OS JOVENS BRASILEIROS VÃO DESTRUIR O BRASIL?

Calma ! Antes de se revoltar com o título deste post, saiba que é uma referência ao título de texto de autoria de Daniel Scott, publicado em 14/06/2018, como contraponto à reportagem de capa da revista Época O PODER DOS ULTRAJOVENS, publicada em 24/05/18 e atualizada em 11/06/18, que viralizou entre os nascidos de 1980 a 2000 (muitos já nem tão jovens assim.

Reproduzo aqui o texto do Daniel, tanto porque o achei pertinente e atualíssimo, quanto porque abordei este mesmo tema, sob outro contexto, mas na mesmíssima linha de raciocínio, no post A ERA DA ABUNDÂNCIA, publicado em 09/04/2018, aqui no Blog B2BTech.

“POR QUE OS ULTRAJOVENS AINDA VÃO DESTRUIR O PAÍS

Há alguns dias, a revista Época publicou uma edição que viralizou nas redes sociais. Centrando no tema dos ultrajovens, o grande destaque foi a capa criativa. Apesar de terem feito um bom trabalho com a ilustração, o artigo em destaque não foi à altura. Mas traz pontos interessantes, a partir dos quais é possível fazer algumas reflexões:

Enquanto países desenvolvidos estão focados em ensinar aos seus jovens inteligência artificial, machine learning, big data e outros assuntos pertinentes, por aqui ainda estamos presos em discussões que não têm relevância econômica alguma, como identidade de gênero ou saber se mulher branca usar turbante é apropriação cultural. São discussões que, embora sejam consideráveis, simplesmente não ajudam a desenvolver um país onde 70% da população é analfabeta funcional.

Temas que geram crescimento e produtividade de uma nação não são priorizados pelos jovens brasileiros, que optam por carreiras não relacionadas à produção de riquezas

O resultado é que, pela ignorância gerada, nossos jovens crescem acreditando que salário é uma benevolência do empregador e não uma função da produtividade e da sua disposição de assumir riscos.

Com isso, creem que o fato de não conseguirem comprar coisas é porque as empresas não querem dar remunerações altas, quando a realidade é que nossos jovens são menos capacitados que beagles de laboratório.

Basta ver os cursos universitários mais concorridos nos EUA ou Europa e aqui no Brasil. Por lá é engenharia, business, management ou tecnologia. Já por aqui são cursos de humanas.

É claro, o adolescente que se formou no ensino médio sem saber a tabuada nem conseguir interpretar um artigo acadêmico não tem outra chance na vida a não ser fazer vestibular de Ciências Sociais ou Pedagogia na Uniskina ou qualquer outra coisa do tipo.

Não que não sejam profissões dignas, mas não geram valor econômico. Sobretudo por estarmos já saturados de profissionais desse mesmo perfil. Esses que, como num magnífico esquema de pirâmide, vão trabalhar ensinando mais jovens a entrarem nessas profissões e perpetuar o ciclo. Enfim nos tornaremos o país que não produz tecnologia, mas está repleto de sociólogos e pedagogos.

Quanto custa o outfit dos ultrajovens?
Mas não precisa nem ir tão longe para entender a idiotização dessa geração. Basta ver o vídeo que viralizou entre esses ultrajovens abastados nessa semana.
Intitulado “Quanto custa o outfit“, o vídeo entrevista jovens que falam sobre o valor das suas peças de vestuário. Entre cintos feitos com fitas daquelas de cena de crime e relógios que valem mais que um carro, adolescentes glorificam a ostentação, mesmo sem possuírem um capital cultural compatível ou sequer um trabalho que sustente esse estilo de vida. São jovens que não sabem conjugar o verbo “variar”, mas usam pulseiras de 4 mil reais para ir à balada.

Paralelamente, estamos na rabeira mundial do ranking de P&D, enquanto nossos melhores engenheiros, administradores e profissionais de tecnologia estão se mandando para fora em ritmo acelerado. Todos os dias, perdemos milhares dos nossos “cérebros”.

Os jovens brasileiros são campeões de despreparo, improdutividade e desinteresse pelo trabalho, realimentando o atraso econômico do país

Veja, é uma equação simples: o tempo de um aluno é limitado. Quanto mais horas ele passa aprendendo sobre diversidade cultural, menos horas ele passa aprendendo sobre matemática, literatura, física, etc.

Como consequência, quando chegam no mercado de trabalho, os jovens descobrem que o resto do mundo não importa os dois maiores produtos brasileiros: textão no Facebook e vídeos motivacionais.

Ninguém lá fora está interessado em debater se devemos usar “x” no final de palavras com dois gêneros, muito menos em acampar no frio para apoiar criminosos condenados.

Lá no primeiro mundo, as pessoas só pensam em uma coisa: produzir. Produção gera riqueza, gera igualdade, reduz a violência e, em última instância, traz mais diversidade social do que de fato ensinar diversidade nas escolas.

Já por aqui, a nova geração estará preocupada em tirar selfies e engajar em lutas contra os canudinhos, enquanto espera que políticos populistas a sustente por toda vida. E assim seguiremos, com nossos jovens perpetuando eleições de Lulas, Bolsonaros, Dilmas e Temeres (sim, vice também é eleito) ainda por muitas décadas.”

LIÇÃO DAS URNAS

Os resultados do primeiro turno das eleições brasileiras são um claro indicador do rumo que o povo brasileiro deseja para o país: LIBERALISMO.

Em MG, o candidato Zema do NOVO deu uma surra em Anastasia do PSDB e em Pimentel do PT, ambos egressos da velha escola de fazer política e lançando a maior suspeita sobre os institutos de pesquisa que o apontavam na 4a. posição. Tudo indica que Zema será escolhido para governar os mineiros.

