÁVEL (NEM EU MESMO SUPORTO)

A ideia deste texto começou com um post descomprometido no Instagram, em que afirmo que em 2020 tudo será diferente: “2020 mudará quase tudo, pouca coisa será como antes, quer apostar?”

Não, não é um simples vaticínio de ano novo.

Após mais de uma década de patrulhamento cultural, que nos impôs uma avalanche de teses da esquerda (algumas compreensíveis e muitas absurdas), o ano de 2019 serviu para expurgar fantasmas.

E isso somente poderia ser feito por alguém com o mesmo viés (algumas teses compreensíveis e outras absurdas), mas no exato extremo oposto, ou seja, da direita.

Em 2020, respiraremos sem a ridícula referência do “politicamente correto”, um conceito inventado para desqualificar escolhas pelo senso comum, pois sob sua tese, ninguém precisaria ter bom senso, bastaria seguir a cartilha do PC (politicamente correto) para estar bem com a consciência, com a sociedade e, em alguns casos extremos, com a lei. Um absurdo que tivemos que aceitar, conviver e engolir.

Em 2020, sairemos da espiral econômica auto-destrutiva sem qualquer perspectiva de melhora (deficit público, inflação e desemprego crescentes) do governo anterior, para um atual cenário de crescimento econômico (redução de despesas públicas e de inflação, juros sob controle, desemprego em queda gradual, investimentos retornando aos poucos como deve ser) tudo ancorado em fundamentos econômicos concretos.

Em 2020, acreditaremos que temos sim um governo federal reativo à corrupção e combatendo o crime, reduzindo a leniência com o mal-feitor de qualquer espécie, origem ou tamanho, um benchmarking sendo seguido e perseguido pelas demais esferas da administração pública.

Em 2020, voltaremos a investir nos nossos negócios, seja porque finalmente acreditamos no novo ambiente econômico, ou porque os nossos negócios apresentam melhor expectativa de resultados do que qualquer aplicação financeira com o mínimo de controle de risco. “É o fim dos rentistas”, como apregoa o ministro Paulo Guedes: “Vamos tomar um pouco de risco e investir em produção…”

Em 2020, iniciaremos uma retomada do crescimento que, salvo pirotecnias políticas ou midiáticas (seja da oposição ou dos grupos de comunicação, ambos bastante incomodados com o iminente sucesso do Brasil), conquistará, passo-a-passo, os avanços sociais que todos desejamos, não através de políticas eleitoreiras que estimulam dependência econômica, mas da gradual evolução da formação e capacitação da sociedade brasileira (um processo lento), com consequente incremento da capacidade produtiva do país.

No curto prazo (até 10 anos), economia e justiça (incuindo segurança) são os temas que mais importam.

No médio prazo (até 20 anos), a união macional e o desenvolvimento social serão fundamentais ao nosso projeto de nação.

No longo prazo (acima de 20 anos), saúde e educação serão as políticas mais impactantes para a nação desenvolver-se de fato.

Com nossos atuais índices educacionais e de IDH, existe um gigantesco espaço para evolução, basta uma política obstinada na direção certa e poderemos ter, em uma à duas décadas, o Brasil que todos sonhamos para nosso filhos e netos e ele não passa, com absoluta certeza, por ultrapassadas teses socialistas.

.