ABRACORP ONIPRESENTE

A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas, que reúne 29 das mais importantes TMCs do Brasil, sempre foi identificada com profissionalismo, relevância e referência de mercado, desde a sua fundação, e não há nenhuma novidade nisso.

Mas algo vem mudando recentemente, e pra melhor…

Sob orientação do Conselho de Administração, que deu continuidade aos projetos estratégicos de longo prazo lançados nas gestões anteriores, fato é que o retorno do Gervasio Tanabe, nosso experiente diretor executivo, tem feito uma grande diferença nos resultados da entidade.

Transparência e equilíbrio são características da governança moderna e responsável da Abracorp, capitaneada pelo Tanabe com a maestria de quem conhece o mercado (clientes e fornecedores), respeita o associado (são 29 chefes) e foca no futuro de forma obstinada (o hoje eu já tenho), com apoio de uma equipe tão reduzida quanto eficaz.

Os números da Abracorp são, inquestionavelmente, a mais importante referência do mercado de gestão de viagens corporativas brasileiro, divulgados pela imprensa especializada desde sempre e, mais recentemente, considerados por toda a grande imprensa (TVs, jornais, revistas, internet, mídias socias etc), de uma forma abrangente e intensa, no Brasil e no exterior.

Fruto de um trabalho que mescla reputação e prestígio (conquistas de longo prazo) com seriedade e coerência (práticas do dia-a-dia).

O ápice visível de todo este denodo com que cuidamos da Abracorp, pode ser visto através da postagem do presidente da República a respeito do crescimento do mercado de viagens corporativas no primeiro semestre de 2019, festejado como os primeiros sinais da recuperação econômica que, hoje, ninguém mais duvida que está chegando já no próximo ano.

Presidente referencia dados da Abracorp para mostrar primeiros sinais de crescimento econômico

O trabalho em 2018 e 2019 tem sido intenso, culminando com o lançamento dos programas IHC Abracorp (de Inovação, Habilidades e Competências) em parceria com a 4C Solutions e Universidade Anhembi Morumbi, cursos de capacitação abertos aos colaboradores das empresas clientes, das agências associadas e também para não associadas Abracorp, e Parceiro de Valor Abracorp, evento anual que premiará os principais fornecedores do mercado brasileiro de viagens corporativas, segundo 6 critérios qualitativos e objetivos de desempenho:

  • Guia de boas práticas Abracorp
  • Competitividade comercial
  • Eficiência e qualidade no atendimento operacional
  • Tecnologia e inovação
  • Diferenciação na oferta de benefícios
  • Atratividade de produtos

Caso você ainda não tenha assistido, conheça alguns detalhes destes programas, que chegam para impactar a indústria de gestão de viagens corporativas, nesta entrevista do diretor executivo da Abracorp ao editor-chefe e CCO da Panrotas.

Além dessas iniciativas, o 5o. Forum Abracorp, que ocorrerá dentro da ABAV Expo 2019, no Expo Center Norte, promete debates de altíssimo nível com a participação de especialistas atuantes no mercado de gestão de viagens corporativas, além da Ilha Corporativa Abracorp que, em parceria com a GOL, aglutinará também na ABAV Expo 2019, os expositores dedicados ao mercado de gestão de viagens corporativas.

Você não pode perder !

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ABAV MAIS PODEROSA

Este texto é continuidade do que postei em abril 2019, intitulado ABAV CADA VEZ MAIS INCLUSIVA, o qual concluí com uma frase catártica: “…estamos diante de uma oportunidade singular de iniciar a virada deste jogo e transformar a ABAV na maior associação empresarial do país, em quantidade de associados, força política e resultados”.

Não tenho dúvidas de que muitos leitores tiveram a estranha sensação de que eu estava exagerando, pois às vezes pode parecer que a nossa ABAV parece longe de ser a maior associação empresarial do país…

Será mesmo?

Sou associado ABAV desde 1995 e, desde então, acompanho com interesse o trabalho das diversas diretorias que por ali passaram, todas com características diferentes entre si, mas sempre movidas por tocar adiante o mais importante propósito que uma associação empresarial deve ter: manter a perpetuidade da atividade empresarial e o crescimento contínuo da entidade, nesta ordem.

Assim como a quase totalidade dos associados, sempre mantive um olhar crítico para algumas ações da ABAV, mas dispunha, na época, de pouca ou nenhuma oportunidade de expor as minhas ideias a respeito da gestão da entidade.

Somente após começar a escrever, em março de 2010, o blog Distribuindo Viagens (antecessor do atual B2B Tech), que tornei públicas algumas ideias e opiniões sobre nossa associação e, em especial, sobre nosso evento maior, a ABAV Expo, sempre buscando tecer comentários, críticos ou elogiosos, tão isentos quanto me pareciam possível, visando influenciar, de alguma forma, o objetivo de aprimorar tanto a entidade quanto o evento.

Mas foi na gestão do Antonio Azevedo que tive a chance de aproximar-me do grupo de agentes de viagens que a dirigiam à época, a partir do interesse do então presidente nas críticas e sugestões que eu fazia no Blog sobre a ABAV Expo, comentários que eu formulava enquanto agente de viagens associado, expositor de tecnologia e palestrante convidado para alguns dos eventos.