No RJ, o novato candidato Witzel do PSC deu outra surra em Paes do DEM e em Romario do PODEMOS, apesar das pesquisas que indicavam que eles refariam a velha dupla do forno x frigideira, que o carioca até se acostumou a encarar no segundo turno. Também o mais provável será a vitória do juiz, livrando os cariocas do estigma da esquerda festiva populista que perdura há decádas e levou o estado do Rio ao caos absoluto em que se encontra.

Em SP, Doria do PSDB ampliou a vantagem que apresentava nas pesquisas sobre França do PSB e Skaf do MDB, reafirmando o que o eleitor deseja e tudo aquilo que ele não aceita mais. Apesar da rejeição ao seu estilo e à sua abrupta e vertiginosa popularidade (que incomoda muita gente), Doria provavelmente será eleito no segundo turno.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, aquele dia que você nunca imaginou que aconteceria finalmente chegou !

O eleitor carioca promoveu uma cirúrgica seleção de quem deveria ser excluído do processo político

Não propriamente por quem elegemos, pois esses ainda vão mostrar ao que vieram, mas pelo esforço de renovação e exclusão do “nepotismo político”, não elegemos o filho do Cabral, nem o filho do Crivela, nem o filho do Picciani, nem a filha do Roberto Jefferson, nem a filha do Cunha, nem o Lindiberg Farias, nem o Cesar Maia, nem o Miro Teixeira e Garotinho foi impedido de concorrer.

Colocamos um juiz novato na política como favorito à disputa pelo governo do Rio no segundo turno, com reais chances de atropelar Eduardo “Maricá” “Ciclovia” Paes.

O PT e os partidos de esquerda já são os grandes derrotados nas eleições 2018

Dos nossos 46 deputados federais eleitos pelo RJ, apenas 5 são de partidos de esquerda (PT, PSOL e PCdoB), o que, por si só, já é motivo para o carioca comemorar.

Renova Rio, Renova Brasil !

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SOBRE A REJEIÇÃO A ELE

Desculpem, eu bem que tentei, mas eu não poderia deixar de postar sobre as eleições presidenciais 2018…

Tenho deixado claro, desde sempre, que votarei no João Amoedo no primeiro turno, por alinhamento de ideias, propostas e programa de governo.

O Partido NOVO me representa, algumas de suas ideias são até modernas demais para um país como o nosso, mas são ideias em que acredito e, por isso, rejeito o tal do voto útil no primeiro turno (e não me venham com patrulhamento, por favor).

Para o segundo turno, a se confirmar a polarização entre esquerda e direita, não tenho dúvida alguma em quem votarei, apesar de, neste caso, eu não perceber um completo alinhamento de minhas convicções com as ideias, propostas e programa de governo do candidato que, dizem as pesquisas, além de liderar a corrida presidencial, detém o maior índice de rejeição entre todos.

Numa eleição em que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad apresenta-se como a nova Dilma ou “o novo poste de Lula”, o deputado federal Jair Bolsonaro simboliza todo o sentimento anti-PT reprimido na sociedade brasileira

Refletindo sobre isso e conversando com meus gurus políticos (Vabo Jr, Solange e alguns amigos), reuni alguns conceitos que ouvi e desenvolvi a respeito desta minha rejeição ao candidato que é líder das pesquisas, apesar de não ter participado dos debates em setembro, de não ter tempo decente de TV, nem verba pública (ou privada) milionárias para gastar.

Como no Rio de Janeiro já nos acostumamos a ter que fazer escolhas difíceis no segundo turno (e anular o votar não é uma delas), estes são os conceitos que nortearão a minha decisão no segundo turno desta eleição presidencial:

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição pela corrupção.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição de ver o país governado de dentro da prisão por um candidato condenado em duplo grau de jurisdição, assim como ocorre com líderes de facções criminosas.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que os ensinamentos que recebi de meus pais sobre não subtrair aquilo que é dos outros.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que os princípios de educação que aprendi quando criança nos bancos das escolas, na época em que escola ensinava o que era papel da escola.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha indignação com a inversão de valores existentes em nossa sociedade atual.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que meu medo de viver o que já estão vivendo as populações da Venezuela, Bolívia e Cuba.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha indignação com cada escândalo de corrupção e desonestidade revelados na Lava-Jato.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição pela violência.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que meu pânico de viver numa sociedade insegura, em que audiências de custódias são criadas para soltar aqueles que deveriam pagar por seus crimes.

Que minha rejeição por ele não me leve a aceitar a demonização da polícia e a santificação do bandido.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha defesa da família como estrutura básica da sociedade.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha repulsa ao mal que as drogas tem causado às famílias brasileiras.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição ao desemprego.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha esperança de ter um país melhor para viver.

Que minha rejeição por ele não ofusque minha capacidade crítica de apurar tudo o que é tendencioso na mídia.

Que minha rejeição por ele não permita que temas de responsabilidade do poder legislativo, como ideologia de gênero, racismo, machismo e feminismo, sejam usados para confundir o eleitor na escolha do líder do poder executivo.

Que minha rejeição por ele não me faça esquecer de quem levou o Brasil à atual crise econômica, ao desemprego, à violência, à corrupção, à saúde precária e à educação ineficiente, e de que esses são os temas de responsabilidade do poder executivo.

Que minha rejeição por ele não me faça esquecer a minha essência e o que realmente importa para mim, para minha família e para o meu país.

Boa eleição a todos !

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