ABAV CADA VEZ MAIS INCLUSIVA

Sempre participei de associações de classe relacionadas às nossas atividades empresariais, geralmente como integrante da diretoria, em cargos com pomposos títulos de diretor ou vice-presidente de alguma coisa, sempre contribuindo com a gestão de um colega em quem acredito e cujo projeto eu apoio.

Na política, vice-presidente é aquela função estranha, de quem está ali para ocupar o cargo do presidente no caso de seu impedimento, temporário ou permanente. Em associações é um pouco diferente, pelo menos nessas em que busco participar ativamente, onde o que se espera do vice-presidente é contribuir com a visão estratégica e apoiar sua execução de forma alinhada com a gestão vigente, trabalhando com interesse, motivação e algum denodo.

Poucas atividades empresariais reúnem tanta doação pessoal quanto o cargo efetivo numa associação de classe, onde você atua em prol do mercado ou, em última análise, você trabalha para os clientes, para os fornecedores e também para os seus concorrentes.

Parece estranho mas é isso mesmo, ao trabalhar pelo desenvolvimento do mercado, você ajuda a sua empresa, seus clientes e seu fornecedores, ao mesmo tempo em que também favorece todos os seus concorrentes, alguns que estão ali ao seu lado com o mesmo propósito, além de todos aqueles associados que não participam ativamente e de todos os outros empresários que nem associados são, apesar de atuarem na mesma atividade econômica.

Apesar de ser uma associação longeva, a ABAV está sempre se reinventando e adequando às demandas do mercado

Por tudo isso e por acreditar que uma associação é tão mais forte quanto sua representatividade no mercado em que seus associados atuam, afirmo que essa representatividade é estabelecida pela sua capacidade de gerar valor aos associados, pois é isto que estimula o interesse de novos associados, ampliando e renovando permanentemente o quadro associativo ao longo do tempo.

Como todos sabem, a ABAV é uma instituição que está evoluindo para tornar-se secular e, divergindo de algumas opiniões, eu acredito que a ABAV está mais forte do que nunca, pelo raro fato de reunir 3 atributos únicos para qualquer entidade empresarial:

1) A ABAV tem uma marca imbatível

O reconhecimento da marca ABAV é impressionante, gerando respeito e representatividade, tanto nos órgãos de governo, quanto entre os fornecedores e os clientes consumidores de viagens. Apesar de ser uma marca internacional, este brand recall é mais restrito ao nosso país, onde a marca ABAV é igual ao Pelé e ao Papa, você pode gostar ou não, mas todo mundo conhece ou já ouviu falar da Associação Brasileira de Agências de Viagens.

2) A ABAV tem uma capilaridade inigualável

Pode pesquisar no Google, não existe outra entidade com tamanha capilaridade: a ABAV é a única associação empresarial brasileira que possui associados em todo o território brasileiro e dispõe de bases orgânicas em todos os estados da federação. Não é por acaso que a ABAV Expo é o maior evento de viagens e turismo da América Latina, superando todas as demais feiras, exposições e congressos deste segmento econômico, incluindo os privados.

A ABAV está em todos os estados da federação

3) A ABAV tem um gigantesco potencial de crescimento

Apesar de já abrigar um enorme contingente de empresas associadas (mais de 2.500 segundo o último Censo Big Data ABAV, de 2017), o potencial de associados à ABAV vem crescendo ao longo dos anos e é estimado hoje em, pelo menos, 5.000 empresas, se considerarmos somente as agências  de viagens e turismo, conforme prevê o atual estatuto. Imagine então se a ABAV fosse ainda mais inclusiva…

Desde 2015, quando fui convidado pelo Edmar Bull a integrar a diretoria da ABAV Nacional, venho me perguntando por que então uma entidade com marca imbatível e capilaridade inigualável não aproveita este gigantesco potencial de crescimento?

E é sobre isso que pretendo discorrer aqui no Blog em próximos posts, pois na atual gestão do Geraldo Rocha, estamos diante de uma oportunidade singular de iniciar a virada deste jogo e transformar a ABAV na maior associação empresarial do país, em quantidade de associados, força política e resultados para o associado.