A partir daí, a minha relação direta com a ABAV Nacional começou a crescer, até que o Edmar Bull convidou-me a integrar sua chapa no final de 2015, depois o Carlos Palmeira, em seguida o Geraldo Rocha e, dando prosseguimento à gestão do Geraldo, participo atualmente da diretoria da Magda Nassar, onde enfrentamos o gigantesco desafio da modernização do estatuto como a principal forma de manter o crescimento contínuo da entidade.

Ou seja, assim como nossa atividade de agenciamento de viagens está em risco, também está a nossa entidade maior, respresentante associativa e, portanto, dependente da sobrevivência do agente de viagens.

Mas o que todos nós agentes de viagens precisamos alinhar é que, com a ABAV maior e mais fortalecida, aumentam consideravelmente as nossas chances de manter a perpetuidade da atividade empresarial.

E o curioso é que estamos num momento crucial de decisão, uma daquelas raras oportunidades históricas em que é preciso chacoalhar absolutamente tudo, a começar pelo estatuto da ABAV, um conjunto de normas e regulamentos que, apesar de sua importância até este momento, atualmente engessam sua governança, dificultam a busca de seus objetivos e complicam sua forma de atuar.

Acredito que tudo pode e deve ser objeto de revisão crítica, num amplo debate com a participação dos agentes de viagens de todos os estados da federação, de todos os segmentos, de todas as associações congêneres, de todas as forças políticas.

Não dá pra ficar de fora.

Eu acredito mesmo que a sobrevivência da atividade de agenciamento de viagens e turismo no Brasil passa pelo resultado desta revisão, que mostra-se mais urgente do que nunca, e já começou…

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BOBAGEM CULPAR AS CIAS. AÉREAS…

Não tenho, e nem quero ter, procuração para defender nenhuma cia. aérea, e tampouco acho que elas precisem, mas o que está rolando no mercado de transporte aéreo de passageiros no Brasil beira o surrealismo.

Talvez por tantos anos de cultura econômica protecionista (leis de proteção e reserva de mercado dessa ou daquela indústria) e intervencionista (diversos planos econômicos, todos milagrosos), nós, brasileiros, temos uma certa dificuldade em lidar, entender ou aceitar a economia de livre mercado.

Ou, pior ainda, aqui no nosso país, a flutuação de preços de um determinado produto ou serviço só é aceita e defendida quando nos beneficia, seja como consumidor (a oferta está grande e o preço caiu) ou como fornecedor de um produto ou serviço que o preço subiu. Nestes dois únicos casos, somos defensores ardorosos do livre mercado, desde criancinhas, mas em todos os demais casos, achamos um absurdo a empresa tal estar ganhando dinheiro em cima de um desequilíbrio, mesmo que momentâneo, da oferta de seu produto ou serviço no mercado.

A moda agora é culpar Gol, Azul e Latam pelo preço da ponte aérea (e outras rotas) terem subido em relação ao mesmo período do ano passado. Ora bolas, se reduziu a oferta de cias. aéreas fazendo essas rotas, o preço da passagem aérea vai aumentar, nada mais natural, direto e automático do que isso, gostemos ou não !

Definitivamente, a culpa não é dessas cias. aéreas, as quais estão simplesmente reacomodando sua oferta em relação aos espaços (de rotas e de preços) que a Avianca deixou pra trás e, portanto, ganhando algum dinheiro com isso. E isso ocorreria se você, eu ou o Paulo Guedes fosse o presidente de qualquer uma das cias. aéreas citadas…

E elas o fazem através de sofisticados softwares que monitoram, praticamente em tempo real, a procura por determinado trecho, a oferta e a precificação da concorrência, o histórico de sazonalidade e a evolução das reservas e emissão de bilhetes para cada voo em relação à ocupação prevista, entre muitas outras variáveis. Não vão agora me dizer então que a culpa é da tecnologia…

Quem tem que se preocupar (e ser responsabilizado) com o equilíbrio entre oferta e procura de um dado segmento econômico é o governo, que tem delegação da sociedade para regular este e todos os demais mercados, neste caso através da ANAC, do Cade, e demais órgãos responsáveis pela livre concorrência.

Cias. aéreas e redes hoteleiras são empreendimentos intensivos em capital e, ambos, de alto risco devido à sua altíssima volatilidade (assento e apartamento vazios são irrecuperáveis). Assim como a hotelaria tem amargado imensa dificuldade desde a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, também as cias. aéreas vivem no fio da navalha, revezando exercícios com balanço vermelho ou azul e basta um aumento no ICMS do combustível (ou uma redução de um estado em relação a outro), para o jogo mudar completamente…

Não é mercado para desavisados.

Ninguém aumentaria os preços se não houvesse quem pagasse e ninguém pagaria, se não valesse a pena pagar. Isso não é ganância, como insistem alguns, pois as cias. aéreas são empresas privadas, com corpo de acionistas que cobram resultados, num mercado em que as tarifas aéreas flutuam livremente, conforme a demanda. Este processo deve ser chamado de livre concorrência.

Deixemos o mercado se reacomodar naturalmente, pela lei da oferta e da procura e, enquanto isso, cobremos das autoridades mais velocidade na desregulamentação e na captação de novos players para participarem deste nosso jogo doméstico.

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