GERAÇÃO “Y” DIANTE DA CRISE: E AGORA?

Já debatemos muito sobre a geração Y por aqui, inclusive sobre a antecessora geração X e as sucessoras gerações Z e Alpha, caracterizadas conforme a imagem abaixo:

As diferentes gerações Baby-Boomer, X, Y, Z e Alpha
As diferentes gerações Baby-Boomer, X, Y, Z e Alpha

A questão agora é que os profissionais da geração Y, conhecidos pela flexibilidade, pelo autocentrismo, pela instantaneidade e pelo pensamento não linear, não são mais garotos (alguns já estão chegando aos 35 anos) e chegam a posições de liderança nas empresas em que atuam, algumas dessas empresas criadas por empreendedores da mesma geração, mas a maioria fundada e gerida por integrantes da geração X e até baby-boomers.

Até aí tudo bem, tudo dentro do script, pois a turma da geração Y foi moldada para ter certeza de que está destinada ao sucesso rápido, consequência do progresso econômico durante o qual cresceu (e apareceu), bem como do avanço tecnológico deste início de século.

De repente, justamente quando conquistam a oportunidade de fazer a diferença e de efetivamente liderar um projeto, uma equipe ou mesmo uma empresa, encontram-se diante do clássico conflito da decisão, aquele ato tão solitário que não aceita compartilhamento e, por isso, não sabem bem o que fazer…

Além disso, não conviveram com um cenário de crise econômica, nunca encararam o desafio do desemprego, e não sabem o que é precificação num ambiente inflacionário, pois não somente não foram preparados para nada disso, como não sentiram esses problemas na própria pele.

E agora, galera?

O fato é que a atual crise econômica brasileira (a tal da marolinha que virou onda) já levou muitas empresas a substituírem profissionais experientes (e caros) pelos novos valores que demonstram potencial de evolução, o que acabou por ajudar a abrir as portas, gerar novas oportunidades e lapidar desafios para essa geração, tão questionadora quanto sedenta por mostrar ao que veio.

Pois bem, não tenham dúvidas, a oportunidade é esta, aqui e agora.

A roda parou, vai encarar?

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LULA TENTA SE DESCOLAR DE DILMA

Matéria d’O Globo de sábado, 20/06/15, destaca confissão de Lula a religiosos, durante evento dentro do instituto que leva seu nome, em São Paulo.

Deste desabafo, em tom característico do ex-presidente, chamaram-me atenção algumas afirmações (ou seriam bravatas?) que indicam que Lula está tentando se descolar da presidente e de sua péssima gestão, numa precoce preparação para sua própria candidatura em 2018 ou, mais provável, pelo desespero provocado pelas recentes prisões da Operação Lava-Jato.

Observe estas frases e reflita sobre as reais intenções de Lula:

— Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto…

— Acabamos de fazer uma pesquisa em Santo André e São Bernardo e a nossa rejeição chega a 75%. Entreguei esta pesquisa para Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo.

— Nós tivemos as eleições no dia 26 de outubro. De lá pra cá, …qual é a noticia boa que nós demos para este país?

— Eu fiz essa pergunta para Dilma: “Companheira, você lembra qual foi a última notícia boa que demos ao Brasil?” E ela não lembrava. Como nenhum ministro lembrava. Como eu tinha estado com seis senadores, e eles não lembravam. Como eu tinha estado com 16 deputados federais, e eles não lembravam. Como eu estive com a CUT, e ninguém lembrava.

— Primeiro: inflação. Segundo: aumento da conta de água, que dobrou. Terceiro: aumento da conta de luz, que para algumas pessoas triplicou. Quarto: aumento da gasolina, do diesel, aumento do dólar, aumento das denúncias de corrupção…

— E o anúncio de que ia mexer na pensão, na aposentadoria dos trabalhadores.

— Tem uma frase da companheira Dilma que é sagrada: “Eu não mexo no direito dos trabalhadores nem que a vaca tussa”. E mexeu.

— Tem outra frase, que é marcante, que é a frase que diz o seguinte: “Eu não vou fazer ajuste, ajuste é coisa de tucano”. E fez.

As falhas grosseiras da gestão de Dilma e do PT não são novidade para ninguém, mas mesmo não tendo citado todas, Lula tenta dar algum sinal para os eleitores (e para o próprio PT) de que ele não tem nada a ver com o descalabro que está aí.

E o pior é que pode existir quem acredite nessa história da carochinha…

É como a fábula em que o Dr. Frankenstein defende sua criatura contra tudo e contra todos, até o momento em que percebe que o monstro transfigurou-se e que sua estupidez o ameaça diretamente e, então, abandona-o e passa a defender-se de sua existência.

Tudo indica que os finais das duas histórias também serão iguais…

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SOBRE LISTAS, BOATOS, FRAUDES E VESTAIS

Caraca, são muitas notícias negativas para um único semestre !

Além dos casos conhecidos, há muitas outras empresas em dificuldades, muita gente séria vendendo o almoço pra pagar o jantar, muitos experientes profissionais fora do mercado, muita gente falando besteira e, pior, muita gente acreditando.

Propostas de listas negras, seja de maus pagadores, de maus profissionais ou de maus prestadores de serviço, tudo isso cheira a arrogância de quem pousa de vestal, mas não aceita assumir o risco do negócio e/ou não aplica processos eficazes de análise de crédito, e julga-se acima do bem e do mal.

Poderão estar numa lista amanhã…

Falar mal do outro, em especial de um concorrente, é estratégia velha e corroída, mas ainda utilizada por quem não tem outra melhor, pois nada mais inadministrável do que uma bola de neve, o estouro da boiada, o linchamento sem julgamento.

Mentir, um dos 7 pecados capitais (talvez o pecado mais frequente), apesar de situar-se no limiar da fraude, torna-se arma corriqueira num mercado que, nas vacas gordas, não consegue diferenciar “markup” de “makeup”, não deixa de cobrar DU junto com “transaction fee”, continua aplicando “full fare”, mesmo com disponibilidade da promocional.

Imagine então o que este mesmo mercado é capaz de fazer durante as vacas magras…

Tudo pela sobrevivência, este argumento que tudo permite em seu nome, afinal se o negócio não sobreviver, de que terá valido a pena?

Não, não pretendo aqui dar sermão, pois ninguém é santo, na verdade somos todos empresários e estamos em busca da mesma coisa: resultados.

Mas há que se perguntar: a que preço?

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