OPM DA HARVARD BUSINESS SCHOOL

Eu achei pomposo o nome desse curso, típico da cultura americana de marketear tudo: Owner/President Management…

Mas por ser ministrado pela Harvard Business School, universidade Top nos EUA e Top 5 no mundo, resolvi entender o público alvo, a motivação e, principalmente, a percepção dos participantes que concluíram o curso.

Resumidamente o OPM é um curso 3 x 3, ou seja, são três semanas de um determinado mês, durante três anos, mas são 21 dias intensos, dedicados, exclusivos, focados, imersos em estudo de casos, os tais “cases”…

E não tem casinho, só negócios disruptivos, fora da caixa, que fogem do status quo, sejam da Nigéria, da Índia, ou do Cazaquistão…

Leitura prévia para debate em aula
Leitura prévia para debate em aula

Para começar, tão logo inscrito e aceito por Harvard (a confirmação da inscrição é um capítulo à parte), o aluno (comprovadamente presidente, fundador e/ou proprietário de uma empresa de tamanho X), recebe material suficiente para ocupá-lo durante semanas, em leitura, análises e relatórios, que serão objeto de debate em sala de aula.

Sempre “cases” de negócios bem sucedidos nos quatro cantos do mundo redondo.

Para se ter uma ideia da diversidade de uma turma do OPM, segue a relação dos países de origem dos alunos que compõem a turma do Vabo Júnior, cuja primeira fase (3 semanas do primeiro ano) será concluída no próximo fim de semana:

Turkey
Switzerland
Nigeria
Australia
India
Saudi Arabia
USA
Brazil
Portugal
Ecuador
Philippines
Russia
Canada
England
Dubai
Panama
Mexico
South Africa
Hong Kong
Venezuela
China
Israel
Belgium
Germany
Lebanon
Pakistan
Malaysia
Honduras
Argentina
Namibia
Spain
New Zealand
Singapore
Kazaquistao
Czech Republic
France

Dentro desta turma, há um israelense (60y) fundador e CEO do maior “private equity” do mundo, um nigeriano (50y) dono de empresa de petróleo, um alemão (40y) especialista em M&A, um indiano (38y) comerciante de madeira no Oriente Médio, um mexicano (35y) dono de rede de farmácias, etc etc etc.

Do Brasil, além de Vabo Jr. (29y) CEO de empresa focada em ecommerce e novas tecnologias, alguns outros jovens executivos, entre sucessores das Casas Bahia e Grupo Votorantim a empresários de startups, especialmente de empresas de internet.

Uma turma diversificada, com idiomas, crenças e culturas completamente diferentes, comprovando que, independentemente do estágio de desenvolvimento de seu país de origem, a sede de conhecimento é universal e a capacidade de aprendizado compartilhado, infinita.

Visão da sala de aula, em formato auditório, da perspectiva de Vabo Jr
Visão da sala de aula, em formato auditório, na perspectiva de Vabo Jr a partir de sua posição no início do curso
Folder de divulgação dos princípios da Harvard Business School espalhados pelo campus
Folder de divulgação dos princípios de Harvard espalhados pelo campus
Mestres inspirados e inspiradores
Mestres inspirados e inspiradores
Empreendedores da Dhamani, presentes na aula sobre o caso da Joalheria Dhamani
Empreendedores da Dhamani, presentes na aula sobre o caso da Joalheria Dhamani
Vabo Junior em aula, feliz igual a criança no parque de diversões...
Vabo Junior em aula, feliz igual a criança no parque de diversões…
Estudo do "case" Cirque du Soleil
Estudo do “case” Cirque du Soleil
Placa de ageadecimento a um brasileiro benemérito da instituição
Placa de agradecimento a um brasileiro benemérito da instituição
Case da China
Estudo de caso sobre o crescimento da China
Vabo Jr na cara do gol
Vabo Jr chega “na cara do gol” na terceira semana do curso…

Nota do autor: Este é o segundo de 3 posts que reportarão a experiência, em tempo real, de um jovem empreendedor brasileiro cursando extensão em Harvard, no mês de maio de 2015.

O primeiro post pode ser lido aqui: HARVARD INNOVATION LAB

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A NASCIMENTO E O IMPACTO NA DISTRIBUIÇÃO

A teia de distribuição dos serviços de viagens é complexa, integrada e interdependente, e não me refiro aqui somente aos sistemas de reservas ou mesmo aos contratos cruzados entre os diversos players, cias. aéreas, hotéis, operadoras e agências de viagens, entre outros.

A principal complexidade de nosso mercado de viagens e turismo reside justamente na sensibilidade de um negócio que sobrevive (e se expande) baseado na confiança entre as pessoas.

A Nascimento nasceu, cresceu e se agigantou a partir de muito trabalho, baseado do nome, crédito e confiança inspirados pela figura, trajetória e reputação de seu fundador, que deu seu próprio nome à operadora, caso em que empresa e empresário se confundem ou melhor, se fundem numa só imagem.