Siga o Blog e participe deste debate.

(continua em próximo post)

TIVEMOS 2 FÓRUM PANROTAS EM 2019: FOFURA X POLÍTICA

Parece mesmo que assistimos a 2 Fórum Panrotas em 2019 !

O primeiro foi em 19/03, caracterizado pela amenidade dos painéis, dos palestrantes e dos “debates”, tudo muito fofo…

O segundo foi em 20/03 e teve a política como mola mestra dos painéis, com o atuante Ministro do Turismo, o animado Governador do Estado do Rio de Janeiro e o mítico Procurador da República.

O FÓRUM PANROTAS 2019.1

Esquenta

A abertura com música ao vivo e a participação especial do The Voice Kid Pedro Miranda já deu o tom de fofura deste primeiro dia do Fórum Panrotas 2019.

Foi um esquenta sensacional.

Abertura do Fórum

A tradicional palestra de boas-vindas do anfitrião Guillermo Alcorta, sempre entremeada da mais pura emoção em todos as 17 edições do evento, ganhou proporções maiores quando ele anunciou, do alto de seus 80 anos e de sua belíssima trajetória como empresário de comunicação, que assim como já vem acontecendo na Editora Panrotas, o seu filho José Guilherme Alcorta assumiria o protagonismo e a liderança também do Fórum Panrotas.

Após um discurso emocionante do Guillermo Alcorta, seu filho José Guilherme Alcorta assumiu de vez a liderança da Editora e do Fórum Panrotas

Foi a conclusão mais transparente de um processo sucessório que eu já testemunhei, compartilhada ao vivo para as principais lideranças e influenciadores do mercado de viagens e turismo brasileiro.

Uma abertura carinhosa e inesquecível, ponto forte do evento deste ano.

Cenário Brasil – até onde vai a confiança do brasileiro?

Palestrante já conhecido e aprovado pelo público do Fórum Panrotas, Renato Meirelles nos fez pensar sobre a forma equivocada como os estrategistas de marketing abordam o público nas campanhas publicitárias.

Uma palestra gostosa de assistir.

O que falta para o turismo ser protagonista?

Com um tema do interesse de todos, o que seria um debate tornou-se um agradável bate-papo entre parceiros e nem tanto. Alexandre Moshe, Bruno Ladanski, Eduardo Bernardes e Luis Fogaça não divergiram, não tiveram nenhum contraditório, não apresentaram nenhuma provocação.

Até as respostas à pergunta final pareceram formar um jogral ensaiado, de tanta sintonia entre os painelistas.

Um painel quase amoroso.

Manu

Nada mais fofo do que a participação da Manu Vazquez como assistente de fotógrafo do Emerson, participando ativamente das atividades do querido Remi.

Manu brilhou.

Transformação digital

A palestra do Hamilton Berteli foi interessante, abordou um tema que, apesar de não ser novo, requer uma reanálise de tempos em tempos.

O executivo deu o seu recado.

O varejo online, offline e híbrido: como outros setores transformam a experiência de compra

O painel moderado pela Adriana Cavalcanti encontrou muito conteúdo na Beth Furtado, uma estudiosa do assunto, em contraponto às experiências vitoriosas, mas monocromáticas, da empreendedora digital Gabryella Correa e do empresário offline Marcelo Carvalho.

Apesar de ter sido um painel difícil de moderar, devido à disparidade entre as trajetórias e os perfis dos debatedores, Adriana mandou bem.

NDC: A transformação na distribuição aérea e experiência do viajante

A texana Kathy Morgan discorreu, pela visão GDS, sobre o New Distribution Capability da IATA. Apesar de demonstrar conhecer profundamente o assunto, em alguns momentos suas opiniões não deixaram claro se os GDSs apoiam mesmo ou estão sendo levados à investir no novo padrão da IATA.

