O QUE RECOMENDO NA ABAV EXPO…

Interessante a mudança do nome da feira, uma busca da internacionalização (Exposition) sem perder suas origens (Exposição).

A ideia da Feira da ABAV sempre foi buscar o viajante de lazer, do Brasil e do exterior, resultado do quanto a ABAV é focada nas agências de viagens e turismo.

Por isso, nada mais natural (e até demorou a cair essa ficha) do espaço da Braztoa dentro da ABAV Expo, tudo a ver, economiza-se em eventos, fortalece-se o segmento e concentra-se esforços com prováveis melhores resultados.

Outro acerto tem sido a Ilha Corporativa da Abracorp (exceto o nome “ilha”, que denota separação, isolamento, o oposto da proposta de aproximação das TMCs – Travel Management Companies, do mercado), mas a ideia de um espaço dedicado à especialização da gestão de viagens corporativas, dentro da ABAV Expo, é mesmo vencedora, tamanha a quantidade de expositores interessados em participar do espaço, o que levou os organizadores a dobrar sua capacidade este ano.

A primeira edição, ainda no Riocentro em 2012, funcionou como um balão de ensaio, bem sucedido apesar da proposta de um ambiente fechado, exclusivo para os “hosted buyers” e associados Abracorp (talvez venha daí o nome “Ilha”), conceito devidamente revisado já no ano seguinte, no Anhembi em 2013, quando o espaço, aberto e democrático, foi um verdadeiro sucesso de expositores, de público e de negócios, sempre com o importante apoio e patrocínio da Gol.

Este ano, tudo indica que a Abracorp fará bonito outra vez, com prometidos 1.000 “hosted buyers” convidados das 32 agências de gestão de viagens corporativas associadas, que visitarão toda a ABAV Expo e, em especial, a “Ilha” Corporativa Abracorp, onde cerca de 30 expositores (cias. aéreas, hotéis e outros serviços, sobretudo os de tecnologia para gestão de viagens corporativas) mostrarão novidades e promoções exclusivas para a ABAV Expo.

A Vila do Saber é outra iniciativa que tem melhorado a cada ano e, nesta edição, convido-os a assistir ao painel:

Debate: Sustentabilidade, Certificações e o Agenciamento de Viagens

Quarta-Feira, 24/09/14, na Sala 06, das 10:30h às 12:00h

Debate sobre os reais resultados dos processos de certficação de qualidade e sustentabilidade para os agentes e seus clientes corporativos, moderado pelo maior especialista brasileiro no assunto, o João Carlos Noronha, com quem contribuirei como debatedor, baseado na trajetória da Solid Corporate Travel, certificada ISO 9001:2008 desde 2010, e que tem ZERO incidência de “Não Conformidades” em todas as Auditorias de recertificação.

Outro painel que destaco e indico na Vila do Saber:

Mobilidade & TI: Até que Ponto a Tecnologia é o Real Diferencial Competitivo?

Quinta-Feira, 25/09/14, na Sala 06, das 16:00h às 17:00h

Debate sobre a evolução tecnológica no setor, abordando os riscos e benefícios das inovações para TMCs e Clientes, moderado pelo Tadeu Cunha, Diretor de Negócios Travel do Reserve, Conselheiro da Alagev e Coordenador do Comitê de Tecnologia e Inovação da Abracorp e Alagev.

Meu resumo da ópera sobre o que será esta ABAV Expo: Braztoa, Abracorp, Vila do Saber e a participação ativa do Ministro do Turismo já valem o ingresso.

Última dica: não deixe de visitar a Ilha Corporativa Abracorp.

Boas novidades aguardam você lá.

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MINISTRO DO TURISMO NA ABRACORP: O QUE ESPERAR DESSA REUNIÃO?

Durante os anos em que somos associados à Abracorp, desde a sua fundação, (e do Favecc, desde 2002), participamos de muitas reuniões, assembleias, encontros, famtours, eventos, reuniões de conselho, onde sempre recebemos players importantes da indústria de viagens e turismo para apresentações e debates, sobre temas relevantes, com os associados.

Por isso, e para valorizar o tempo do visitante e dos associados, procuramos antecipar os temas a serem tratados, através de sugestões de assuntos a serem incluídos na pauta, os quais passam necessariamente por uma seleção por prioridades, tamanha a quantidade e diversidade de temas importantes em nosso mercado.