Isto é bom para o mercado, ótimo mesmo, mas somente quando os negócios vão bem…

Um pedido de recuperação judicial de uma empresa do porte e, mais importante, da imagem da Nascimento, uma marca forte, conhecida, de uma operadora séria, de empresários sérios e dedicados ao negócio, simplesmente mexe com o subconsciente de todo o mercado de distribuição de viagens e turismo.

Diante de uma ocorrência desta envergadura, para retomar o ritmo normal dos negócios, que já andam bem complicados pela crise econômica petista, as agências de viagens colocam um pé atrás, os operadores internacionais colocam dois pés atrás, as redes hoteleiras ficam ariscas, as cias. aéreas (bem, as cias. aéreas são um caso à parte em sua estratégia de distribuição no Brasil) e, por fim, os clientes passam a desconfiar de tudo e de todos.

Não é por outro motivo que todas as entidades representativas do mercado de viagens e turismo vieram à público manifestar-se, de alguma forma, a respeito do assunto, seja para orientar os agentes de viagens, esclarecer o público consumidor ou simplesmente marcar posição (de alerta) a respeito do ocorrido.

O fato inquestionável (embora ainda há quem questione) é que a atividade de comercializar serviços de viagens e de turismo já mudou, não porque os novos empreendedores da internet assim planejaram, mas porque é isso que o consumidor deseja e a internet permite.

A esse respeito, é emblemática (e constrangedora) a forma como a jornalista Mara Luquet se desculpa, ao vivo na Globo News (vídeo abaixo), sobre sua visão a respeito do valor da atividade do agente de viagens, e mais constrangedora ainda é o curto comentário do jornalista Jorge Pontual, correspondente em New York, que quase no final do vídeo, explica de forma tão simples, quanto contundente, o seu ponto de vista sobre a nossa atividade profissional.

Para concordar or discordar, vale a pena assistir…

http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-em-pauta/videos/t/todos-os-videos/v/mara-luquet-comenta-a-compra-de-passagens-aereas/4195894/

Podemos gostar ou detestar o que dizem, mas a franqueza desta conversa descompromissada, nos leva a pensar…

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HARVARD INNOVATION LAB

Abordar inovação, um tema que faz parte do DNA de nossa empresa, é muita responsabilidade, a começar pelo conceito de inovação em si, que varia muito, conforme a interpretação e, às vezes, o interesse de cada um.

Portanto, não trataremos aqui do conceito de inovação, nem mesmo de alguma inovação propriamente, mas de um ambiente propício e estimulador do espírito inovador.

As grandes empresas reconhecidamente inovadoras, como a Apple, a Microsoft e o Google (apenas para citar alguns exemplos bem conhecidos) costumam ser festejadas também por oferecerem um ambiente de trabalho que estimula a liberdade de pensamento, a criatividade e o experimento.

Todas essas empresas investem bastante em laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, que costumam chamar resumidamente Lab, com versões em instalações físicas e diversas variações online, virtuais, open space, collaborative, etc.

É um tal de Google Lab, Microsoft Lab, Apple Lab, conceito que inspirou milhares de empresas, de todo tamanho, a multiplicarem essa ideia em todo o mundo (daí o nosso Reserve Lab), cujo principal objetivo é justamente este: estimular o espírito inovador.

Na verdade, este tipo de iniciativa corporativa remonta ao início do século passado, quando empresas norte-americanas e europeias já investiam em departamentos ou núcleos de P&D, visando o desenvolvimento e aprimoramento de seus produtos, da mesma forma que os japoneses intensificaram esta prática, após a segunda guerra mundial.

Mas é o conceito moderno de Lab que bomba atualmente, e é tão vencedor que fez o trajeto inverso: saiu do mercado para a academia e as universidades passaram a alocar orçamentos especiais, que permitiram a criação destes espaços para incentivar a produção de ideias, projetos, tecnologias (disruptivas ou não), sistemas, serviços e produtos inovadores.

Um desses laboratórios universitários, recém-criado (é de 2011), e que já desponta com algumas das mais recentes criações da indústria do software (entre outras), é o Harvard Innovation Lab, ligado à Harvard Business School, escola da tradicionalíssima universidade de Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos.

No próximo post, mostrarei um pouco da experiência, compartilhada em tempo real por Luís Vabo Júnior, que está, nesta e nas próximas semanas, cursando o OPM – Owner/President Management da Harvard Business School, uma oportunidade incrível de capacitação e contato com o que há de mais inovador em gestão, tecnologia, economia, comportamento, empreendedorismo etc. em todo o mundo.

Convido você a acompanhar por aqui esta saga, a partir do próximo post.

Vabo Jr na entrada do Harvard Innovation Lab, também conhecido como Hi
Vabo Jr na entrada do Harvard Innovation Lab, também conhecido como Hi
Welcome no momento do check in no Hi
Welcome no momento do check in no Hi
Mesa típica de um pesquisador do Hi
Mesa típica de um pesquisador do laboratório de inovações de Harvard
Desenvolvimento de novas ideias
Desenvolvimento de novas ideias no Hi
Novos estudantes
Os novos estudantes se encantam com os projetos do Hi

Nota do autor: Este é o primeiro de 3 posts que reportarão a experiência, em tempo real, de um jovem empreendedor brasileiro cursando extensão em Harvard, neste mês de maio de 2015.

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