Deixou sem resposta minha pergunta sobre a tentativa dos GDSs de manter o controle estratégico da distribuição através da aquisição dos principais players do NDC ao confirmar que não foi o GDS Sabre que comprou a Farelogix, mas sim o Sabre Airline Solutions…

Ah, então tá…

Solange Vabo, inspirada na Manu, fotografou parte da equipe do Panrotas – ambiente de muitos amigos no Fórum Panrotas

A relevância do influenciador na decisão de compra

Para quem não lembra, Maisa Silva foi aquela atriz-mirim (ou atriz-bebê) que contracenava no programa do Raul Gil e, posteriormente, no de Silvio Santos, dos 3 aos 4 anos de idade. Uma menina prodígio da comunicação que foi muitíssimo bem assessorada e surfou como ninguém a onda dos influenciadores digitais.

Hoje aos 16 anos de idade, com mais de 30 milhões de seguidores no Instagram, arrebatou a plateia com sua espontaneidade adolescente. Moderada por German Carmona, a participação da Maisa resumiu bem o primeiro dia do FP 2019:

Um Fórum Panrotas fofo…

O FÓRUM PANROTAS 2019.2

O ministro do turismo Marcelo Álvaro Antonio só trouxe boas notícias, tanto em relação a planos e metas futuras, quanto à realizações concretas nestes poucos dias de governo, com destaque para a isenção de vistos para turistas norte-americanos, canadenses, japoneses e australianos, a partir de junho de 2019, com potencial de dobrar o fluxo de turistas estrangeiros ao Brasil, até 2022.

Ponto para o governo Bolsonaro.

Segurança e Turismo: combinação que atrai investimentos e turistas

O governador Wilson Witzel foi pontual, apresentou-se com positividade, firmeza e otimismo, mostrando suas recentes ações na área de segurança pública no estado do Rio de Janeiro, que trouxeram resultados expressivos nos menos de 3 meses do novo governo, condição básica para a ampliação do fluxo turístico, doméstico e estrangeiro, para a Cidade Maravilhosa.

Ponto para o governador do Rio de Janeiro.

O governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, mostrou eficácia em ações objetivas na área de segurança pública

As palestras do Henrique Portugal – Inovação é uma questão de talento? –  e da Mariana Aldrigui – Uma nova análise dos números do turismo brasileiro – foram faces distintas de moedas diferentes.

Portugal fez uma apresentação lúdica e cativante sobre os impactos da tecnologia sobre a indústria musical, quase um recado à plateia de executivos do mercado de viagens e turismo: “Não, vocês não foram os únicos impactados”.

Já Mariana, uma estudiosa por excelência (como reafirmou e já sabíamos), fez uma apresentação interessante ao propor uma nova abordagem para a leitura dos dados estatísticos do turismo brasileiro. Uma análise técnica que nos fez refletir sobre o quanto os últimos governos fracassaram nas políticas e estratégias para desenvolvimento do turismo brasileiro. Há que se comparar os dados, sob esta mesma ótica proposta por Mariana, nos próximos 4 anos deste novo governo.

Os desafios das cias. aéreas brasileiras

William Waack moderou o bate-papo com os presidentes da Azul, Latam e Abrear sobre um tema tão intenso e complexo, que os 30 minutos reservados para o painel pareciam insuficientes. Com sua objetividade e franqueza, as respostas do gringo John Rodgerson, da Azul, conquistaram a plateia, um caso raro de sintonia à primeira vista, já que este parece ter sido o primeiro contato direto do presidente da Azul com o público.

Jerome Cadier, da Latam, acompanhava a plateia ao aplaudir respeitosamente o concorrente, o que levou Eduardo Sanovicz, da Abear, a discorrer sobre a união das cias. aéreas durante as reuniões da Abear, sempre quando tratando de temas importantes comuns a todas, como segurança. “Depois elas quebram o pau como qualquer concorrente”, afirmou.

Um painel entre associados.

Tempos de mudanças: a evolução do combate à corrupção e da promoção da ética no Brasil

Deltan Dallagnol, em sua segunda participação consecutiva no Fórum Panrotas, conquistou a plateia outra vez. Assistido com atenção e certa reverência pelo público, que o admira e tieta escancaradamente, o procurador símbolo da Lava-Jato surpreendeu ao manter o tom aguerrido e otimista a respeito dos rumos das investigações, apesar da recente e frustrante decisão do STF sobre a juridição dos crimes associados às campanhas eleitorais.