Com relação à participação do Ministro do Turismo na próxima reunião dos associados Abracorp, semana que vem, dentro da ABAV Expo, prevejo duas questões básicas, que permeiam a cabeça de quem está atento ao que acontece no mercado:

1) O que o Ministro do Turismo vai fazer na reunião da Abracorp?

2) O que a Abracorp vai debater com o Ministro do Turismo?

Eu mesmo tenho três perguntas para fazer ao Ministro (e o leitor frequente deste Blog já consegue deduzir quais são):

1 – Considerando a importância da transparência nas relações comerciais, o que falta para que a resolução do TCU seja cumprida pela ANAC, no sentido de obrigar as cias. aéreas a divulgarem a tarifa aérea no “boarding pass”?

2 – Se as estatísticas comprovam que, de cada 3 passageiros do transporte aéreo, 2 estão viajando a trabalho, por que o Ministério do Turismo não estabelece uma política específica para viagens corporativas?

3 – Relacionada à pergunta anterior, se o Ministério do Turismo somente se ocupa com turismo, que apesar do gigantismo da tarefa representa apenas 1/3 da demanda de viagens no Brasil, então podemos imaginar um futuro “Ministério das Viagens Corporativas”?

Ok, sei que são perguntas óbvias (embora não respondidas), mas não me ocorreram outras.

Se você tiver alguma outra questão a ser colocada ao Ministro, me avise, pois se eu tiver oportunidade de perguntar, esteja certo que publicarei a resposta aqui, no Blog Distribuindo Viagens.

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DADOS DO GBTA SUBESTIMAM O MERCADO BRASILEIRO

O título deste post pode parecer exagerado, mas reflete exatamente o que senti quando li a matéria do Panrotas “Gastos com viagens corporativas crescerão menos no País”.

Ok, os dados não são a opinião do GBTA ou sequer foram produzidos pelo GBTA, eu sei, mas quando uma associação promove ou divulga dados estatísticos e/ou de pesquisas produzidas “on demand”, ela está referendando esses dados e a leitura apresentada sobre esses mesmos dados.

É isso é bem diferente daquela história da empresa que contrata uma outra empresa para fazer uma “pesquisa de mercado” e o resultado – voilà ! – atesta aquilo que a empresa contratante esforça-se para comprovar, mas os fatos insistem em negar…

Obviamente que as estatísticas divulgadas pelo GBTA não são uma ação de marketing e merecem nossa maior atenção e respeito, e por isso, proponho uma análise e reflexão, à luz do nosso mercado de viagens corporativas, que naturalmente os empresários e gestores brasileiros conhecem mais do que nossos colegas norteamericanos.

Acho estranho o GBTA apresentar somente em setembro (quase final do ano), uma revisão (de 12,5% para 3,6%) da projeção de crescimento em 2014, do mercado de viagens a negócios no Brasil. Mais chances de acertar somente se esta revisão da projeção viesse em dezembro…

O fato é que não há novidade quanto ao recrudescimento da economia do Brasil em 2014 e isso foi destacado por outras associações de viagens corporativas, mais próximas de nossa realidade, como a ALAGEV e a ABRACORP, por exemplo, desde o início e ao longo do ano.

Apesar da projeção de crescimento de 12,3% do IEVC para 2014, divulgada no início de fevereiro, a Viviânne Martins (ALAGEV) vaticinou, naquele exato momento, que um crescimento do mercado de eventos e viagens corporativas no Brasil entre 4% e 5% já seria muito positivo este ano. Bingo !

O Edmar Bull (ABRACORP) vem anunciando trimestralmente os números de vendas das agências associadas (responsáveis por cerca de 40% de todo o volume negociado no mercado de viagens corporativas no Brasil), que cresceram exatos 5,5% no primeiro semestre de 2014 em relação a igual período do ano anterior. Outro bingo !

Ou seja, acompanhamos de perto o que fazemos por aqui e conseguimos efetivamente antecipar tendências, o que significa projetar dados com a antecedência que um bom planejamento estratégico demanda.

Por este motivo, respeitosamente sugiro que, para dados referentes à nossa indústria de eventos e viagens corporativas, o GBTA procure ouvir nossos institutos de pesquisa, nossas universidades e nossas associações de viagens corporativas, que conhecem muito bem o nosso mercado, a nossa economia e o nosso país, ao ponto de antecipar-se aos fatos, evitando assim ser atropelado por eles.

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