Integridade acima de tudo: o CEO do Reserve, Sidney Lima Filho, fez questão de uma foto com o Procurador da República, Deltan Dallagnol

A força da Lava-Jato reside em profissionais como Deltan, hoje literalmente idolatrado pelos cidadãos brasileiros. Parabéns ao Panrotas por trazer, de novo, uma figura da envergadura de Deltan Dallagnol para palestrar no Fórum.

A luta continua !

SOBRE A REJEIÇÃO A ELE

Desculpem, eu bem que tentei, mas eu não poderia deixar de postar sobre as eleições presidenciais 2018…

Tenho deixado claro, desde sempre, que votarei no João Amoedo no primeiro turno, por alinhamento de ideias, propostas e programa de governo.

O Partido NOVO me representa, algumas de suas ideias são até modernas demais para um país como o nosso, mas são ideias em que acredito e, por isso, rejeito o tal do voto útil no primeiro turno (e não me venham com patrulhamento, por favor).

Para o segundo turno, a se confirmar a polarização entre esquerda e direita, não tenho dúvida alguma em quem votarei, apesar de, neste caso, eu não perceber um completo alinhamento de minhas convicções com as ideias, propostas e programa de governo do candidato que, dizem as pesquisas, além de liderar a corrida presidencial, detém o maior índice de rejeição entre todos.

Numa eleição em que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad apresenta-se como a nova Dilma ou “o novo poste de Lula”, o deputado federal Jair Bolsonaro simboliza todo o sentimento anti-PT reprimido na sociedade brasileira

Refletindo sobre isso e conversando com meus gurus políticos (Vabo Jr, Solange e alguns amigos), reuni alguns conceitos que ouvi e desenvolvi a respeito desta minha rejeição ao candidato que é líder das pesquisas, apesar de não ter participado dos debates em setembro, de não ter tempo decente de TV, nem verba pública (ou privada) milionárias para gastar.

Como no Rio de Janeiro já nos acostumamos a ter que fazer escolhas difíceis no segundo turno (e anular o votar não é uma delas), estes são os conceitos que nortearão a minha decisão no segundo turno desta eleição presidencial:

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição pela corrupção.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição de ver o país governado de dentro da prisão por um candidato condenado em duplo grau de jurisdição, assim como ocorre com líderes de facções criminosas.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que os ensinamentos que recebi de meus pais sobre não subtrair aquilo que é dos outros.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que os princípios de educação que aprendi quando criança nos bancos das escolas, na época em que escola ensinava o que era papel da escola.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha indignação com a inversão de valores existentes em nossa sociedade atual.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que meu medo de viver o que já estão vivendo as populações da Venezuela, Bolívia e Cuba.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha indignação com cada escândalo de corrupção e desonestidade revelados na Lava-Jato.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição pela violência.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que meu pânico de viver numa sociedade insegura, em que audiências de custódias são criadas para soltar aqueles que deveriam pagar por seus crimes.

Que minha rejeição por ele não me leve a aceitar a demonização da polícia e a santificação do bandido.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha defesa da família como estrutura básica da sociedade.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha repulsa ao mal que as drogas tem causado às famílias brasileiras.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição ao desemprego.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha esperança de ter um país melhor para viver.

Que minha rejeição por ele não ofusque minha capacidade crítica de apurar tudo o que é tendencioso na mídia.

Que minha rejeição por ele não permita que temas de responsabilidade do poder legislativo, como ideologia de gênero, racismo, machismo e feminismo, sejam usados para confundir o eleitor na escolha do líder do poder executivo.

Que minha rejeição por ele não me faça esquecer de quem levou o Brasil à atual crise econômica, ao desemprego, à violência, à corrupção, à saúde precária e à educação ineficiente, e de que esses são os temas de responsabilidade do poder executivo.

Que minha rejeição por ele não me faça esquecer a minha essência e o que realmente importa para mim, para minha família e para o meu país.

Boa eleição a todos !

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